ENTREVISTA: BRUCE KULICK, o Guitar Hero do KISS fala sobre sua trajetória em Entrevista Exclusiva!
November 30, 2019
Conversamos com o grande guitarrista Bruce Kulick, que além de ter participado de uma das maiores bandas de rock do mundo, KISS, tem muitas outras histórias para contar!
Bruce Kulick deixou sua marca na história do rock participando por doze anos de uma das bandas mais importantes da cena mundial, o KISS. Bruce foi convidado à se reunir ao grupo após a breve passagem do guitarrista Mark St. John, que teve sua jornada interrompida devido a problemas de saúde. Após a troca de dois guitarristas em um curto período de tempo e com a pressão de ser o guitarrista certo para o Kiss, Kulick se manteve firme durante praticamente toda a fase pós máscaras da banda, gravando vários discos e sendo o guitarrista mais importante após o original Ace Frehley. Bruce também possui em seu currículo outros grandes projetos como Union, banda que formou juntamente com John Corabi (ex-Motley Crue), ESP, projeto do atual baterista do Kiss Eric Singer, além de fazer parte da Grand Funk Railroad, importante banda da década de 70, e seu projeto solo que está cada vez mais forte. Com tanta história para contar, a Revista Freak foi conversar diretamente com Bruce Kulick e trazemos para você esse bate-papo onde falamos sobre Kiss, Brasil, Union, carreira solo e muito mais. Check it out!
Photo by Neal Zlozower
Bruce, primeiramente quero agradecer por nos conceder essa entrevista e dizer que somos grandes fãs de Kiss e do seu trabalho. Para iniciarmos, gostaria de perguntar sobre a primeira vez que você veio ao Brasil com o Kiss em 1994, no Monsters of Rock, você lembra desse show? Qual foi sua primeira impressão do Brasil?
EU AMEI! Os brasileiros são provavelmente os fãs mais dedicados e amorosos que já conheci! Eu senti como se estivesse nos Beatles!
Sempre ouvi falar que você entrou para o Kiss através de uma indicação do seu irmão Bob Kulick, mas você já tinha contato com os integrantes da banda antes, certo? Você pode nos dizer como se juntou à banda e se chegou a fazer algum teste para entrar no Kiss?
Em 1984 eu fiz um trabalho fantasma de guitarra para o KISS no Animalize. Paul sempre soube pelo meu irmão que eu era bom, mas também houveram outras pessoas que ele conhecia que falaram muito bem de mim, Mitch Weissman (parceiro de composições do Kiss) foi um deles. Você sabe, eu entrei para substituir Mark St. John e o resto foi KISSTORY!
Photo by Nico Ciccarone
Você pode contar com que idade você começou a tocar guitarra?
Eu comecei jovem, com cerca de 10 anos de idade. Os Beatles foram um grande motivo! Vê-los em Ed Sullivan no início de 1964 me fez querer tocar guitarra.
O que você gosta de escutar e quais são as suas influências como guitarrista?
Então… comecei com os Beatles, toda a Invasão de bandas Britânicas realmente me animou. De Cream, The Who, Led Zep, Jimi Hendrix! Mountain, Yes, Jethro Tull, passando por ELP (Emerson, Lake e Palmer), Yardbirds e Jeff Beck. Mais tarde, Eddie Van Halen foi uma grande influência.
Você entrou no Kiss em um momento que parecia um pouco complicado para a banda com a saída de Vinnie Vincent e o problema que impediu Mark St John de continuar, como foi pra você esse começo? Havia muita pressão para ser o guitarrista certo para a banda após tantas mudanças em um curto período de tempo?
Eu já estava feliz apenas por estar lá por Mark. Houve pressão, mas na verdade eu não achei que o trabalho era MEU. Era apenas bom tocar com eles, e com o tempo ficou claro que eu pertencia a banda! Uma oportunidade incrível.
Photo by Ric Gould
Após as mudanças que ocorreram depois da sua saída do Kiss, Eric Singer e Tommy Thayer acabaram usando a maquiagem original de Peter Criss e Ace Frehley, o que não agradou muitos fãs. Posso perguntar sua opinião sobre isso? E se fosse você, gostaria de ganhar uma máscara original ou não se importaria em representar o Spaceman?
Se fosse eu, eles teriam realmente que me perguntar. Eu sinto falta de estar no KISS, mas como o personagem de Ace, seria completamente apagado tudo o que fiz nos meus 12 anos na era sem máscara da banda. Tommy faz um ótimo trabalho como o Spaceman.
Photos by Erik Hellquist / KISS Kruise, in 2018
Falando um pouco sobre a ‘Union’, banda que você uniu forças com John Corabi, que na minha opinião é um dos melhores vocalistas de hard rock do mundo. Vocês mantém contato e há alguma chance de retomar este projeto um dia?
Nós nos mantemos em contato sim e fizemos uma jam recentemente em Indianápolis na KISS Expo. John é um ótimo cantor e uma ótima pessoa. Em relação ao futuro, estou aberto à ideia.
Divulgação Bruce Kulick / Union
Você participou do álbum solo do Gene Simmons, ‘Asshole’, e também do ‘Live To Win’ de Paul Stanley, como foram para você esses convites e como está a sua relação atualmente com seus ex-colegas de banda? Você acredita que eles sejam um pouco difíceis para manter um relacionamento ou é apenas especulação?
Meu relacionamento com a banda, especialmente desde os dois últimos ‘KISS Kruises’, são ótimos! Eles me convidaram para participar em seus trabalhos solos e fiquei muito honrado. Quanto a eles serem difíceis de se relacionar, não para mim. Eric e Tommy também são bons amigos meus.
Photo by TourBusLive.com
Inevitável perguntar sobre a turnê de despedida do Kiss “End Of The Road”, mesmo sendo uma turnê onde utilizam máscaras, eu acredito que pela sua importância na história da banda, a sua participação nem que fosse em alguns shows faria a felicidade de muitos fãs, você gostaria de participar? Como você está vendo essa despedida?
Eu gostaria de me juntar a eles no palco e claro, vou vê-los nessa turnê. Quanto à participação, isso é algo que não posso confirmar, mas espero que isso possa vir a acontecer em algum momento!
Você atualmente tem tocado com o Grand Funk Railroad, alguma chance de vir ao Brasil?
Eu estou tocando há 19 anos com o Grand Funk, e a banda está ótima. Eu não acho que a banda vá para a América do Sul, porque eles preferem apenas voar pelos EUA.
Photo by Jim McGuire
Você pode falar um pouco sobre seus outros projetos?
Além da GFR, eu faço algumas sessões, alguns workshops e aparições, e eu tenho alguns planos futuros sobre a fantástica banda a qual toquei no Kiss Kruise VIII, com Todd Kerns, Brent Fitz e Zach Throne. Eles adoram a música do KISS e somos um grupo formidável. Quero gravar com eles e veremos se podemos marcar algumas turnês, assim que as agendas permitirem.
Photo by TourBusLive.com
Bruce, gostaria de agradecer mais uma vez por nos conceder essa entrevista e para terminarmos, pode enviar uma mensagem para os leitores da revista e fãs brasileiros?
O Brasil sempre foi incrível para mim! Espero retornar logo e tocar as suas canções favoritas novamente em breve!
Visitem meu novo website: www.brucekulick.com
Thank you all!
Veja abaixo alguns vídeos de Bruce Kulick:
Bruce Kulick Discography
“Live in Japan”
ESP
2006
“BK3“
Bruce Kulick
2003
“Tranformer“
Bruce Kulick
2003
“Audio Dog “
Bruce Kulick
2001
“Carnival Of Souls:
The Final Sessions”
Kiss
1997
“MTV Unplugged“
Kiss
1996
“Kiss Alive III”
Kiss
1993
“Revenge“
Kiss
1992
“Hot In The Shade“
Kiss
1989
“Crazy Nights“
Kiss
1987
“Asylum“
Kiss
1985
“Animalize“
Kiss
1984
“The Blue Room“
Union
2000
“Live in the Galaxy“
Union
1999
“Union“
Union
1998
“ESP”
ESP
1999
“Lost and Spaced “
ESP
1998
“Everybody’s Crazy “
Michael Bolton
1985
“Worlds Apart “
Blackjack
1980
“Tale of the Tape “
Billy Squier
1980
Visite: www.brucekulick.com
Designer e músico apaixonado por arte e rock n’roll. Gaúcho de Porto Alegre, já morou em São Paulo, Nova York e atualmente reside em Madri, na Espanha. Em seu currículo como músico tem passagem como baixista das bandas Rosa Tattooada (Porto Alegre), Jungle Junkies (NY) e Monodrive (SP).
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