Resenha: “Lucifer V” – Lucifer (2024)
February 6, 2024Desde que o Lucifer começou a agitar o mundo do rock em 2015 com “Lucifer I”, o quinteto trilhou um caminho musical impressionante. Uma base de fãs crescente, grandes lançamentos refletem a emoção musical criada pela banda.
A mistura de sons e inspiração é ampla. O rock clássico dos anos 70, o doom metal e o occult rock se fundem no resultado de músicas de alta octanagem que vão direto ao coração. É quase impossível não ficar impressionado com a música de Lúcifer e o mais novo lançamento causa o mesmo efeito.
O álbum começa com um verdadeiro hino, “Fallen Angel”, ressoando com uma vibração distinta do Black Sabbath e do início do Iron Maiden, caracterizada por sensacionais harmonias de guitarras. Esta faixa serve como portal para o som envolvente do Lucifer, lançando um feitiço assustador que cativa o ouvinte desde o início. As harmonias de guitarra ecoantes preparam o cenário, convidando o público a mergulhar na busca do rock oculto sombrio e melódico que está por vir.
À medida que a experiência auditiva avança com “At The Mortuary”, os vocais tentadores de Johanna conduzem você, tecendo uma história acompanhada por um interlúdio de órgão. As guitarras então mudam para um tom mais denso e áspero, harmonizando-se com os vocais assustadoramente belos de Johanna. A música começa com sinos de igreja e um riff sombrio, transmitindo uma vibração britânica dos anos 70. Fazendo uma transição perfeita para o hard rock macabro com teclados, criando uma atmosfera mórbida e sombria, mostrando sua versatilidade em uma única faixa.
O álbum continua a se desenrolar com a encantadora magia das guitarras em “Riding Reaper”. Esta faixa sustenta o ímpeto, impulsionada pela presença assertiva da bateria de Nicke Andersson. Além de seu rock poderoso e cativante, a banda demonstra sua versatilidade com andamentos mais lentos.
“Slow Dance In A Crypt” destaca-se como uma balada robusta, apresentando uma performance vocal fantástica. Um refrão convincente e notas de piano cativantes criam uma bela paisagem sonora. Este momento permite que as guitarras teçam uma melodia melancólica, enquanto os vocais de Johanna Sadonis permanecem impressionantes.
“A Coffin Has No Silver Lining” canaliza o espírito da NWOBHM, infundindo a música com melodias cativantes e harmonias cativantes. Enquanto isso, a introdução acústica de “Maculate Heart” estabelece um clima contemplativo antes de Nicke Andresson desencadear uma mudança de ritmo, lançando a banda em um boogie sombrio e melódico. Esta mudança dinâmica mostra a habilidade do Lucifer, de misturar diferentes influências, adicionando ainda mais profundidade ao álbum.
“The Dead Don’t Speak” rapidamente estabelece seu ritmo, lembrando os anos 70 com um toque único, uma mistura de BLACK SABBATH apoiado pelo vocal do ABBA! Esta fusão inesperada funciona inegavelmente, criando um som distinto e envolvente. À medida que “Strange Sister” se desenrola, ela assume uma personalidade gótica glam, acompanhando a sólida linha de baixo de Harald Gotthblad . Isso prepara o terreno para o lamento sombrio final de “Nothing Left To Lose But My Life”, concluindo o álbum com uma música poderosa e evocativa. A capacidade do LUCIFER de combinar gêneros perfeitamente adiciona uma camada de imprevisibilidade, mantendo o ouvinte cativado do início ao fim.
“V” é uma prova da habilidade do LUCIFER em criar uma narrativa sonora intensa e diversificada. Dos reinos ardentes do heavy metal aos ecos assustadores das melodias atmosféricas, o álbum leva o ouvinte a uma jornada sombria e cativante. Com cada faixa, provando que são mestres em seu ofício, combinando perfeitamente os vocais evocativos de Johanna Sadonis com a habilidade instrumental de toda a banda. “V” é uma música obrigatória para os fãs do oculto, do pesado e do lindamente macabro.
Ainda é cedo falar, mas “V”, certamente estará na lista de melhores lançamentos do ano de 2024.
Músicas
1- Fallen Angel
2- At The Mortuary
3- Riding Reaper
4- Slow Dance in A Crypt
5- A Coffin Has No Silver Lining
6- Maculate Heart
7- The Dead Don’t Speak
8- Strange Sister
9- Nothing Left To Lose But My Life
Geraldo “Gegê” Andrade blogueiro e vlogueiro a mais de 15 anos. Iniciou sua paixão pelo rock n roll, nos anos 80, quando pela primeira vez, ouviu um álbum da banda KISS. Tem um currículo com mais de 500 shows, de bandas nacionais e internacionais. Um especialista em entrevistas, já tendo entrevistado vários músicos nacionais e internacionais.
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