Drum Clinic: FRANKIE BANALI, o grande baterista do Quiet Riot!

Drum Clinic: FRANKIE BANALI, o grande baterista do Quiet Riot!

September 4, 2020 0 By Gema

Hoje o Drum Clinic é mais do que uma mera apreciação de um baterista, hoje é uma homenagem à um daqueles que foi um dos responsáveis pela minha vida como músico, baterista, e apreciador de Heavy Metal, Frankie Banali!

Frankie Banali apareceu na minha vida nos meus 12 anos de idade, aquela época que todo moleque tem um super-herói ou um personagem de TV como ídolo. O meu era ele! Lembro como se fosse hoje ver aquele cara atrás daquela batera preta cheia de tons, com aquele cabelo comprido e a camiseta regata de caveira e pensar que aquilo era o que eu queria fazer da minha vida, ao mesmo tempo lembro também da cara de tristeza da minha mãe ao ouvir isso de mim.

Mas era difícil ser fã nos anos 80, ficávamos buscando informações na revista Metal ou em uma Fita VHS mal gravada de algum amigo do amigo e esperávamos ansiosos o próximo disco para ouvir e ver na capa ou em um encarte, como estava o seu ídolo.

drum clinic frankie banali

Quiet Riot, que foi a segunda banda de rock que ouvi depois do Kiss e “Cum on feel the noise”, a primeira música da banda que me fez pirar com aquela famosa introdução de batera e voz.

Fiquei viciado, comprei o primeiro álbum, o segundo e assistia aos clips na tv sempre que passavam em algum ‘Clip Trip’ ou ‘Som Pop’ da vida. Colori minhas baquetas, porque a partir do segundo álbum sua bateria era listrada em preto e branco, suas baquetas coloridas com fitas e fui ao conservatório fazer aula para um dia tentar ser como ele.

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Primeira  música que aprendi na bateria e tocava na minha primeira banda não podia ser outra, “Cum On Feel The Noise”, era demais poder repetir as viradas e me sentir tocando aquele som! Depois vieram “Metal Health”, “Mama we’re all crazy now” e muitas outras, porque consegui encomendar com um amigo que tinha ido aos EUA um livro com todas as partituras dos dois álbuns da banda, não existia outro jeito na época, estamos falando de 1985!!

Frankie era um baterista preciso e de muito bom gosto, botava as coisas certas nas horas certas, nunca foi de inventar muito, não precisava enfiar mil notas por compasso para aparecer, seus ritmos eram precisos e davam características nas músicas da banda.

O tempo passou, Quiet Riot foi se reinventando, lançando mais alguns discos e com o surgimento da internet pude acompanhar mais de perto a carreira de Frankie. Tocava muito, fazia muitos covers de Led Zeppelin, tinha alguns projetos e tocava o Quiet Riot para frente mesmo com as dificuldades de músicos que entravam e saíam.

Nesse último dia 20 de agosto de 2020 infelizmente depois de lutar muito contra um câncer de pâncreas, ele nos deixou. Perdi meu primeiro ídolo de infância, que não era um super-herói, mas ficou na minha vida a influência e a memória de garoto.

RIP FRANKIE BANALI!

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