ENTREVISTA: BRIAN TICHY fala em primeira mão sobre sua nova banda ‘SILVERTHORNE’

ENTREVISTA: BRIAN TICHY fala em primeira mão sobre sua nova banda ‘SILVERTHORNE’

October 15, 2019 0 By Gema

Conversamos por Skype o baterista BRIAN TICHY, que nos atendeu diretamente do Japão e falou pela primeira vez sobre sua nova banda SILVERTHORNE, sua paixão pelo KISS, entre muitas outras histórias legais.

Conversamos novamente com o mega baterista BRIAN TICHY (The Dead Daisies, Whitesnake, Ozzy Osbourne), que nos falou em primeira mão sobre sua nova banda SILVERTHORNE, que acabou de lançar o single “Tear The Sky Wide Open” do seu disco de estreia e está pronta para rodar o mundo. A conversa se estendeu por quase duas horas, em um bate-papo descontraído, onde Tichy nos contou muitas histórias que foram desde sua infância, juventude, sua paixão pelo Kiss, carreira profissional e lógico, muito sobre bateria. Check it out!

Brian Tichy Silverthorne Interview

Foto Divulgação Silverthorne

Gema: Primeiro de tudo queria agradecer a honra de podermos falar com você e se você pode nos contar sobre o seu novo projeto e a sua nova banda e todas as coisas que estão acontecendo.

Brian: Obrigado você, sim estou com uma nova banda SILVERTHORNE, é um trio. Eu na bateria, Peter Shoulder na guitarra, da Grã Bretanha, e o baixista Daniel Spree de Los Angeles. Nós estamos lançando o vídeo do primeiro single e como somos completamente novos vamos ver o que vai acontecer!

Eduardo: E como funciona com cada um num lugar do mundo? Você está no Japão, e Peter Shoulder vive na Inglaterra, certo?

Brian: Sim, em Newcastle.

Eduardo E quando você voltar para os Estados Unidos como vai ser? Por que vocês vivem em diferentes países.

Brian: Vocês querem a história toda?

Gema: Sim, a história inteira

Brian: Há alguns anos eu tocava no Whitesnake e tinha uma banda de abertura, eu ouvi o vocalista e achei muito bom, mas como estávamos em tour você não tem muito tempo, as agendas não batem.  Mas há poucos anos nos reencontramos numa situação inusitada eu estava fazendo um projeto com os irmãos do ‘Stone Temple Pilots’ e eles estavam sem vocalista e gravamos algumas canções. Pensando que acharíamos um vocalista, abrimos testes e alguns vinham tentar e no meio deles Pete veio e cantou muito bem e não só cantou STP. Eu ouvi um pedaço de uma canção que ele tocava violão e pensei: “esse cara é foda, tem uma puta voz!”.  Eu disse a ele que sua voz era única e se queria se juntar a nós nesse novo projeto. Começamos a fazer músicas e foi assim que conheci Pete, mas o projeto inicial não rolou. Então esse ano eu conheci pessoas da ‘Global Record’, eu disse que tinha uma banda nova e as coisas estão rolando. Aquele projeto com o STP não aconteceu mas a banda nova está aí e estou muito feliz por ter uma banda nova e começar tudo de novo. São novos tempos, novos jeitos de se comunicar, não existe mais aquele dinheiro todo de investimento e MTV, não sabemos o que vai acontecer, mas vamos descobrir! Espero que as pessoas gostem.

Veja abaixo o vídeo “Tear The Sky Wide Open”:

Eduardo: E vocês vão sair direto em turnê?

Brian: A primeira coisa é ter o nome conhecido, você está com uma coisa nova e você fica entusiasmado, mas temos que ser realistas de como as coisas acontecem nesse ramo e tem que tomar cuidado, porque você pode achar incrível, mas não rolar e no próximo mês você pode não estar em tour. Temos que ser realistas mas sabemos que temos um material bom.  Eu sei como tocamos e sei como soamos, não somos novatos no ramo, vamos fazer a coisa passo-a-passo, lançamos o vídeo, as pessoas estão ouvindo e a coisa legal de hoje em dia é que você pode fazer sua mídia e as pessoas espalharem para o resto do mundo. As coisas aconteciam na MTV mas agora é viral. Se alguém gostar vai espalhar e até fica mais fácil de ter uma banda e fazer uma carreira. SILVERTHORNE não é mais um projeto, é uma coisa que eu acredito que vai chegar a algum lugar. Vamos fazendo shows em lugares menores e vendo a coisa acontecer. Estamos prontos!

Brian Tichy Silverthorne Interview

Brian Tichy / Foto Divulgação Silverthorne

Gema: E a sua turnê no Japão como está sendo?

Brian Muito legal, aqui é um mundo totalmente diferente do resto. A banda se chama ‘Bz’ e se você não está familiarizado com a cena musical japonesa, você provavelmente não vai conhecer muito. Eu trabalho com eles há 20 anos, já gravei com eles e eles são grandes aqui. Tocam em estádios, são enormes. A maior do Japão.  Quando me perguntaram se eu estava disponível para fazer essa tour de verão de 2019 eu disse claro. Eu conhecia todos e sabia que ia ser três meses. Você ainda conhece uma cultura totalmente diferente, organizada e responsável. Aqui todos fazem sua parte em seu trabalho sem problemas. Aqui as pessoas não são despedidas, elas deixam seus trabalhos se querem. É raro isso acontecer em qualquer parte do mundo.

Eles são uma grande banda e o público Japonês é uma coisa a parte. Quando terminamos a música eles aplaudem e depois vem o silêncio. Se você estiver tocando aqui pela primeira vez vai se perguntar: “ O que está errado?”

Eles compram o ingresso e só reagem quando acham que precisam. O cantor fala 3 minutos entre uma música e outra e o silêncio é incrível, se a baqueta cair da minha mão, todos vão escutar! É demais, você vem, toca e todos te respeitam.

Gema: E sente falta de casa?

Brian: Sim, são quatro meses aqui, então é difícil porque você não tem uma volta para casa no meio disso tudo. As vezes você pensa que vai enlouquecer, mas é uma turnê de arena, não são 6 noites por semana. Você viaja, toca, tem alguns dias de folga, as vezes 3 dias e você volta sempre para a mesma casa, não para hotéis, porque cada um tem seu apartamento. Em meus dias de folga eu fico em contato com a família por FaceTime e ainda bem que não se tem que pagar mais para falar com a família. Mas eu me preparo psicologicamente para saber que não estarei em casa nos próximos meses. Ando de bicicleta e não fico saindo pelos bares, fico na minha.

Brian Tichy Silverthorne Interview

Peter Shoulder / Foto Divulgação Silverthorne

Eduardo: E quando acabar você vai focar na SILVERTHORNE?

Brian: Sim vou para casa em setembro e não tenho nada agendado, somente alguns shows do tributo a Led Zeppelin e quero sentir o feedback do novo single e da nova banda. Eu não vou saber até chegar em casa. O plano é juntar os três e começar a trabalhar o som nas mídias sociais. Não esperamos milagres mas vamos trabalhar para as pessoas conhecerem e gostarem da banda. Você achar que vai fazer logo uma tour as vezes não é uma coisa inteligente, pagar agentes de repente pode ser arriscado. Você tem que ter primeiro um produto. Então vamos esperar o feedback das pessoas para saber o que faremos.

Brian Tichy Silverthorne Interview

Daniel Spree / Foto Divulgação Silverthorne

Gema: E sobre o Bonzo Bash, eu gosto bastante dos vídeos do Youtube:

Brian: Valeu! É super divertido e acontece faz tempo !

Gema: Porque você realmete toca igual John Bonham!

Brian: Valeu! Eu toco naturalmente assim, porque ele é meu baterista preferido e desde criança conseguia entender que o seu groove e ritmo eram diferenciados. Existem milhares de bateristas que são maravilhosos mas o som que Bonham tirava de sua bateria era incrível. Bonham foi o maior impacto para mim, mas você tem que saber aonde soar como Bonham, por exemplo, você não pode soar como ele tocando “Rebel Yell” do Billy Idol.

E o que é incrível nos dias de hoje é que um estúdio pode fazer você soar como qualquer baterista. Você pode usar a madeira tal, o microfone tal, e aí vem o pro tools e faz tudo soar igual ao que você quer. Antigamente todo mundo criava seu som, as gravações eram feitas com qualidade e características próprias. Charlie Watts era Charlie Watts, Keith Moon não soava como Bonham e era uma combinação da banda toda. Cada uma tinha seu som. Se você ouvir “When the leaves break” ainda impacta mas eu gosto de algumas coisas novas!

Mas eu amo o som puro da bateria, aquela sensação que você sente o som verdadeiro dela. Eu adoro riffs de guitarra como a primeira vez que você ouve “Smoke on the Water” ou Tony Iommi  e seus riff, você nunca vai chegar lá mas se chegar perto já está bom. Nossa gravação do SILVERTHORNE foi assim, sem Auto-Tune,  Pro Tools… foi para soar como banda mesmo e eu gostei muito do resultado.

Brian Tichy Silverthorne Interview

Foto Divulgação Silverthorne

Gema: Tem um show do ‘The Dead Daises’ no Woodstock na Polônia que é maravilhoso e John Corabi para mim é o melhor vocalista do rock hoje em dia.

Brian: Valeu! Eu e o John tocamos juntos por muito tempo e era ótimo. Quando você vai para uma banda com pessoas e músicos assim, a coisa fica fácil.

Eduardo: E você esteve com eles no Brasil certo?

Brian: Sim, em 2017. Estivemos aí por duas semanas e foi muito bom!

Eduardo: Não foi a sua primeira vez no Brasil, certo?

Brian: Não, foi a terceira!

Eduardo: A primeira foi com Slash’s Snakepit?

Brian: Sim, depois com o Whitesnake e The Dead Daises.

Eduardo: Eu estava lá no Slash’s Snakepit, foi incrível!

Brian: Foi uma grande experiência para mim porque foi a primeira vez do Slash sem Guns n’ Roses. Slash, Gilby Clarke e eu fomos a lugares que nunca tínhamos ido, e na América do Sul, por ele ser tão popular com o Guns n’ Roses, eu tive experiências com loucuras de fã como nunca tive na vida porque, se eles querem alguma coisa, eles ficam horas na frente de hotel perseguem carros, berram, mas foi muito divertido!! Eu adoro ir lá quero voltar!

Eduardo: Você poderia levar o Bonzo Bash para o Brasil!

Brian: É difícil por ter muitas pessoas envolvidas, seria um projeto um pouco caro. Tem que ser perto porque senão a conta fica grande, muito mais trabalho que diversão e como são muitas pessoas envolvidas é difícil juntar tudo. Não são muitos ensaios e as coisas acontecem improvisadas e de surpresas, e eu não posso só fazer isso, é difícil! E tem o fato das pessoas gostarem mais de assistir a guitarristas que bateristas! Seria difícil juntar sete grandes bateristas para sair por aí, seria mais fácil juntar 7 guitarristas para tocar Jimmy Page. Todo ano eu me surpreendo que ainda posso fazer isso, mas agora eu estou com muitas coisas para fazer e tenho que pagar as contas e também tenho o SILVERTHORNE que será a prioridade.

Eduardo: Claro, estamos ansiosos para ouvir o álbum todo!

Brian: Verdade só pusemos uma parte de uma música, agora vamos colocar outra parte, para ver o que acontece. E as pessoas estão ansiosas mas vai chegar a hora e espero que as pessoas gostem.

Para mim a bateria não soa como as das novas bandas, não existe truque de estúdio. Temos um grande cantor, ele sola toca guitarra, teclados, e é isso vamos soar como uma banda. Não queríamos truques de estúdio. Os anos 90 foram provavelmente os últimos anos que as bandas soavam como elas mesmo. Você conhecia a música pelo som que elas faziam! Eu não ouço muitas coisas novas porque soam todas iguais. Você não verá outro AC/DC, ou Rage Against the Machine e para mim tudo começa com a bateria como Chad Smith e Red Hot e é isso que eu penso, se conseguirmos isso seremos uma banda.

Você não consegue imaginar uma banda agora soando como Queen nos anos 70 ou Van Halen ou The Who e isso é atemporal, existem pessoas com Eddie Van Halen que mudaram a história do rock.

Brian Tichy Silverthorne Interview

Gema: Eu queria saber um pouco do Speed bag

Brian: Sim, minha esposa trouxe minha plataforma de lá para cá porque seria mais barato que comprar uma aqui, então pusemos no caminhão da turnê e fizemos alguns vídeos. Eu faço um pouco de speed bag antes de subir ao palco, mas estou um pouco ultrapassado, os caras hoje em em dia são insanos, aprendem em vídeos do youtube e tem uns caras que são incríveis. Não interessa o que você faz da vida, você pode fazer speed bag e um dia espero pôr na minha bateria como fiz no ‘That Metal Show’. Eu treinei na garagem e fui fazer no programa, sem tempo de praticar muito. Eu queria usar na bateria mas é muito pesado e não daria para ficar a noite toda lá se você não vai usar na música. Outra ideia seria fazer aparecer só na hora do solo. Espero um dia poder fazer porque pode ser uma parte do solo, pois é rítmico e divertido. Só espero que nenhum baterista realize isso antes de mim!

Gema: Mas não tem nenhum vídeo no youtube ainda dos shows do Japão.

Brian: Não cara, eles pedem para não filmar e não tirar foto, e os japoneses são tão respeitosos e educados que você só precisa falar uma vez e todas as pessoas entendem. Não há problema com segurança pois ninguém quer quebrar as regras e ser o idiota que acaba com o show! Se fosse na América com certeza teria um. Na América ninguém se importa se está atrapalhando o outro.

Quando éramos pequenos era muito difícil filmar um show e aproveitávamos a experiência do momento, mas as pessoas querem mostrar para as que não estão lá as experiências que estão tendo com a banda que está tocando. Eu não sei, mas eu não seria o cara que compraria um ingresso de primeira fila para ficar segurando uma câmera o tempo todo, uma noite toda. Até uma canção é difícil! Steven Tyler cantando “Dream On” e eu segurando uma câmera?!

Não existe nada como um show de arena dos anos 70 e 80 e eu era muito jovem nessa época. Era um novo mundo, uma nova experiência!! Ninguém tinha câmeras nem telefones, era somente a energia!

Vi Van Halen em sua turnê do ‘Diver Down’, era ensurdecedor a a gente não parava um minuto. Era realmente outra coisa!!!

Gema: Nós estivemos no Hellfest esse ano e a banda headline era o Kiss. Tenho que confessar que gravei um pedaço porque era meu sonho de infância ver o Kiss fechar o show com “Rock n Roll All Nite”, e quando estiveram no Brasil em 1994 não tocaram.

Brian: Eu acho que tem uma diferença entre gravar um pouco e um tempo inteiro!! Mas se você está na frente, você tem que participar do show! Aproveitar! Como aproveitei shows do Rush e Rage Against the Machine.

Kiss foi meu primeiro show, eles eram bem rock. Faziam um puta show, eram uma grande banda e o show do Kiss é realmente impressionante. Você olha para o Gene Simmons e pensa: “Esse cara cospe sangue!” o que quase não faz nenhum sentido porque os outros caras são tranquilos, não são monstros, somente Gene que é o Demon e toca umas músicas tipo “Shandi”, mas vai cuspir fogo na próxima música e soltar sangue pela boca. É incrível!!     

Eduardo: Você teve a oportunidade de abrir shows do Kiss, certo?

Brian: Sim, com o The Dead Daisies fizemos 3 kiss Kruises e alguns shows e provavelmente foi o meu melhor momento, porque quando era criança eles eram meus heróis. Eu conheço Eric Singer há muito tempo , mas conhecer Paul e Gene… e estar no palco com eles é uma coisa que é raro porque nem todas as pessoas conseguem chegar no nível de conhecer e tocar com seus ídolos. Não me importa se já estou velho ou não, esse caras me apresentaram o rock. Peter Criss era meu professor de bateria quando garoto, só ouvia kiss. Meu primeiro álbum que comprei com meu dinheiro foi ‘Rock n Roll Over’, esses caras criaram isso entende? E estão aí há 40 anos e isso é demais! Eu era moleque comprava todas as revistas em que eles apareciam!                             

Eduardo: Era o mesmo para nós!!!

Brian: Eu já tinha ouvido ‘Destroyer’ com meus amigos, mas meu primeiro foi ‘Rock n Roll Over’ era incrível para mim e agora eu estava lá dividindo o palco com eles!! 

Eu nunca vou esquecer meu primeiro show do Kiss porque foi um presente de meu pai de 10 anos. Fui com ele e fiquei nas suas costas com binóculos, cheguei em casa e me transformei. Aquilo me mudou e eu pensei “Eu tenho que fazer isso”, mas você é criança e não sabe a dimensão do que é montar uma banda. Primeiro você tem que achar pessoas realmente a fim e não é fácil, pessoas que acreditem como você acredita. Achar essas pessoas é possível, mas muito difícil. Tive bandas no colégio mas o vocalista não era tão a fim, um muito Metallica, o outro muito pop… então é incrível quando você vê pessoas como Geddy e Alex do Rush que fizeram isso!

Brian Tichy e Eric Singer (Kiss) / Foto Divulgação The Dead Daisies

Eduardo: E você teve a oportunidade de ver Led Zeppelin?

Brian: Não, não tive porque quando Bonham morreu eu tinha 12 anos e não me lembro a última vez que eles vieram ao EUA. Acho que foi em 77 e nessa época eu era muito fã do Kiss. Led ainda não tinha entrado na minha vida. Quando você é criança você comprava revistas e ouvia rádio, eu não tinha irmãos, então só tinha meu pai que era fã dos Beatles, Eagles, Neil Young, coisas boas mas não era Kiss, Led ou Aerosmith. Você tinha que fazer opções pois o dinheiro era pouco e eu nem me lembro como ganhava, talvez de natal, e eu ia lá e comprava mais um álbum do Kiss porque para mim eram os melhores. E eu podia ficar meses sem poder comprar outro. E quando saiu o duplo, meu pai disse que eu podia comprar um e eu comprei os dois!!

Éramos todos fãs do Kiss. Hoje você descobre que Bumblefoot e Edie Trunk também estavam lá, na verdade muita gente foi porque eram duas noites no Madison Square Garden, eu não me lembro se fui na primeira ou na segunda.  Foi provavelmente o presente de aniversário mais legal que já tive na minha vida, porque se você nunca foi num show de rock em arena e ouve uma caixa e um bumbo da bateria, é insano é uma experiência insana!! E a banda de entrada já soava muito bem mas quando entrou o Kiss…..

Eduardo: O Kiss era realmente impressionante mesmo.

Brian: É e eles são enormes na América do Sul né? Eles foram nos anos 70 para o Brasil?

Eduardo: Não a primeira vez foi em 83 com Vinnie Vincent e Eric Carr.

Brian: O que é estranho porque o Kiss sempre fez um trabalho muito grande no EUA trabalharam muito bem a marca e quando foram para o Brasil não foram com a primeira formação.

Eduardo: Não tivemos a oportunidade de ver a primeira formação naquela época e quando voltaram ao Brasil depois voltaram sem máscaras e já era outra coisa.

Brian: É a primeira formação era mágica porque você tinha as fotos mas não via eles realmente, então quando aparecia uma propaganda com Peter Criss tocando, Ace se movendo, e tinham alguns especiais na TV como de Halloween que meus pais me acordaram para assistir ou o filme, ou HBO que tinha o show do Kiss em Budokan da turnê do ‘Rock n Roll Over’ e isso foram as coisas mais incríveis que aconteceram para mim, estava na quarta série, tinha 9 anos e ali começou a minha loucura pelo rock!! E a loucura é porque éramos todos crianças, porque se virmos um banda agora, nunca olharemos do mesmo jeito de como olhávamos, talvez Slipknot seja um Kiss para as crianças de hoje, mas nunca serão um Kiss, pois são bem mais heavy!! Se tivessem só quatro caras na banda ganhariam mais dinheiro e é muita gente no palco é quase como um jogo de hóquei você não consegue seguir a bola.

Eduardo: Brian, eu queria agradecer muito a você! Foi um prazer e uma honra para nós e estamos ansiosos para ouvir a sua banda nova.

Brian: Valeu, vou torcer para dar certo, porque realmente quero sair em tour ano que vem e fazer a coisa acontecer e tocar para muita gente. Eu sei o que fazer e quero acreditar que vai rolar, estou ansioso, vamos ver o resultado das mídias sociais e ver o resultado desse vídeo!

Eduardo: Esperamos poder te ver tocando no Brasil ou na Espanha.

Brian: Se pudermos, nós iremos!! Mas como somos uma banda nova é um pouco difícil!! Eu quero uma chance e se tiver, vou fazer acontecer, a não ser que não gostem da minha música!!

Eduardo: E eu tenho que te dizer, você é realmente um cara muito legal e muito obrigado!!

Brian: Eu tinha feito uma entrevista por e mail com vocês e quando me falaram se podia ser em Skype, eu pensei que podia ser legal porque essa é a primeira vez que falo com alguém sobre a SILVERTHORNE e eu sabia que podíamos falar sobre outras coisas porque vocês sempre foram muito gentis comigo e o bate-papo ficou legal, tivemos uma boa conversa! E as vezes a conversa é mais legal que um monte de perguntas!

Eduardo: Você poderia deixar um recado para os fãs do Brasil?

Brian: Obrigado por assistir e vocês são a melhor platéia do mundo porque vocês não se importam o quanto vocês vão pagar para ver uma banda vocês querem se divertir e se divertem!!! Dão tudo de si!!

Veja a entrevista no vídeo abaixo:

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