Bruce Dickinson – “The Mandrake Project” – Porto Alegre/RS (25/04/24)
May 6, 2024Quando o vocalista do Iron Maiden, Bruce Dickinson, anunciou a sua “The Mandrake Project World Tour” e com shows no Brasil, não preciso dizer que os fãs “enlouqueceram” e criou-se uma expectativa gigante, depois de muitos anos, Bruce voltaria com shows solos e divulgando seu mais recente trabalho, o ótimo “The Mandrake Project”.
E para nossa alegria, Porto Alegre, a capital gaúcha estava no roteiro, seria a segunda vinda de Bruce solo, em terras gaúchas, a primeira foi ano passado com orquestra celebrando a obra “Concerto For Group and Orchestra”, de Jon Lord e tocando Deep Purle. Essa passagem nos deixou com vontade de mais e agora finalmente chegava nossa chance de matar essa vontade (risos).
Novamente saio de Caxias do Sul às 16h, com a Rupestre Turismo, mais uma viagem tranquila, chegando em Porto Alegre às 18h30, no Pepsi On Stage, local onde aconteceria o show.
Me chamou a atenção o pequeno público na chegada, não tinham enormes filas, já fiquei preocupado, será que teríamos um bom público? Mas logo essa preocupação passou e em minutos as filas começaram a aumentar, muitas camisetas do Iron Maiden é claro The Mandrake Project.
Os horários de aberturas, tanto das portas do Pepsi, como dos shows, foram alterados para uma hora à mais, não sei o motivo, mas isso não interferiu em nada, ficando o show de Bruce para ter início às 22h.
As portas do Pepsi abrem às 20h e logo entro, conseguindo um lugar grudado no palco, ali o coração já começou a bater mais forte. Já vi vários shows do Maiden e esse seria a primeira vez que veria Bruce Dickinson muito perto, aja coração.
Passado alguns minutos das 21h, os trabalhos começariam, e sobe ao palco a banda brasileira Clash Bulldog’s, que foram convidados para abrirem os shows da turnê brasileira de Bruce, como convidados especiais.
Quando fiquei sabendo que seriam a banda de abertura, fui atrás de informações, confesso que não conhecia a banda, mas no momento que escutei pela primeira vez, gostei muito.
E depois do que vi em Porto Alegre, afirmo que foi uma das melhores bandas de abertura que já vi. Apesar de algumas falhas técnicas, normais em aberturas de shows, a Clash Bulldog’s me encantou com um show pesadíssimo e com músicos de alto nível. Foram muito bem recebidos pelo público gaúcho. Um set com músicas autorais do álbum “Bark Power” e covers de Metallica e Alice In Chains, depois desse show me tornei fã da banda e recomendo, uma das melhores bandas da nova geração.
A ansiedade tomando conta, estava chegando a hora de ver um dos maiores e melhores vocalistas da história do rock n roll, Bruce Dickinson. O público começa a cantar “Ole, Ole, Ole, Ole… Bruce, Bruce”. Foi de arrepiar!
As 22h10 as luzes se apagam e começa a introdução, a banda entra no palco e na sequência ele, Bruce Dickinson surge para alegria de todos ali presentes.
Foto ALEX VITOLA
“Accident of Birth” é o começo do show, e que começo, o público vai a loucura, cantam junto com Bruce do começo ao fim. Sim ele, Bruce Dickinson, estava entre nós e que começo matador.
“Abduction” é a próxima, uma verdadeira paulada, Bruce e sua performance fantástica, não para um minuto no palco. O Pepsi quase vem abaixo.
A clássica “Starchildren” do álbum “Accident Of Birth” é a próxima. Em minha opinião o melhor álbum da carreira solo de Bruce. Mais uma cantada por todos ali presentes.
Foto ALEX VITOLA
As novidades começam com “Afterglow of Ragnarok”, que já caiu nas graças dos fãs e ao vivo ficou simplesmente matadora.
A coisa da uma acalmada com “Chemical Wedding”, onde Bruce mostra porque é considerado um dos maiores e melhores vocalistas de todos os tempos.
Em minha opinião, um dos pontos altos do show, foi com “Many Doors to Hell”, do novo trabalho de Dickinson. Que música poderosa, certamente vai virar clássico e não poderá faltar nos próximos shows.
“Jerusalem”, “Ressurection Men”, a nova “Rain on the Graves”, com seu refrão grudento e matador, “Frankenstein”, onde Bruce dá um show na percussão, “The Alchemist”, dão sequência ao show, com um Pepsi completamente enlouquecido com o que estavam vendo.
Foto ALEX VITOLA
Querem clássico? Então vem “Tears of the Dragon”, provavelmente o momento mais esperado do show, aqui a emoção toma conta de todos, inclusive do cara que aqui escreve, confesso que meus olhos encheram de lágrimas. Todos, mais uma vez, cantaram junto com Bruce, o momento mais bonito e especial do show.
O peso volta com “Darkside of Aquarius”, mais um clássico da carreira solo do vocalista. Aqui Bruce já tinha o público em suas mãos.
A banda sai do palco e o Pepsi começa a cantar mais uma vez “Ole, Ole, Ole, Ole… Bruce, Bruce”. Que volta para a parte final do show.
Foto ALEX VITOLA
Que começa com a linda e emocionante “Navigate the Seas of the Sun”, aquele momento que você fica olhando e ouvindo Bruce e se pergunta: “Esse cara não pode ser desse planeta?”
A penúltima é “Book of Thel”, mais peso e com um Bruce correndo sem parar pelo palco. Como ele consegue, com quase 70 anos (vai fazer 66 anos em agosto), ter essa energia toda, simplesmente fantástico.
O show chega ao final com “The Tower”, onde Bruce inicia apresentando a banda, e que ótima banda acompanha Bruce, músicos de altíssimo nível. Aqui Bruce tira seu gorro, completamente molhado de suor, para o público, que disputa como um verdadeiro troféu. Um fechamento perfeito para uma noite perfeita.
Foto ALEX VITOLA
A banda que acompanha Bruce, conta com dois guitarristas, Philip Naslund e Chris Declercq, ao lado do baterista Dave Moreno, da baixista Tanya O’Callaghan e do tecladista Mistheria.
Chegando ao final um dos melhores shows que já passou pela capital gaúcha, Bruce entregou o seu melhor e confirmou o que eu já sabia, é o melhor vocalista em atividade. Bruce é único e tivemos o privilégio de assisti-lo ao vivo mais uma vez e bem perinho (risos).
Que venha dezembro, pois estaremos presente para vê-lo ao vivo mais uma vez, dessa vez com a banda que o consagrou, o Iron Maiden!!
Foto ALEX VITOLA
Geraldo “Gegê” Andrade blogueiro e vlogueiro a mais de 15 anos. Iniciou sua paixão pelo rock n roll, nos anos 80, quando pela primeira vez, ouviu um álbum da banda KISS. Tem um currículo com mais de 500 shows, de bandas nacionais e internacionais. Um especialista em entrevistas, já tendo entrevistado vários músicos nacionais e internacionais.
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