Resenha: “Too Mean To Die” – (Accept) – 2021
February 9, 2021Em 29 de janeiro de 2021 os alemães do Accept lançaram o seu 16º álbum de estúdio “Too Mean To Die”, o primeiro a apresentar o guitarrista Philip Shouse, e o baixista Martin Motnik, que substituiu o original Peter Baltes em 2019.
Accept já está na estrada um algum tempo, e “Too Mean To Die” é seu 16º álbum de estúdio. Este álbum tem todos os elementos do heavy metal clássico; a guitarra, riffs, bateria pesada e vocais, que transformam o trabalho forte e poderoso. “Too Mean To Die” é um exemplo de como soa o heavy metal da velha escola, nos mostrando que ele ainda está vivo e muito forte.
A música de abertura “Zombie Apocalypse” é uma música que tem vocais incríveis de Tornillo, que nos presenteia com uma voz mais pesada, ele traz seu próprio estilo de metal da velha escola através de sua voz poderosa. “Zombie Apocalypse” é uma ótima maneira de dar o pontapé inicial no álbum, um verdadeiro hino de heavy metal esmagador que não deixa pedra sobre pedra.
Em “Too Mean To Die”, o ritmo aumenta e deixa uma música acelerada, que faz você bater cabeça, até depois que você para de ouvi-la. É o exemplo perfeito da atitude implacável de uma banda que não tem nada a provar. Riffs esmagadores do “monstro” Wolf Hoffmann, deixa um som marcante, com um ótimo solo de guitarra. Esta é a música que você precisa ouvir se você ainda não sabe o que é heavy metal.
O Accept também mergulha mais no território do hard rock, e “Overnight Sensation” preenche esse lugar neste álbum. É uma música divertida e cativante que sai do espectro de metal por um tempo, coloca um sorriso em nossos rostos e nos faz pular e bater a cabeça. Pode-se até dizer que podemos dançar com essa música (risos)! Que baita música, como sempre escolho a minha favorita de um álbum, nesse novo trabalho do Accept, essa já se tornou a minha.
Também temos aquelas músicas que nos lembram velhos clássicos do heavy metal: “No Ones Master” e “Not My Problem” são exemplos perfeitos disso, entrando nesse clima edificante com riffs rápidos e agressivos. A energia e a juventude dessas canções fazem pensar como uma banda de 40 e poucos anos pode soar assim.
Se você quer músicas mais obscuras e com refrões épicos, confira o primeiro single “The Undertaker”, uma música que vai crescendo ao longo do tempo.
Outros destaques incluem a power-ballad “The Best is Yet To Come”, com uma mensagem forte e uma ótima performance, cheia de emoção. É um que te atinge bem na sensação, permanecendo otimista para o que o futuro reserva.
O amor e admiração de Wolf Hoffmann pela música clássica não é segredo para ninguém, então é natural que haja alguma influência a ser mostrada neste álbum, especialmente em uma faixa tão incrível como “Symphony of Pain”. Este é um hino poderoso e rápido com pequenas referências ao mundialmente famoso “Ode to Joy” e até mesmo à monstruosa 5ª Sinfonia de Beethoven. Há ainda mais interpretações clássicas na faixa de encerramento “Samson e Delilah”, que é totalmente instrumental, coisa rara, em se tratando de Accept . Um encerramento épico para um álbum épico. É a maneira perfeita de nos deixar exaustos e ansiosos por mais, terminando um disco que se beneficia por ter a quantidade certa de música.
Um grande destaque do trabalho, é Mark Tornillo, ele está cantando muito, tem uma performance notável para um vocalista de 66 anos de idade. O fãs agradecem!!
Um lance muito legal desse trabalho, são os recém-chegados Martin Motnik no baixo e Philip Shouse na guitarra, os caras se sentem em casa, fornecendo uma base forte para a música fluir. Tudo funciona perfeitamente! Só posso dizer uma coisa, melhor, gritar: “O Accept está de volta!”
Se você é um fã do Accept, você não vai se decepcionar com este álbum, pois ele tem muito a oferecer de uma banda que ajudou firmemente a criar o gênero clássico do heavy metal.
Tracklist:
- Zombie Apocalypse
- Too Mean To Die
- Overnight Sensation
- No Ones Master
- The Undertaker
- Sucks To Be You
- Symphony Of Pain
- The Best Is Yet To Come
- How Do We Sleep
- Not My Problem
- Samson And Delilah
Geraldo “Gegê” Andrade blogueiro e vlogueiro a mais de 15 anos. Iniciou sua paixão pelo rock n roll, nos anos 80, quando pela primeira vez, ouviu um álbum da banda KISS. Tem um currículo com mais de 500 shows, de bandas nacionais e internacionais. Um especialista em entrevistas, já tendo entrevistado vários músicos nacionais e internacionais.
Matérias Relacionadas
