Resenha: AC/DC – Power Up (2020)
November 17, 2020O AC/DC lançou o tão aguardado álbum “Power Up” dia 13 de novembro, um tributo à Malcolm Young que reuniu velhos e clássicos integrantes da banda, fazendo o que fazem de melhor, tocar Rock N’ Roll!
Ser uma das bandas de rock mais influentes do mundo pode ter seu preço, especialmente quando se vai ficando velho, problemas vão acontecendo. O AC/DC teve uma infinidade de problemas na última década, pra começar Brian Johnson teve que renunciar com problemas auditivos, depois Phil Rudd teve problemas com a lei, e o pior de todos os problemas aconteceu, Malcolm Young foi vitima de demência, infelizmente veio a falecer em 2017. Adicione a isso suas idades avançadas, e você pensaria que a banda acabaria por aí.
Mas para nossa alegria, o AC/DC está de volta, desta vez com Stevie Young na guitarra, e soam cada vez mais poderosos e hipnotizantes como sempre. Power Up serve como um tributo a Malcolm Young, cheio de guitarras poderosas, bateria ousada, e um desejo pela vida que a maioria dos jovens de hoje em dia não possuem.
Mas vamos as músicas, os dois primeiros singles que lançaram, “Shot In The Dark” e “Realize”. Enquanto o último single tem um pouco desse som antigo da banda, é o primeiro “Shot In The Dark” que tem uma introdução impressionante, sendo uma das faixas mais fortes do álbum. Pode muito bem se tornar mais um clássico da banda. É realmente um milagre como os vocais de Johnson estão perfeitos, apesar de tudo o que ele passou.
“Rejection” segue com seu ritmo mais lento e talvez um pouco de influência do Aerosmith dos anos 80, rolando ao longo de ritmos viciantes fornecidos por Stevie Young. “Through The Mists Of Time” tem um verdadeiro sabor australiano que só o AC/DC sabe fazer. “Kick You When You’re Down” tem uma vibe de festa com um pouco de southern rock jogado lá dentro, apresentando um dos melhores solos de guitarra do disco. “Witch’s Spell” apresenta algumas linhas de baixo destruidoras de Cliff Williams que saiu da aposentadoria para gravar este álbum, com Angus Young batendo aquelas notas que soam perfeitamente.
“Demon Fire”, aqui a voz de Johnson está perfeita, a guitarra tem um riff matador e cozinha (bateria e baixo) precisa e perfeita, tem tudo para se tornar um hit do AC/DC. Os fãs do álbum Ballbreaker vão gostar muito dessa!
“Wild Reputation”, nela temos um Brian Johnson subindo nos vocais e entregando uma performance poderosa.
“No Man’s Land”, tem Angus dando aula, uma música característica da banda.
“Systems Down” tem aqueles rifs poderosos de guitarra e baixo, que só o AC/DC consegue nos presentear.
“Money Shot” tem seu refrão grudento e um poderoso riff de guitarra e a faixa de encerramento ” Code Red” lembra o clássico Back In Black e mais uma vez temos aquele poderoso riff, uma ótima música para terminar o álbum.
“Power Up” é definitivamente um dos trabalhos mais fortes do AC/DC, voltando para os dias de Ballbreaker, tanto quanto na entrega e na performance pura. É uma pena que provavelmente não vamos conseguir ouvir isso ao vivo por algum tempo, mas quando as coisas finalmente voltarem ao normal, é imperdível ir ver esses “dinossauros”, que parecem estar de volta fazendo o que fazem de melhor, tocar rock and roll!
O mundo precisa de AC/DC e eles mais uma vez forneceram rock ‘n’ roll para todos nós, e como estávamos precisando disso!
Músicas
- Realize
- Rejection
- Shot in the Dark
- Through The Mists of Time
- Kick When You’re Down
- Witch’s Spell
- Demon Fire
- Wild Reputation
- No Man’s Land
- System Down
- Money Shot
- Code Red
Geraldo “Gegê” Andrade blogueiro e vlogueiro a mais de 15 anos. Iniciou sua paixão pelo rock n roll, nos anos 80, quando pela primeira vez, ouviu um álbum da banda KISS. Tem um currículo com mais de 500 shows, de bandas nacionais e internacionais. Um especialista em entrevistas, já tendo entrevistado vários músicos nacionais e internacionais.
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