THE OGRE: entrevista exclusiva como multi-instrumentista Diogo Marins

THE OGRE: entrevista exclusiva como multi-instrumentista Diogo Marins

March 27, 2023 0 By Geraldo Andrade

A banda The Ogre é na atualidade, uma das mais respeitadas no underground brasileiro. Uma banda que tem bases no death metal, mas passeia com naturalidade pelo black metal, pelo heavy metal tradicional e até mesmo pela música sinfônica. Conversamos com o multi-instrumentista e compositor Diogo Marins, que falou do inicio da banda, das influências, dos planos para o futuro e muito mais. Vale a pena conferir:

the ogre

Foto Crédito: Divulgação The Ogre

Antes de tudo, quero agradecer por ter aceito o convite para essa entrevista:
Diogo Marins:
Eu que agradeço pela oportunidade!

Poderia falar como surgiu a banda? E a tradicional pergunta, quais as influências? Confesso que senti uma influência de Celtic Frost.
Diogo Marins:
Com o fim da minha banda anterior de heavy tradicional em 2010 percebi que as músicas estavam com uma pegada mais pesada, seguindo mais para Black e death metal, logo seria necessário seguir outro caminho que acabou sendo o The Ogre. Em termos de influência ouço muita coisa variada, desde hard rock até metal extremo e trilhas sonoras então tem muita coisa lá pro meio que se você prestar atenção, você identifica uns Dimmu Borgir ou Iron Maiden. Celtic Frost ouço de vez em quando mas não é das minhas bandas favoritas.

Como diz na biografia de vocês, a banda faz som múltiplo, mas passeia pelo black metal e o heavy metal. Como podemos definir o som da banda?
Diogo Marins:
É engraçado que até hoje em dia o pessoal quando pega o disco para review tem dificuldade de classificar, acabam denominando progressive death metal. Por mim tudo bem assim.

A banda é só você? Ou atualmente tem outros músicos?
Diogo Marins:
Na hora de compor e gravar sou só eu, mas hoje em dia a banda consiste em mim (guitarra e vocal), no baixo o Gabriel B. Salgadoum e na batera Alfredo Carvalho.

Do que falam as letras do The Ogre?
Diogo Marins:
Basicamente estórias de fantasmas, lendas urbanas, contos de terror e rituais profanos.

A banda possui três trabalhos de estúdios lançados  “Idol Icon Black” de 2015, “Dead In The Water” de 2018 e “Entity” de 2019, e o excelente “Aeon Zero” (2021). Fale um pouco de cada álbum?
Diogo Marins:
No primeiro álbum “Idol Icon Black” eu ainda estava explorando como seria o som do The Ogre, na época fiquei bem surpreso como fluíram facilmente as composições, então logo em seguida comecei o segundo. Em “Dead In The Water” tentei fazer uma produção mais limpa, dá pra ouvir melhor tudo, mas acho que acabou perdendo um pouco a potência. “Entity” considero meu primeiro álbum que fiquei 100% satisfeito, tanto em composições quanto em produção. “Aeon Zero” queria explorar um pouco, tentar elementos diferentes como podemos ouvir em músicas como “Datadeity” e “Neon Sun”. Então, na verdade estou sempre gravando, se uma música, ou ideia de música, não entra em um disco, certamente ela vira outra depois. Sempre anoto todas as ideias e riffs que crio.

Ouvi o “Aeon Zero”, podemos dizer que você com ele, atingiu o seu melhor momento? E como é fazer tudo sozinho? Você gravou, produziu e tocou todos os instrumentos. Porque isso?
Diogo Marins:
Com certeza é o meu melhor trabalho até o momento. Meu processo de composição é bem demorado. Vou compondo e gravando, se eu não gosto de alguma coisa acabo mudando até chegar onde fica legal pra mim. Me acostumei desse jeito, então seria difícil mudar agora.

Também existem 02 trabalhos ao vivo, “Repulsive Illusion (Live)” (2022) e “Live of The Death (Live La Iglesia) (2023).  Fale sobre eles? E porque foram lançados em tão pouco tempo de diferença de lançamentos um do outro?
Diogo Marins: O “Repulsive Illusion” foi só um experimento, é um EP com um remix de uma música que uma amiga minha das antigas fez e uma faixa extra ao vivo no ensaio. Já o Live Of The Dead é realmente gravado ao vivo em um show que fizemos no La Iglesia em SP.

A capas dos álbuns e Eps chamam muito a atenção, pelo bom gosto e pela arte. Quem faz as artes da banda?
Diogo Marins:
Eu também faço as artes. Acho que fica mais pessoal ainda sendo que componho as músicas então minha visão fica mais evidente ainda. Cheguei a conversar com o Travis Smith (Testament, Nevermore, Death, etc) para fazer a capa do Aeon Zero mas decidi economizar a grana e seguir com uma ideia q eu já tinha anteriormente, quem sabe no próximo.

the ogre

Planos para um novo álbum de estúdio?
Diogo Marins:
Já estou trabalhando nele, tenho duas músicas prontas e mais duas sendo gravadas, acho que para o fim do ano deve estar pronto.

2023 praticamente está iniciando, quais os outros planos do The Ogre para o ano que vem pela frente?
Diogo Marins:
Quero concentrar no disco novo para ser meu melhor trabalho possível.

Um recado para os fãs e leitores da Revista Freak:
Diogo Marins:
Obrigado pelo espaço e apoio! Vamo pra cima galera! Rock on Brothers!

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