Resenha: “Full Tilt Overdrive” – House of Lords (2024)

A banda de hard rock clássico House of Lords estreou no final dos anos 80 com seu primeiro álbum autointitulado de 1988. Eles lançaram mais dois discos, “Sahara” (1990) e “Demons Down” (1992), antes de se separarem por quase uma década. Através da Frontiers Music, a banda tem consistentemente lançado novos álbuns de estúdio que combinam perfeitamente sua pegada moderna e seu charme comercial e old-school em um só. Exemplos que incluem “World Upside Down” (2006), “Come to My Kingdom” (2008), “Cartesian Dreams” (2009), “Big Money” (2011) e “Precious Metal”0 (2014), etc. Graças a uma formação renovada, o House of Lords soa melhor do que nunca e não mostra sinais de que vai parar tão cedo.

Apresentando a formação atual de James Christian nos vocais e baixo, Jimi Bell nas guitarras, Mark Mangold nos teclados e Johan Koleberg na bateria, a banda continua a mostrar seu talento duradouro e capacidade de criar música atemporal.

A banda chega agora com “Full Tilt Overdrive” (2024), a continuação de Saints & Sinners (2022), para adicionar ao seu repertório impressionante. O álbum foi produzido pelo vocalista James Christian , junto com seu fiel companheiro e atual tecladista da banda, Mark Mangold. A qualidade da produção de “Full Tilt Overdrive” é excelente. A mixagem é equilibrada, permitindo que cada instrumento brilhe sem sobrepujar os outros. Os solos de guitarra de Jimi Bell são particularmente impressionantes, mostrando sua habilidade técnica e musicalidade. No Brasil, o álbum foi lançado pela Shinigami Records.

À medida que os avanços tecnológicos se desenvolvem a cada minuto, as possibilidades de fazer um álbum soar melhor são imensas. Um trabalho conde as guitarras soam excelentes. É como um álbum do final dos anos 80.

Uma das características de destaque do álbum é sua consistência temática. Ao contrário de alguns de seus trabalhos anteriores, que podem ter explorado diversos territórios musicais, “Full Tilt Overdrive” mantém uma paisagem sonora consistente. Isso permite que os ouvintes mergulhem completamente no mundo da banda e apreciem as nuances de sua música.

O trabalho começa com a arrasadora, “Crowded Room”, que dá o tom para a maior parte do álbum. Duvido que os fãs do grupo já tenham ouvido Christian cantar tão agressivamente quanto ele canta neste disco. Ele certamente não perdeu seu toque melódico como ele prova na “I Don’t Wanna Say Goodbye”, mas na sequência das músicas ele encontrou outro alcance em sua voz.