Resenha: “Rock in Rio 2022” – Rio de Janeiro/RJ (02/09/2022).

Resenha: “Rock in Rio 2022” – Rio de Janeiro/RJ (02/09/2022).

September 18, 2022 0 By Geraldo Andrade

A Revista Freak cobriu o famoso “Dia do Metal” do Rock In Rio 2022, o dia do rock pesado, dia das camisetas pretas, dia dos hedbangers, o dia perfeito para quem gosta de heavy metal.

rock in rio 2022

Fotos: Rock in Rio Facebook/Instagran

Finalmente chegou o dia do Rock in Rio 2022, no Brasil, depois de passarmos por certas incertezas, uma pandemia, shows cancelados ou adiados, um dos maiores festivais de música do mundo, iniciou no dia 02 de Setembro, a primeira sexta-feira do mês. Vocês imaginam a expectativa que existia para esse evento.

A Revista Freak, cobriu o famoso “Dia do Metal”, dia do rock pesado, dia das camisetas pretas, dia dos hedbangers, o dia perfeito para quem gosta de heavy metal.

Saio de Caxias do Sul/RS, às 05h do dia 02 de setembro, na maior expectativa do que eu iria presenciar à noite, foi uma semana difícil de dormir (risos), pensamento era só Rock in Rio.

Depois de 02 horas de estrada, chego a Porto Alegre/RS, com voo previsto para o Rio de Janeiro às 10h20. Um voo muito tranquilo e rápido. Chega ao Rio de Janeiro, com um calor escaldante, saí do Sul, com 06 graus e cheguei em terras cariocas, com 30 graus, aja saúde.

Rápido almoço e às 14h30 embarco no transporte “Primeira Classe”, que de primeira só tem o nome, pois tive azar, porque fui num ônibus muito velho, sujo, em condições lamentáveis, mas faz parte.

Com a expectativa aumentando, chego à Cidade do Rock, perto das 16h, com o calor mais forte ainda e já me deparo com a primeira, de muitas filas que iria enfrentar. Revista na mochila ok, ingresso ok. Entro finalmente na Cidade do Rock.

Uma multidão já estava lá dentro, velhos headbangers, nova geração, famílias, um clima perfeito para um grande festival. Já de caro, sinto que vai ser complicado assistir todos shows, praticamente impossível. Dirijo meu foco para o Palco Mundo, lá seria meu objetivo, o resto seria um bônus (risos).

Já na entrada me deparo com um dos palcos menores, o SUPERNOVA, no início do show da Crypta, um bom número de fãs, já estavam espremidos na frente do palco.  E a banda entra quebrando tudo, uma verdadeira paulada, com a música “Kali”, a banda está em uma grande fase, que momento histórico para banda, disparada uma das melhores bandas do metal brasileiro.

Infelizmente tenho que continuar a “peregrinação”, pois teria muita coisa pela frente, a aventura estava só começando. Mais uma boa caminhada, no meio de uma grande multidão, filas e muito calor e chego até ao PALCO SUNSET, e quem está se apresentando é a banda ou projeto, chamado Metal Allegiance, uma verdadeira “seleção” do metal mundial, com nomes como Alex Skolnick,  Mike Portnoy, Jonh Bush e Chuck Billy. Infelizmente não acompanho o show da banda, mas o som e o agito que vinham do Palco Sunset era monstruoso e pesado.

Mais uma boa caminhada para conhecer um pouco essa nova Cidade do Rock, sim, para mim era nova, primeira vez que vinha nesse local onde tivemos as Olimpíadas no Brasil, o Parque Olímpico.

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Finalmente chego ao PALCO MUNDO, e faltava bem pouco para começar o primeiro show da noite, naquele palco:  Sepultura + Orquestra Sinfônica Brasileira. Sepultura é Sepultura, e o enorme exército de fãs da banda já estavam lá presentes. Aproximadamente às 17h30, tem início o show do Sepultura, seria um show diferente, metal e orquestra, a curiosidade era grande, para ver como ficaria. Confesso que não gostei muito, achei interessante, sei que vão ficar bravos comigo, mas foi um show chato. Foi uma apresentação diferente da que o grupo está acostumado, e a resposta do público foi maior quando tocaram clássicos como “Refuse/Resist” e “Roots Bloody Roots”.
O Sepultura nunca esteve distante da música erudita. São várias as experiências feitas pelo grupo com peças clássicas, o álbum “Quadra”, confirma essa situação.

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Pausa para comer algo e beber uma água, porque a sede já era grande e a fome começava a bater, então vamos nos alimentar e hidratar.

Vamos agora para a segunda atração da noite, a banda francesa Gojira, confesso que não sou muito fã da banda e conheço pouco material dos caras. O show começa às 19h30, e com muito peso e guitarras poderosas e um baterista, que em minha opinião, foi o maior destaque da apresentação, chamado Mario Duplantier. Confesso que me rendi ao poder do death metal progressivo do Gojira. A banda francesa, voltou ao festival para substituir o Megadeth, que caiu fora do line-up, e entregou uma poderosíssima apresentação. Os caras tocaram clássicos como “Backbone” de 2005 e “Strandeed”, uma verdadeira pedrada, o foi suficiente para deixar de boca aberta qualquer um que estivesse disposto a curtir uma boa “noite do metal”. Peso, muito peso!

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E agora? Qual seria a próxima atração? A multidão triplicou, o agito começou, o espaço foi ficando pequeno, pois logo teríamos a apresentação da maior banda de heavy metal de todos os tempos: IRON MAIDEN!

Pontualmente às 21h30, ao som de Doctor Doctor do Ufo, tem início o show mais esperado do “Dia do Metal”, da banda que é uma verdadeira religião, o Iron Maiden! A banda, que se apresentou na edição de estreia do festival, em 1985, fez um show lotado de hits, para alegria de todos ali presentes. Foi bonito de ver, fãs de todas as gerações e lugares, emocionados com a presença da banda no Palco Mundo, momento que arrepia.

A banda tocou alguns dos seus maiores hits, eles apresentaram clássicos como ”Blood Brothers”, ”Fear of the Dark”, ”The Number of the Beast”, ”The Trooper” e ”Aces High”, além de músicas do lançamento mais recente, o disco ”Senjutsu”, de 2021, como a faixa-título do álbum, ”Stratego” e ”The Writing on the Wall”.

Com atuação segura do sexteto e, com Bruce Dickinson, aos 64, provando mais uma vez que um vocalista de rock, na sua idade pode muito bem alcançar todas as notas, com as labaredas e elementos cenográficos, em músicas como “The Sign of the Cross”, “The Clansman” e “Flight of Icarus” foram a moldura perfeita para um show sem falhas.

No palco Mundo, em cerca de duas horas, os veteranos britânicos entregaram uma performance digna de sua história.

Depois de 02 horas de show, o Maiden encerra o show mais esperado da noite, prometendo voltar em breve, para delírio de todos ali presente. Simplesmente um show histórico e emocionante, que só o Iron Maiden sabe nos dar. Um show perfeito!

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Já cansado, deixo a Cidade do Rock, aliás, como a maioria ali presente, não teria energia o suficiente para assistir ao show do Dream Theater, que fecharia a noite do metal. Logo uma multidão começava a sair da Cidade do Rock, uma bela debandada (risos).

Com voo previsto para 07h de sábado, com destino à Porto Alegre, chego ao Aeroporto Santos Dumond às 02h, com a certeza de que a madrugada seria longa e cansativa, e confirmo que foi mesmo (risos).

Chego à Porto Alegre/RS às 09h30, com um frio de 08 graus, bem diferente dos 30 graus do Rio de Janeiro. Rumo a rodoviária da capital gaúcha, para as 11h pegar um ônibus com destino a Caxias do Sul, onde chego às 13h.

Na chegada me pergunto, valeu a pena? Valeu passar calor, sede, cansaço? Respondo com toda certeza do mundo: VALEU MUITO!!!

Agora é tentar voltar a vida normal, depois que assisti à um dos maiores espetáculo do mundo, um show do Iron Maiden. Só digo uma coisa: Que venha o próximo!!

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