Resenha: “Child Within The Man” – Sebastian Bach (2024)
June 13, 2024“Child Within the Man” é um retorno triunfante de Sebastian Bach, preparando o cenário para uma extensa turnê global e solidificando seu status como um artista profundamente talentoso, preparado para o sucesso contínuo.
Com “Child Within The Man”, Sebastian Bach retorna às suas raízes do rock pesado. Ele certamente não está refazendo o antigo estilo do Skid Row (embora haja certas semelhanças aí), mas seu canto está melhor do que nunca, ao que parece. Ele encontrou seu alcance novamente, seu senso de melodia e uma porção saudável de agressividade em sua performance. Para o álbum, pessoas como o baixista Todd Kerns, o guitarrista Devin Bronson e o baterista Jeremy Colson, foram recrutados, enquanto Bach co-escreveu um monte de faixas com guitarristas convidados, como Steve Stevens, Orianthi e John 5, e também o produtor Baskette contribuíram para a composição. Isso resultou em um álbum de rock pesado enérgico e em estágios bastante impressionante e inspirado.
Bach deixou a sua marca no mundo do espetáculo, no cinema, no teatro, na rádio, na televisão e claro na música. Contudo tivemos que esperar 10 anos para ouvir material novo de Sebastian. Seu novo álbum de estúdio foi batizado com o nome de “Child Within The Man”. Para a gravação deste novo álbum, Sebastian Bach mudou-se com sua banda para o Studio Barbarosa na Flórida.
A faixa de abertura, “Everybody Bleeds”, é um começo perfeito para este novo trabalho de Bach, uma composição sólida com Bach cantando como nos seus melhores anos. A próxima música, “Freedom”, abre com um riff destrutivo de John 5, e Bach gritando por liberdade como o próprio nome diz enquanto toca um metal poderoso e com uma vibração de hard rock.
“(Hold On) The Dream” é a terceira música do álbum e não tenho problemas em dizer que apesar de ser apenas a terceira faixa, você pode facilmente colocá-la como a melhor música do álbum, em minha opinião. Um ar de sonoridade dos anos oitenta que nos lembra o primeiro disco do Skid Row, uma música que vem de baixo para cima. O riff que a acompanha é simplesmente chicoteante, uma música lenta, mas extremamente pesada e com Bach cantando como uma fera. Curiosamente é a faixa mais longa do álbum com 5 minutos e dois segundos; um verdadeiro deleite.
“What Do I Got To Lose?” ainda nos mantém no espírito do Skid Row do início dos anos noventa, especialmente com Slave To The Grind. Se há algo que gosto em Sebastian Bach é que suas composições não precisam ser rápidas para soarem pesadas.
Bach soa muito confortável nas faixas seguintes com seu nível vocal atual, não forçado em nenhum momento e com paciência suficiente para saber quais notas altas ele ainda consegue alcançar. Um exemplo disso são músicas como “Future Of Youth”, “Vendetta” ou “FU”, onde aos poucos ele começa a aumentar a velocidade.
Para o curso final do álbum há uma desaceleração em termos de metal da primeira metade do álbum. Talvez eu retirasse uma música como “Crucify Me”, mas posso aplaudir “About To Break” com um toque mais alternativo e atual. Deve-se enfatizar que o solo de guitarra aqui é primorosamente muito mais técnico do que os outros. Um tema que eu colocaria como faixa final para um ótimo encerramento, ao invés da balada poderosa “To Live Again”.
Os 10 longos anos que Sebastian Bach nos deixou à espera de ouvir novas músicas valerão sem dúvida a pena. “Child Within The Man” é um álbum sólido e forte, com muito heavy e hard rock que os fãs novos e antigos sem dúvida irão gostar.
No geral, “Child Within the Man” é um retorno triunfante de Sebastian Bach, preparando o cenário para uma extensa turnê global e solidificando seu status como um artista profundamente talentoso, preparado para o sucesso contínuo.
Músicas
1- Everybody Bleeds
2- Freedom (com John 5)
3- (Hold On) To The Dream
4- What Do I Got To Lose?
5- Hard Darkness
6- Future Of Youth (com Orianthi)
7- Vendetta
8- F.U. (com Steve Stevens)
9- Crucify Me
10- About To Break
11- To Live Again
Geraldo “Gegê” Andrade blogueiro e vlogueiro a mais de 15 anos. Iniciou sua paixão pelo rock n roll, nos anos 80, quando pela primeira vez, ouviu um álbum da banda KISS. Tem um currículo com mais de 500 shows, de bandas nacionais e internacionais. Um especialista em entrevistas, já tendo entrevistado vários músicos nacionais e internacionais.
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