XANDRIA: entrevista exclusiva com a vocalista Ambre Vourvahis
June 26, 2023A Revista Freak entrevistou, com exclusividade, a nova vocalista da banda Xandria, Ambre Vourvahis. A banda está de volta com o novo álbum “The Wonders Still Awaiting” e uma nova formação, depois de uma lacuna de 06 anos. Ambre nos falou do novo trabalho, da nova formação, do Brasil e muito mais. Confira!
Falando do novo álbum, “The Wonders Still Awaiting”, como tem sido a aceitação dos fãs e mídia em geral?
Ambre – No começo eu estava um pouco estressada, porque era um álbum novo, uma banda nova. Uma banda que iniciou do zero. Mas o resultado foi positivo, foi uma experiência incrível, onde começamos tudo de novo basicamente.
Como chegaram ao seu nome, para ser a vocalista da banda?
Ambre – É muito legal o que aconteceu, nós já nos conhecíamos, eu e Marco nos conhecíamos. Já trabalhamos em projetos paralelos, compartilhamos o mesmo gosto pela música. Marco disse: “Vamos fazer música nova para o Xandria?”. Nos conectamos, pois gostamos das mesmas coisas. As músicas foram surgindo naturalmente. Aí ele disse: “Você não quer ser a nova vocalista?”.
Como foram os primeiros shows com a banda?
Ambre – Fizemos shows para o lançamento do álbum e fizemos uma tour com o Delain. Já fizemos vários shows e foram ótimos.
No álbum tivemos participações de instrumentos celtas, violino e violoncelo e até um coral infantil. Como foi juntar tantas coisas legais no álbum?
Ambre – Sempre tivemos desejo de colocar essas coisas, que dá uma emoção real na música. Ainda mais um coral de crianças, que traz mais emoção. E os instrumentos de corda também trazem emoção. Tudo foi emocional.
“You Will Never Be Our God” tem a participação de Ralf Scheepers do Primal Fear, ficou excelente. Como foi dividir os vocais com Ralf?
Ambre – Quando as pessoas pensam numa voz do heavy metal, elas pensam no Ralf. Não teve outra opção, foi só chamá-lo, foi tudo muito simples. Falamos para ele: “Faz a voz aí?”. Ele respondeu: “Faço!”. Fez e mandou de volta, tudo muito simples.
Como iniciou sua carreira na música?
Ambre – É muito louco, meu pai sempre ouviu cantores gregos e me baseei nesses cantores. Comecei cantando músicas que meu pai ouvia. Sempre amei cantar, comecei com 11 anos, cantando metal sinfônico, como Nightwish. Depois fui para o symphonic black metal, com o Dimmu Borgir, Cradle of Filth, coisas mais extremas. Hoje sou mais o lado progressivo, bandas que vocais femininos como referência.
Como é o metal na Grécia? País onde você nasceu?
Ambre – Passei maior parte da minha vida na França, quando estava crescendo ouvi muito metal por causa dos meus primos, só tinha garotos. Na Grécia todo mundo ouve metal, é muito popular, apesar de não ter banda muito grande no país. Tem muita coisa boa na Grécia, só não são bandas enormes.
Sou do tempo que tínhamos poucas vocalistas femininas. Tinha a Doro, Lita Ford, Wendy O Williams e Joan Jett. Hoje isso é diferente, existem muitas mulheres fazendo trabalhos fantásticos. O que você acha disso?
Ambre – Me sinto muito feliz por existirem grandes vocalistas hoje em dia. O mínimo seria ter a paridade. Fico mais sensível quando escuto uma mulher cantando. É muito legal ter isso, e vai ficar assim para sempre. Essa igualdade precisa existir, é muito importante.
O que você conhece do metal brasileiro? Conhece bandas como Nervosa e Crypta?
Amber – Óbvio, não tem como não perceber que essas meninas tomaram conta da cena musical. Elas agora possuem acesso para o mundo inteiro.
Tem alguma chance da banda vir ao Brasil?
Amber – Depois de tantas entrevistas e as pessoas perguntando se vamos ir ao Brasil, fui falar com o chefe e disse: “Temos que ir para o Brasil!” (risos). Com certeza vamos para o Brasil, não sei quando, ainda faltam ofertas para levarmos a banda para a América do Sul. Já virei fã do Brasil e falei para o Marco: “Vamos, vamos, vamos!” (risos).
O que você faz quando não está em cima do palco ou estúdio?
Amber – Meu trabalho é o Xandria, faço a mídia, programo as entrevistas, gosto muito de fazer isso. Outra minha grande paixão é cozinhar. Adoro fazer comida, se não fosse uma boa vocalista, teria sido uma boa chef de cozinha (risos).
Geraldo “Gegê” Andrade blogueiro e vlogueiro a mais de 15 anos. Iniciou sua paixão pelo rock n roll, nos anos 80, quando pela primeira vez, ouviu um álbum da banda KISS. Tem um currículo com mais de 500 shows, de bandas nacionais e internacionais. Um especialista em entrevistas, já tendo entrevistado vários músicos nacionais e internacionais.
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