Resenha: Kiss – Porto Alegre (26/04/2022)
May 2, 2022Os quatro mascarados do KISS desembarcaram em Porto Alegre para um evento histórico, a End Of The Road Tour, e a Revista Freak estava presente para fazer a cobertura desse mega evento que aconteceu na capital gaúcha.
E finalmente chegou o tão esperado show de despedida do Kiss, a End Of The Road Tour chegava em território gaúcho.
Depois do show ter sido adiado por duas vezes, devido a pandemia do Covid 19, os quatro mascarados mais famosos do rock n’ roll, desembarcaram em Porto Alegre, para um evento que prometia ser emocionante e histórico, tamanha era a expectativa dos fãs da banda. A Revista Freak foi aprovada para fazer a cobertura desse mega evento que aconteceu na Arena do Grêmio, na capital gaúcha.
Saímos de Caxias do Sul, que fica à 120 Km da capital, às 15h, vivendo uma expectativa enorme. Da agência Rupestre Turismo, saíram “só” 17 ônibus, fora outras pessoas que saíram de diversas cidades do Estado e até mesmo de outros Estados brasileiros, todos com um único objetivo, se despedir de uma das maiores bandas da história do rock n’ roll, de todos os tempos, o Kiss.
Após uma viagem, com neblina, trânsito pesado, chegamos finalmente na Arena, ás 18h, e ansiedade já tomava conta de todos os fãs da banda.
A movimentação em torno do estádio era grande, mas muito tranquila e organizada. Credenciamento feito, era hora de entrar no local onde iríamos presenciar um dos maiores espetáculos da Terra.
Pessoas de todas as idades, famílias, amigos, começaram a entrar na Arena, a atmosfera era linda, perfeita e tudo indicava de que teríamos uma noite inesquecível, aos poucos um grande público já tomava conta do local do show.
Próximo das 20h, começa o show da banda responsável pela abertura do evento e aquela que iria aquecer os fãs do Kiss, começa o show da banda gaúcha Hit The Noise. Confesso que conhecia pouco o trabalho da banda, quando anunciou o seu nome para abertura, criou-se mais uma expectativa, como seria o show.
Foto Credito: Alex Vitola
A banda agradou em cheio os fãs do Kiss e fez um show que serviu como uma grande oportunidade de mostrar a um grande público toda a energia e peso da Hit The Noise. A banda é composta por Daniel Sasso (bateria), Leonardo Theobald (guitarra), Luciano Schneider (voz) e Marcel Bittencourt (baixo).
Foto Credito: Alex Vitola
E agora? Faltava pouco para o que todos ali presentes estavam esperando, aos poucos parece que o público presente triplicou, todos se aproximando mais do palco, na espera de ver pela última vez, ao vivo em solo gaúcho, Paul Stanley, Gene Simmons, Tommy Thayer e Eric SInger, o Kiss.
Com 15 minutos de atraso, às 21h15min, os mascarados mais famosos do rock n roll, descem ao palco colossal montado na metade do campo, descendo de plataformas suspensas. A primeira música foi o clássico “Detroit Rock City”, era um barulho ensurdecedor, muita emoção, choro e alegria, era o Kiss, ali e ao vivo, infelizmente pela última vez. E que entrada senhores!! Algo que você só vai ver no show da banda.
“Shout It Out Loud”, vem na sequência e mantem a empolgação dos fãs. Após a performance, Paul Stanley trocou algumas palavras com a plateia, lembrando dos outros shows da banda em Porto Alegre. Ainda tivemos “Deuce”, a pesadíssima “War Machine” e “Heaven’s on Fire”.
Foto Credito: Alex Vitola
“I Love It Loud”, fez a Arena tremer, clássico que marcou a história da banda, um show à parte de Gene Simmons. Foi de arrepiar ouvir o público cantando: “Hey hey hey hey yeah, Hey hey hey hey yeah”. Aqui voltei no tempo e me lembrei de quando comprei o álbum clássico “Creatures of the Night”. A “nova” “Say Yeah”, esteve presente e fez muita gente pular e cantar junto com Paul Stanley.
Foto Credito: Alex Vitola
Ver Paul Stanley ao vivo, é vêr Deus ali presente, um dos maiores frontmans da história do rock n roll, o Senhor Stanley, tem o público em suas mãos, sim, não canta mais como antigamente, dirão os “críticos de plantão”, e daí? O cara tem mais de 70 anos e cravou com toda força, o seu nome na história do rock, respeitem Paul Stanley, pois igual a ele não existe.
Foto Credito: Alex Vitola
Tommy Thayer dá um show à parte em “Cold Gin”, que solo fantástico do cara que muitas vezes é criticado por substituir Ace Frehley, mas conseguiu com o passar dos tempos, calar a boca de muita gente, hoje ele é o guitarrista do Kiss e ponto final. Na música, Thayer brilha no solo de guitarra e dispara faíscas de seu instrumento.
Foto Credito: Alex Vitola
Na sequência temos o clássico que ficou marcada, pela fase sem máscaras da banda, “Lick It Up” . Aqui tivemos mais um momento de destaque no show, projeções de laser na cobertura da Arena, mais um belo momento visual do show.
Foto Credito: Alex Vitola
Duas das minhas favoritas apareceram também, “Calling Dr. Love” e “Tears Are Falling”, mais uma da fase sem máscaras da banda. A essa altura a emoção começava a triplicar, pois todos sabiam que o final estava próximo.
Foto Credito: Alex Vitola
“Psycho Circus”, lembrando o show de 1999, em Porto Alegre, levantou o público ainda mais, tamanho o impacto que essa música tem. Com os efeitos nos telões, deixando a apresentação perfeita.
Foto Credito: Alex Vitola
E chegava um dos momentos mais esperados, uma das músicas mais esperada: “God of Thunder”. Gene Simmons aqui tem o público em suas mãos, onde ele realiza uma performance teatral de arrepiar e assustar. E termina com ele cuspindo sangue e sendo suspenso em uma plataforma no topo da iluminação do palco. Ao vivo isso é algo fantástico e inexplicável.
Outro momento muito aguardado, é quando Paul Stanley “voa” sob o público. Em “Love Gun”, ele se pendurou em uma roldana, sobrevoando o público e sendo levado a outro ponto da Arena, em um pequeno palco situado no teto da house mix. Ainda nesse palco, Paul canta um dos maiores sucessos da banda, “I Was Made for Lovin’ You”, onde todo público presente na Arena canta aos berros, junto com Stanley.
Foto Credito: Alex Vitola
A clássica “Black Diamond”, com Eric Singer nos vocais, fecha a primeira parte do show, com muita pirotecnia, solos de guitarra e explosões. Claro, ainda teríamos o bis!
A banda volta para a parte final do show, com a calma e clássica “Beth”, onde novamente Eric Singer toma conta dos vocais, dessa vez assumindo também o piano. Um dos momentos mais emocionantes do show. Pessoas se abraçavam, alguns choravam e um espetáculo a parte, acompanha a música, o público participando com as lanternas dos celulares. Algo lindo de se ver, um verdadeiro show do público gaúcho.
Foto Credito: Alex Vitola
Infelizmente o final está se aproximando e logo vem a clássica “Do You Love Me?”, com balões brancos e pretos despencando do topo da Arena, para delírio do público. Mais um momento especial do show.
O que estava faltando? Qual música não pode faltar no show do Kiss? A resposta é o clássico dos clássicos: “Rock and Roll All Nite”, onde a banda promove chuva de papel picado, serpentina e muita pirotecnia. Juntamente com o início, o final é um dos momentos mais lindos e esperado no show do Kiss. Aqui as pessoas pulavam, gritavam, se abraçavam, choravam, porque certamente, estavam pensando que nunca mais verão aquela música, aquele clássico, aquela emoção toda, ao vivo.
Aqui encerra um dos momentos mais emocionantes da vida de todos ali presentes, pois como toda despedida, a dor vem, o choro vem, a alegria vem. Provavelmente, nunca mais veremos a banda, juntos, novamente e ao vivo. Mas tudo o que o Kiss fez até hoje, jamais será esquecido pelos fãs, certamente esse amor pela banda, passará de gerações para gerações, o Kiss é eterno, o Kiss é uma religião, o Kiss faz parte de nossas vidas e jamais será esquecido.
Do fundo do meu coração, muito obrigado Gene, Paul, Tommy e Eric, por ter nos proporcionados uma das despedidas mais emocionantes de nossas vidas!
Músicas do show de Porto Alegre/RS
- “Detroit Rock City”
- “Shout It Out Loud”
- “Deuce”
- “War Machine”
- “Heaven’s On Fire”
- “I Love It Loud”
- “Say Yeah”
- “Cold Gin”
- Solo de guitarra
- “Lick It Up”
- “Calling Dr. Love”
- “Tears Are Falling”
- “Psycho Circus” (parcial)
- Solo de bateria
- “100,000 Years” (apenas o
- final)
- Solo de baixo
- “God Of Thunder”
- “Love Gun”
- “I Was Made For Lovin’ You”
- “Black Diamond”
- “Beth”
- “Do You Love Me”
- “Rock And Roll All Nite”
Geraldo “Gegê” Andrade blogueiro e vlogueiro a mais de 15 anos. Iniciou sua paixão pelo rock n roll, nos anos 80, quando pela primeira vez, ouviu um álbum da banda KISS. Tem um currículo com mais de 500 shows, de bandas nacionais e internacionais. Um especialista em entrevistas, já tendo entrevistado vários músicos nacionais e internacionais.
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