Resenha: “Hell, Fire, And Damnation” – Saxon (2024)

Resenha: “Hell, Fire, And Damnation” – Saxon (2024)

February 3, 2024 0 By Geraldo Andrade

O Saxon está de volta com seu vigésimo quarto álbum, “Hell, Fire, And Damnation”. Lançado em 19 de janeiro de 2024 pela Silver Lining Music, e no Brasil pela Shinigami Records.

Nesse novo trabalho, encontramos os vocais dinâmicos de Biff Byford, a espinha dorsal rítmica de Nigel Glockler e Nibbs Carter na bateria e no baixo adiciona uma base robusta ao som geral do álbum. Liricamente, o disco cria uma viagem sonora através de temas históricos e misteriosos.

Este mais novo disco, co-produzido, mixado e masterizado pelo brilhante Andy Sneap pode ser um dos álbuns mais completos e bem elaborados da banda até hoje.

O álbum começa com “The Prophecy”, que dá o tom para o que está por vir. “Hell, Fire And Damnation” toma um rumo mais pesado, transitando perfeitamente entre momentos intensos e solos de guitarra melódicos, mostrando o estilo característico da banda.

“Madame Guillotine” introduz um toque blues com uma construção lenta, com vibrações que lembram o Metallica em Load. A faixa mantém um ritmo mais lento e tranquilo, com um solo de guitarra cativante e uma quebra musical sólida, mostrando a versatilidade da banda.

Em “Fire And Steel” o ritmo acelera, entregando uma música pesada e agradável onde os vocais tomam conta, complementados por quebras de guitarra e solos melódicos, tornando-a a música mais pesada do álbum.

“There’s Something In Roswell” introduz uma atmosfera sinistra, investigando a história do acidente de Roswell em 1947. A faixa apresenta um riff poderoso, no estilo dos anos 80 e mostra a velha habilidade do Saxon em criar quebras melódicas, adicionando um toque único a cada música. Já se tornou a minha favorita!

“Kubla Khan And The Merchant Of Venice” continua a jornada, entrelaçando heavy metal com narrativas históricas e poderosos solos de guitarra.

“Pirates of the Airwaves” é uma música que segue a linha do metal clássico dos anos 80, isso à torna perfeita.

O Saxon presta homenagem aos acontecimentos históricos em “1066”, abordando a Batalha de Hastings, com um riff pesado que é definitivamente adequado para uma das batalhas mais sangrentas da história.

“Witches Of Salem” dá uma guinada mais sombria e sinistra, capturando a essência dos dias de caça às bruxas. O refrão cativante se destaca, tornando-se um dos destaques do disco, em minha opinião.

O álbum encerra com a pesada  “Super Charger”, mostrando o conjunto impecável de habilidades do Saxon ao longo de sua carreira de cinquenta anos.

Vale destacar que esse é o primeiro trabalho da banda, sem a participação de Paul Quinn, seu lugar foi ocupado pelo estimado seis cordas do Diamond Head, Brian Tatler. E funcionou muito bem, o talento do guitarrista combina perfeitamente com Doug Scarratt.

A qualidade geral da produção do álbum aprimora o som clássico do Saxon, trazendo um toque moderno ao seu estilo atemporal. O álbum solidifica a posição do Saxon como uma das principais bandas da NWOBHM, subindo consistentemente ao topo apesar de enfrentar obstáculos subestimados. Saxon oferece uma mistura versátil, prestando homenagem às raízes do heavy metal enquanto explora novas portas, abrindo espaço para fãs veteranos e dando as boas-vindas a uma nova geração em sua música.

saxon

Músicas
1- The Prophecy
2- Hell, Fire And Damnation
3- Madame Guillotine
4- Fire And Steel
5- There’s Something In Roswell
6- Kubla Khan And The Merchant Of Venice
7- Pirates Of The Airwaves
8- 1066
9- Witches Of Salem
10- Super Charger

Matérias Relacionadas

Please follow and like us: