Resenha: “Boombox” – Fozzy (2022)
June 27, 2022 0 By Geraldo AndradeOs americanos do Fozzy já lançaram sete álbuns e conquistaram uma base de fãs em constante crescimento, provando que é sem dúvida, uma das bandas de rock mais consistentes e estáveis do século 21.
Em minha opinião, o Fozzy é sem dúvida uma das bandas de rock mais consistentes e estáveis do século 21. Os americanos já lançaram sete álbuns e com grande regularidade e, assim, construíram uma base de fãs em constante crescimento. A banda sempre mostrou uma imagem divertida, e por sinal, continua até hoje. Fozzy não é a banda cover divertida que costumava ser, e eles são muito mais do que “a banda com o lutador”, hoje são uma das grandes bandas da nova geração.
Confesso que conheci a banda, por causa das “brigas” nas redes sociais, de Sebastian Bach e o vocalista do Fozzy, Chris Jericho. De lá pra cá, fui atras dos trabalhos da banda, e cada dia que passo, vou gostando cada vez mais da banda Fozzy.
Para Chris Jericho, a banda é tudo menos um playground secundário, você pode ver isso claramente em sua performance em cima de um palco. Posso dizer que sua carreira musical está em pé de igualdade com seu “trabalho principal” como lutador, e quando dezenas de milhares gritam alto em sua música tema “Judas” quando ele se muda para a AEW, isso causa arrepios, tem vários vídeos desse momento, no Youtube, assista e você vai saber o que estou falando.
O Fozzy agora sabe exatamente o que pode e quer e isso é basicamente um Hard Rock cativante com um toque de Heavy Metal, refrões cativantes e um alto fator de entretenimento.
Então chegamos ao novo trabalho, “Boombox”, que tem uma abertura perfeita e o primeiro pré-single “Sane” , os caras provam isso diretamente: os riffs bastante simples vão direto ao ouvido e te levam embora, as melodias ficam presas e você pode cantar junto com o refrão a plenos pulmões depois a primeira escuta. Aquela música que te deixa com um humor incrivelmente bom. Rock ‘n’ roll de primeira classe. É certo que uma faixa como “I Still Burn” é pop e adequada para o rádio, mas Fozzy faz isso muito bem.
“Boombox” acaba por ser um álbum muito variado e com temas agradáveis. Na poderosa balada “Army Of One”, por exemplo, Jericho canta sobre a sensação de estar sozinho depois de muitas decepções e ainda assim não desistir. A digamos, mal-humorada “Ugly On The Inside” lida com a beleza que esconde nada mais do que um interior vazio e feio. Também temos um cover (Frankie Goes To Hollywood) no meio da lista de músicas com “Relax”, que em minha opinião, tira um pouco do brilhantismo do álbum, provavelmente teria se encaixado melhor como faixa bônus no final do álbum. “Nowhere To Run”, “Omen” e “The Vulture Club” são verdadeiros sucessos que certamente funcionam bem ao vivo, aquelas de levantar multidões em estádios, enquanto “My Great Wall” vai um pouco longe demais para o mainstream. O fato de todas as músicas terem sua própria nota apesar de uma estrutura bastante simples, é uma grande conquista do compositor e guitarrista Rich Ward, ele já provou sua classe com Stuck Mojo. Quando ele toca um de seus solos poderosos como em “The Worst Is Yet To Come”, sempre vale a pena ouvir.
Ah, claro que tem a minha favorita, e ela é “Purifier”, aquele “rockão” grudento e contagiante, que mostra toda a energia da banda, impossível ouvir e não sair cantando e batendo a cabeça. E ainda com a guitarra soando como o Judas Priest.
Não sei se “Boombox” é o melhor álbum do Fozzy, é difícil dizer, mas é sem dúvida o álbum mais maduro e definidor do som moderno da banda. O disco é muito versátil, cada música tem seu próprio caráter. “Boombox” é simplesmente uma coleção de ótimas músicas de Hard Rock com ótima produção e um vocalista carismático e versátil. Como já disse, o Fozzy está entre os grandes nomes do rock atual, e com esse novo trabalho, os caras provam isso. O Fozzy chegou para ficar!
Músicas
01. Sane
02. I Still Burn
03. Purifier
04. Army of One
05. Ugly On The Inside
06. Relax
07. Nowhere To Run
08. My Great Wall
09. What Hell Is Like
10. Omen
11. The Worst Is Yet To Come
12. The Vulture Club
Geraldo “Gegê” Andrade blogueiro e vlogueiro a mais de 15 anos. Iniciou sua paixão pelo rock n roll, nos anos 80, quando pela primeira vez, ouviu um álbum da banda KISS. Tem um currículo com mais de 500 shows, de bandas nacionais e internacionais. Um especialista em entrevistas, já tendo entrevistado vários músicos nacionais e internacionais.
Matérias Relacionadas
About The Author
Geraldo "Gegê" Andrade blogueiro e vlogueiro a mais de 15 anos. Iniciou sua paixão pelo rock n roll, nos anos 80, quando pela primeira vez, ouviu um álbum da banda KISS. Tem um currículo com mais de 500 shows, de bandas nacionais e internacionais. Um especialista em entrevistas, já tendo entrevistado vários músicos nacionais e internacionais.