Entrevista: THIAGO BAUMGARTEN, o novo baixista do Hibria
March 10, 2021A Revista Freak foi conhecer um pouco mais o novo baixista do Hibria, Thiago Baumgarten, que nos atendeu diretamente de Salvador/BA e contou sobre a sua história na música, como foi a entrada na banda e muito mais. Confira!
No inicio de 2021, a banda Hibria anunciou em suas redes sociais, Thiago “Bonga” Baumgarten como o novo baixista, para ocupar o lugar de Alexandre Panta, que saiu do grupo gaúcho no final de 2020. Então a Revista Freak, foi conhecer um pouco mais o novo baixista, dessa que é uma das maiores bandas do metal brasileiro. Conversamos com Thiago Baumgarten, diretamente de Salvador/BA, ele nos contou um pouco de sua história na música, como foi a entrada na banda e muito mais. Confira!
Em primeiro lugar, muito obrigado por ter aceito o convite para essa entrevista:
Thiago: Eu agradeço a oportunidade, pessoal! É uma grande satisfação para mim.
Quem é Thiago Baumgarten? Influências? Como iniciou essa paixão pelo rock?
Thiago: Sou professor de música, natural de Salvador. A paixão pelo rock veio do meu pai, ele sempre curtiu muito Queen, Led Zeppelin, Iron Maiden e outros mais voltados para o punk rock como o The Clash, Sex Pistols, etc. Então era comum ter ele em casa ouvindo esses sons e eu acabei pegando gosto também! Se eu fosse citar bandas que me influenciaram, poderia dizer que o Angra e o Dream Theater foram minhas principais influências na minha formação musical, no meio desse processo há muitos outros sons entre esses, naturalmente! E os baixistas dessas respectivas bandas também se mostram como minhas principais influências no meu jeito de tocar, mas sempre busquei agregar tudo aquilo que aprecio nos diversos artistas que conheci durante minha formação!
Você recentemente foi escolhido como o novo baixista de uma das maiores bandas de metal do Brasil, o Hibria. Como aconteceu o convite para entrar na banda?
Thiago: Um amigo do Victor Emeka (vocalista do Hibria) citou meu nome no período em que o Alexandre Panta se desligou da banda, o Victor curtiu meu trampo e mostrou ao pessoal e então o Abel entrou em contato comigo pelo Instagram marcando uma conversa, depois disso tive uma reunião com todos da banda para conhecer o pessoal e eles saberem um pouquinho mais de mim e a audição de fato onde músicas icônicas do grupo foram escolhidas para que eu pudesse gravar vídeos e enviar para que eles pudessem analisar. Felizmente, fui aprovado! (Risos)
O que você sentiu no momento da confirmação de que você seria o novo baixista do Hibria?
Thiago: Foi uma situação bastante curiosa e tensa, eu honestamente não acreditava que estava apto a ser chamado, rs. Há bastante tempo eu me desliguei um pouco do circuito de bandas e basicamente estava trabalhando como professor e músico de estúdio! No mesmo período, recebi um convite para morar na Alemanha e eu basicamente havia aceitado (já imaginando que não seria aprovado na banda), quando eles me falaram que eu havia sido escolhido eu entrei em um conflito existencial que durou 40 minutos, rs. E então decidi adiar meu plano de morar fora do país e agarrar essa oportunidade.
O Hibria sempre teve grandes baixistas, como Marco Panichi, Benhur Lima, Ivan Beck e Alexandre Panta. Qual a expectativa de substituir essas feras todas?
Thiago: Encaro com muita alegria e responsabilidade! É um privilégio tocar com esses caras. Eu já conhecia a banda, já era fã do grupo, sempre apreciei a energia deles no palco e a qualidade de execução ao vivo! Acompanho o trabalho do Panta, e sou absurdamente fã das linhas do Panichi! O considero um gênio nesse segmento musical! Todos eles são incríveis! Tenho um enorme respeito e admiração pelo trabalho de todos eles e espero poder honrar a história da banda com os trabalhos futuros, estou estudando bastante para que quando tudo se normalize eu retorne junto com o Hibria aos palcos na minha (na nossa) melhor forma!
As comparações com os antigos membros vão existir, você já está preparado para isso?
Thiago: Para ser sincero não pensei ou penso muito nisso, entendo que isso existe e é natural! Sei que muita gente não vai gostar do meu estilo, mas sei que muitas pessoas também irão se identificar com o que pretendo trazer à banda e está tudo bem! Apenas vou me esforçar para dar o meu melhor e torcer para que isso agrade aos fãs da banda.
Vais sentir aquele frio na barriga no primeiro show (risos)?
Thiago: Sem dúvidas! rs. Estava conversando com o Abel que já estou vislumbrando minha tensão: “Não posso errar o two hands de Tiger Punch! Não posso errar o two hands de Tiger Punch! ” (risos). Mas estaremos preparados!
Como o Hibria é aqui do Sul, o que você conhece da cena gaúcha?
Thiago: Para ser sincero, como comentei anteriormente, eu saí um pouco do circuito de bandas e não tenho acompanhado muito as novidades do cenário! Adoraria conhecer mais, a região sul do Brasil tem a fama de sempre trazer excelentes bandas! Aceito indicações para ouvir! rs.
Sua primeira performance com o Hibria, foi virtual, no vídeo de “Leading Lady” – Quarantine Sessions. Como foi esse momento? A gravação?
Thiago: Na verdade aquele foi um dos meus vídeos da audição! Essa foi uma das músicas solicitadas na audição, então eu pude deixar as pernas um pouco para o ar naquele momento já que estava tudo gravado! rs. Mas estamos preparando novidades para mais vídeos como aquele!
Além do Hibria, você está em outro projeto ou banda?
Thiago: Aqui em Salvador eu tenho uma banda cover do Dream Theater chamada “It’s a Jam”, que no momento está inativa por conta da situação da pandemia, mas é o único projeto que ainda tocava na noite eventualmente.
Quando não está no palco ou em estúdio, como é a vida do Thiago Baumgarten?
Thiago: Eu sou, na verdade, uma pessoa muito caseira, rs. Sou “apaixonado” pelo meu quarto e meu espaço, gosto muito de cozinhar (especialmente a área de confeitaria, que é um hobby meu), gosto muito de jogos de computador, ver filmes e reuniões com amigos. Recentemente estudar diferentes idiomas tem sido um hobby que tenho tentado aprimorar também.
O que o Thiago anda escutando hoje em dia?
Thiago: Eu tenho curtido bastante new wave, CVHRCHES é uma banda que estou sempre ouvindo e uma das minhas bandas favoritas. De metal recentemente conheci uma banda muito boa chamada SOEN, tenho escutado Linkin Park também, mas ultimamente não tem muita novidade na minha playlist para ser sincero.
Quais baixistas você destacaria hoje em dia, independente de estilo?
Thiago: Há muita gente que acompanho o trabalho e admiro demais! Vou tentar citar alguns: Celso Campos, Fernando Molinari, Thiago Sousa, Alexandre Panta, Junior Braguinha, Kleyton Farney, Felipe Andreoli e muitos muitos outros! Esses são apenas alguns que vi material mais recente no YouTube e estão mais constantemente postando conteúdo e por isso estão mais os nomes estão mais frescos na minha memória, rs.
Você participou de três concursos nacionais com as bandas ALMAH, HANGAR e 4ACTION e venceu todas elas. Fale um pouco sobre isso?
Thiago: Foram experiências muito legais! Tive a honra de conhecer muita gente bacana e talentosa no processo, fiquei amigo de alguns dos baixistas que também participaram dos concursos e fui reconhecido por ídolos meus além de tocar com alguns deles, o que foi bastante especial!
E o professor Thiago? Você dá aula na EMURP (escola de música), fale um pouco do seu lado professor?
Thiago: Trabalho em uma escola aqui em Salvador e também dou aulas particulares presenciais e online (embora, no momento, esteja praticamente tudo online). Ensinar foi uma das áreas em que acabei me encontrando! É muito bom ter contato com pessoas diferentes e transmitir um pouco do que sei, além disso, me estimula a aprimorar musicalmente para também sempre ter algo diferente para oferecer! Já trabalho com aulas há 16 anos.
Como o Thiago tem se virado, com essa pandemia do Coronavirus?
Thiago: Felizmente, creio que por conta do isolamento, o ritmo de aulas e de gravações aumentou um pouco desde o ano passado, talvez porque agora as pessoas têm mais tempo para se dedicar a um hobby por estarem mais dentro de casa ou simplesmente por buscarem uma atividade lúdica para descarregar as questões que estão passando nesse momento, no geral as coisas estão estáveis.
Você é de Salvador, BA, como é a atual cena rock no seu Estado?
Thiago: Infelizmente não tenho acompanhado muito o que vem acontecendo na cena atual! Eu saí do circuito há alguns anos, mas diferente do que muitos possam imaginar, há bastante rock rolando aqui em Salvador e no estado como um todo! Sempre houve.
Um recado para os fãs e leitores da Revista Freak:
Thiago: Primeiramente gostaria de agradecer o convite! É uma enorme satisfação! Aos leitores da revista e fãs do Hibria, espero muito vê-los em breve na estrada! Estamos trabalhando duro para que o retorno seja triunfal e mal posso esperar para ouvir o que vocês irão achar das novidades que estamos preparando! Se cuidem e nos vemos em breve!
Geraldo “Gegê” Andrade blogueiro e vlogueiro a mais de 15 anos. Iniciou sua paixão pelo rock n roll, nos anos 80, quando pela primeira vez, ouviu um álbum da banda KISS. Tem um currículo com mais de 500 shows, de bandas nacionais e internacionais. Um especialista em entrevistas, já tendo entrevistado vários músicos nacionais e internacionais.
Matérias Relacionadas
