Resenha: “Rejoice in The Suffering” – Todd La Torre (2021)
February 22, 2021O vocalista atual do Queensryche, Todd La Torre, aproveitou o tempo de pandemia como uma oportunidade para trabalhar em sua própria música e nos dá de presente seu álbum de estreia, “Rejoice in The Suffering”, lançado pela gravadora Rat Pak.
Quando La Torre sobe no palco, ficamos impressionados com seus incríveis vocais tenor e presença de palco, e o cara também é um ótimo baterista. Com shows ao vivo parados, ele aproveitou como uma oportunidade para trabalhar em sua própria música, e como resultado, ele nos dá de presente seu álbum de estreia, lançado pela gravadora Rat Pak, “Rejoice in The Suffering”. Trabalho esse que tem seu amigo de longa data Craig Blackwell, cuidando de todo o trabalho de guitarra e baixo, La Torre procura distribuir um álbum de metal diversificado que destaca suas influências.
“Dogmata” começa com um riff matador, acompanhado pela bateria insana de La Torre e com seu vocal que é adequado para thrash metal. A guitarra de Blackwell é bombástica, com um solo de arrepiar.
O trabalho começa a ficar um pouco mais acelerado com “Pretenders”. Esta música apresenta canto dinâmico que reveste sobre o trabalho da guitarra, um grande momento do álbum.
“Hellbound and Down” tem um riff, claramente influenciado pelo Judas Priest, que Blackwell executa ferozmente, enquanto La Torre nos lembra Rob Halford, uma de suas maiores influêcias. Ele fornece uma voz demoníaca pouco antes de Blackwell me impressionar com seu solo.
“Darkened Majesty” é a faixa com diferentes estilos de solos. O primeiro solo de Blackwell é cheio de thrash e velocidade, mas é seu segundo solo que me chama a atenção. Ele toca um riff de estilo neoclássico que soa perfeitamente.
“Crossroads to Insanity” é uma balada, que tem riffs de guitarra ultra-sônicos e um solo que beira a perfeição. La Torre nos apresenta um vocal triste, mas animador.
“Critical Cynic” coloca La Torre em seu território conhecido, enquanto a música flui como Queensrÿche. Esta música progressiva é enriquecida com riffs glam metal e um ótimo trabalho de bateria.
Chegamos a faixa-título, “Rejoice in the Suffering”. Esta música é áspera e dura graças ao groove metal infundido na canção. La Torre e Blackwell são excepcionais com suas capacidades musicais. O maior destaque da canção veio do segundo solo realizado magnificamente por Jordan Ziff, do Ratt.
“Vexed” é assombrada com a introdução acústica que Blackwell. La Torre continua me impressionando com seu excelente alcance.
“Vanguards of the Dawn Wall” soa muito death metal com os vocais de La Torre em destaque, mais uma vez. Ele também solta seus melhores “rosnados” durante o refrão, e destruindo na bateria.
Chegamos ao fim com “Apology”, um verdadeiro pesadelo escuro sobre as mentes dos ouvintes. A música é forte e eclética o suficiente para estar em qualquer disco do Deftones. A guitarra de Blackwell está no seu melhor momento.
“Regozijo em The Suffering” também apresenta três faixas bônus em “Fractured”, “Set It Off” e “One By One”. Cada um tem suas qualidades distintas, mas eu sinto que “One By One” foi o melhor dos três.
La Torre deve se alegrar por “Regozijo em The Suffering”, pois é um ótimo trabalho. Ele realmente captura todos os sons que o motivaram como artista. Ele não só adiciona o estilo de metal progressivo que gostamos de ouvir no Queensrÿche, mas também inclui death metal, metal alternativo e glam para citar alguns. Ele e Blackwell formam uma ótima dupla, nesse trabalho que eles também co-produziram juntos. De certa forma, o COVID-19 pressionou La Torre para terminar esta estreia e sua natureza sem desculpas agradará os metalheads de todos os lugares.
Tracklist:
1. Dogmata
2. Pretenders
3. Hellbound and Down
4. Darkened Majesty
5. Crossroads to Insanity
6. Critical Cynic
7. Rejoice in the Suffering
8. Vexed
9. Vanguards of the Dawn Wall
10. Apology
Bonus Tracks (Deluxe Version Only)
11. Fractured
12. Set it Off
13. One by One
Geraldo “Gegê” Andrade blogueiro e vlogueiro a mais de 15 anos. Iniciou sua paixão pelo rock n roll, nos anos 80, quando pela primeira vez, ouviu um álbum da banda KISS. Tem um currículo com mais de 500 shows, de bandas nacionais e internacionais. Um especialista em entrevistas, já tendo entrevistado vários músicos nacionais e internacionais.
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