Resenha: “The Sinner Rides Again” – KK’s Priest (2023)

Resenha: “The Sinner Rides Again” – KK’s Priest (2023)

October 5, 2023 0 By Geraldo Andrade

Com a grande aclamação da crítica com seu álbum de estreia, “Sermons of the Sinner” de 2021, que na Revista Freak foi escolhido como um dos melhores lançamentos daquele ano, surgia a nova banda de KK Downing, juntamente com o ex-vocalista do Priest, Tim ‘Ripper’ Owens, o KK’s Priest.

Agora temos o seu tão aguardado segundo álbum, “The Sinner Rides Again”, onde Downing está em sua melhor forma e Ripper adicionando mais variedade à sua entrega vocal, o trabalho é uma celebração confiante, polida e realizada do heavy metal clássico com muita atitude e ainda muito mais riffs.

A primeira das três músicas que fazem referência direta a títulos clássicos do Priest, é a abertura “Sons Of The Sentinel”, um enorme inferno de riffs com KK e Tim “Ripper” Owens disputando os holofotes. A guitarra de Downing rasga os tímpanos com uma selvageria, enquanto Owens simplesmente mal pode esperar para entregar seu grito inicial e penetrante antes que a música libere um refrão simples, mas eficaz. É em minha opinião, um retorno furioso, com todas as armas em punho, a enxurrada de riffs e os vocais de Owen que lembram o peso de “Painkiller”, mas com seu próprio toque.

Um dos singles lançados anteriormente, “Strike of the Viper” é a segunda faixa e tem uma sensação semelhante a “Hellfire Thunderbolt” do primeiro álbum, é cativante, tem tudo que você precisa em uma música de metal. Vocais enormes, guitarras enormes, faixa enorme!

KK dá um lembrete firme de seu pedigree durante “Reap the Whirlwind” com riffs e solos excepcionais, enquanto Ripper envia seus vocais de uma ponta a outra de sua extensão. Este é definitivamente o melhor que o ouvi cantar, ele está perfeito e isso fica evidente.

O primeiro single a ser lançado foi “One More Shot at Glory”, o que definitivamente criou expectativa para o álbum. O riff de abertura prende você, é viciante e as mudanças intermitentes de andamento dão um sabor diferente, a bateria realmente se destacou e os preenchimentos têm muita substância. Os solos transbordam classe com um incrível trabalho de guitarra complementando perfeitamente a música, é um sucesso absoluto!

“Hymn 66” surge lenta e proposital, um lick de guitarra não muito longe de “The Ripper” e muitos gritos agudos em várias camadas antes da faixa-título encontrar Downing e seu parceiro AJ Mills entregando um groove estrondoso, enquanto Ripper exibe alguns tons mais suaves. O riff aqui é muito pesado, para nossa alegria.

Depois de abrir com o som de sinos de igreja e cantos, “Keeper Of The Graves”, onde as guitarras são o destaque com poderosos riffs e um espírito que lembra “A Touch of Evil”. A música dá um tapa na sua cara enquanto entra em alta velocidade com um grito perverso de Ripper e a banda começa em alta velocidade. Este é o heavy metal “na sua cara”. Os vocais no final mostram o controle impressionante que Ripper tem.

“Pledge Your Souls” tem um impacto venenoso, com um solo do mais alto nível. Este é mais um exemplo que mostra que a combinação de toda a banda é o que torna esta formação especial.

 “Wash Away Your Sins”, um encerramento épico, e que maneira de terminar. A introdução é etérea, essa faixa me surpreendeu porque eu esperava que continuasse nesse estilo, mas então toda a banda entra em ação e os riffs decolam novamente. Esta música final tem algumas reviravoltas no ritmo e na sensação, os solos, os vocais, a banda trabalhando em uníssono, eles são uma unidade muito unida, entrosamento perfeito.

O melhor desse trabalho é sem dúvida o trabalho conjunto que a banda tem feito, eles se uniram muito melhor. A produção, supera “Sermons Of The Sinner” e o trabalho de Sean Elg e Tony Newton em seus instrumentos é mais incrível do que em seus trabalhos anteriores. Ripper Owens é uma fera completa nos vocais, soando ainda melhor do que nos trabalhos anteriores da banda, e isso também se refletiu nas apresentações ao vivo que a banda já fez, que eu pude conferir em vídeos. Um álbum que comparado a “Sermons Of The Sinner”, abrange terrenos mais épicos e melódicos, mas sem deixar de lado o legado do clássico heavy metal old school. A banda nos deu dois álbuns em 3 anos, isso é totalmente apreciado, fico na torcida, para que o terceiro não demore muito, pois a banda nos deixa com vontade de ouvir muito mais material do bom e velho heavy metal.

kks priest

Músicas
1- Sons of the Sentinel
2- Strike of the Viper
3- Reap the Whirlwind
4- One More Shot at Glory
5- Hymn 66
6- The Sinner Rides Again
7- Keeper of the Graves
8- Pledge Your Souls
9- Wash Away Your Sins

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