
Resenha: “Birth of Malice” – Destruction (2025)
March 25, 2025 0 By Geraldo Andrade“Birth Of Malice” é um lançamento de thrash metal brutal e afiado. Músculos fortes no pescoço são essenciais, já que você não consegue ouvir essas músicas sem bater cabeça do começo ao fim.
Não preciso apresentar este gigante do Thrash Metal, todo headbanger, deve conhecer esta banda que é um verdadeiro expoente do que é a velha escola do Thrash Metal com suas 4 décadas de história desde sua fundação em 1983 com o nome de Demon Knight, mudando seu nome para Destruction um ano depois, deixando Schmier como o único membro original da banda após uma década afastado dela nos anos 90, voltando a se juntar a ela em 1999, e Mike Sifringer, que era guitarrista desde sua fundação e seu membro mais antigo, deixou a banda em 2021, sendo substituído por Martín Furia, que trabalhava com a banda há anos, mas nos bastidores.
O Destruction rejuvenesceu, e está surtindo efeito: por um lado, a nova formação, agora com dois guitarristas, se mostra estável e, por outro, uma banda poderosa, e não apenas ao vivo. De fato, o novo trabalho “Birth Of Malice”, o segundo álbum com a nova formação, não só leva tematicamente às raízes de todo o mal, mas também traz uma boa dose de malícia ao som da banda. Claro, sem mudar muito o estilo estabelecido do Destruction.
Um minuto de atmosfera assustadora e inquietante inaugura “Birth of Malice”, mas esses 60 segundos são apenas a calmaria antes da tempestade. No mundo do thrash metal, o Destruction se destaca. Eles são genuinamente aterrorizantes, e o grito de gelar o sangue de Schmier que dá início a “Destruction” é prova suficiente. Enquanto ele cospe veneno puro, fica claro que quatro décadas fazendo isso não apagaram o fogo, apenas o fizeram queimar mais forte. Aqui temos o velho e bom Destruction.
De fato, eles soam particularmente provocantes aqui, como se o caos absoluto de 2025 exigisse um discurso sobre o estado da união. É exatamente isso que “Cyber Warfare” entrega: um thrash poderoso e de pesadelo que não poupa esforços.
As guitarras de Martin Furia cortam “No Kings – No Masters” com agressividade afiada como navalha. E só para garantir que a mensagem não tenha sido clara o suficiente, “Scumbag Human Race” não deixa espaço para ambiguidade.
A pauleira intermitente de “God of Gore” parece ser espancado repetidamente, tornando a leve desaceleração em “ANGST” ainda mais ameaçadora. A entrega vocal mais áspera em “Dealer of Death” só aumenta a sensação de que isso é algo se arrastando das profundezas. Até aqui já começo a sentir dores no pescoço, impossível ficar parado ao som do Destruction.
Mas além da intensidade pura, essas músicas importam. As letras atingem com relevância inabalável e, musicalmente, isso poderia começar um mosh pit em um necrotério. Seja “Evil Never Sleeps”, espreitando nas sombras prontas para atacar, ou “Chains of Sorrow”, ecoando um heavy metal clássico com Furia e Damir Eskic trocando riffs alucinantes, não há preenchimento aqui, apenas fúria.
Destaco o baterista Randy Black, o cara tem sido fundamental no renascimento recente do Destruction. Se alguma coisa, “Birth of Malice” prova que eles estão mais fortes do que nunca.
E como se para enfatizar esse ponto, eles terminam com talvez a faixa mais rápida e poderosa do álbum: “Fast as a Shark”, uma versão cover do clássico do Accept .
No geral, “Birth Of Malice” é, sem dúvida, um dos melhores álbuns do Destruction até hoje em muitos aspectos, em termos de som ou nível de execução das guitarras. Para os fãs do estilo, no entanto, a falta de surpresas provavelmente não é uma desvantagem real, e uma banda com seu 15º álbum provavelmente não precisa conquistar mais do que uma base de fãs satisfeita. Nesse sentido: Missão cumprida!
“Birth Of Malice” é um lançamento de thrash metal brutal e afiado. Músculos fortes no pescoço são essenciais, já que você não consegue ouvir essas músicas sem bater cabeça do começo ao fim.
Quarenta anos após sua estreia, eles não deveriam soar tão cruéis, tão vitais. Mas ninguém contou ao Destruction. E é por isso que “Birth of Malice” é um ótimo álbum.

Músicas
02- Destruction
03- Cyber Warfare
04- No Kings – No Masters
05- Scumbag Human Race
06- God Of Gore
07- A.N.G.S.T.
08- Dealer Of Death
09- Evil Never Sleeps
10- Chains Of Sorrow
11- Greed
12- Fast As A Shark (cover do Accept)

Geraldo “Gegê” Andrade blogueiro e vlogueiro a mais de 15 anos. Iniciou sua paixão pelo rock n roll, nos anos 80, quando pela primeira vez, ouviu um álbum da banda KISS. Tem um currículo com mais de 500 shows, de bandas nacionais e internacionais. Um especialista em entrevistas, já tendo entrevistado vários músicos nacionais e internacionais.
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Geraldo "Gegê" Andrade blogueiro e vlogueiro a mais de 15 anos. Iniciou sua paixão pelo rock n roll, nos anos 80, quando pela primeira vez, ouviu um álbum da banda KISS. Tem um currículo com mais de 500 shows, de bandas nacionais e internacionais. Um especialista em entrevistas, já tendo entrevistado vários músicos nacionais e internacionais.