Resenha: “Recollections of the Insane” – Schizophrenia (2022)
August 23, 2022A banda de death e thrash Schizophrenia, lança “Recollections of the Insane”, um álbum impiedoso, feito de riffs que rasgam a carne, uma bateria devastadora e vocais formidavelmente cruéis, este álbum é imperdível.
O quarteto belga estabeleceu grandes expectativas com seu debut em 2020, o EP “Voices”. Seu próximo álbum “Recollections of the Insane”, chega com a progressão lógica e satisfatória de uma banda que já encontrou seu nicho e agora está se aprimorando e aperfeiçoando. Esse trabalho estava deixando muitos fãs ansiosos, e muitas expectativas foram superadas. O Schizophrenia vai impressionar muita gente com este ótimo lançamento.
A abordagem deles é essencialmente o thrash e com uma estética visceral do death metal. A mixagem é massiva, uma verdadeira parede de som. O baixista/vocalista Ricky Mandozzi, é uma um “monstro”, como frontman, com seus rugidos berrantes e com o seu baixo poderoso.
Os riffs do Schizophrenia são centrados no thrash em sua maior parte, com os guitarristas Romeo Promos Promopoulos e Marty Van Kerckhoven trocando as funções durante todo o trabalho. Temos um thrash barulhento, com riffs de death metal.
A abertura “Divine Immolation”, depois de uma introdução imponente, a música segue em direção ao seu primeiro riff melódico e sinistro tirado diretamente da Suécia, então se estabelece em um robusto groove de thrash. Encontrei um trabalho de guitarras contagiante.
Na segunda metade de “Cranial Disintegration” ou fazendo duetos grandiosos, como eles fazem na abertura de “Onwards to Fire”, eles eletrificam a cada volta, e seus solos estão cheios de energia, especialmente na seção solo de “Inside the Walls of Madness”.
A potência do som do Schizophrenia, em minha opinião, é o baterista Lorenzo Vissol, cuja execução é um maldito barril de pólvora de impulso e adrenalina. Seu toque ultra preciso é a ponta de lança, surpreendentemente rápido e variado. Vissol mistura suas abordagens constantemente. “Sea of Sorrow” é um ótimo exemplo, com preenchimentos rápidos como um relâmpago, transformando ritmos thrash rápidos em explosões violentas de tirar o fôlego à esquerda e à direita, padrões que se ficariam muito bem no Sodom ou Testament, simplesmente matador.
“Recollections of the Insane” é um álbum muito interessante, seu tempo de execução passa direto. É composto por 9 faixas em 43 minutos, com um pouco de espaço para respirar na abertura da quinta música “Onwards to Fire” e depois novamente na introdução atmosférica da oitava,“Fall of the Damned”. Entre esses momentos de relativa calma, porém, é tudo acelerado, sem freios, mas com variedade suficiente de ritmo e abordagem para garantir que cada música pareça dinâmica e única. “Souls of Retribution” se destaca por sua fúria e no vocal de Mandozzi, disparada a minha favorita. Assim como se destacam no single principal “Cranial Disintegration”, suas letras de refrão rápido e a construção de seu colossal clímax de colapso. Infelizmente, o disco termina em sua faixa mais, digamos, fraca, “Stratified Realities”, que decepciona um pouco, comparando com as anteriores, a única coisa que impede que o ritmo seja essencialmente perfeito.
Os fãs de death e thrash encontrarão pouco a reclamar aqui, um trabalho que beira a perfeição.
Os headbangers que estão procurando por uma visão moderna de alta qualidade na mistura de death e thrash, não procurem mais, pois vocês vão encontrar em “Recollections of the Insane” . Um ótimo trabalho, impiedoso feito de riffs que batem e batem como chicotes que rasgam a carne, uma bateria devastadora e vocais formidavelmente cruéis, este álbum é imperdível.
Músicas
02- Destiny In Curse
03- Purified
04- The Human Eclipse
05- Somber Concern
06- The Neverending Fall
07- Through The Denial
08- Black Sun Genesis (Legacy Of Blood Pt. VI)
09- Heretic
10- Bloodred Monarch (Legacy Of Blood Pt. VII)
11- Gaslighting
12- Day One Oblivion
Geraldo “Gegê” Andrade blogueiro e vlogueiro a mais de 15 anos. Iniciou sua paixão pelo rock n roll, nos anos 80, quando pela primeira vez, ouviu um álbum da banda KISS. Tem um currículo com mais de 500 shows, de bandas nacionais e internacionais. Um especialista em entrevistas, já tendo entrevistado vários músicos nacionais e internacionais.
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