Entrevista Exclusiva com o ex-vocalista do Iron Maiden, BLAZE BAYLEY!
May 3, 2021Tivemos a honra de conversar com o ex-vocalista do Iron Maiden, BLAZE BAYLEY, que nos atendeu diretamente de sua casa em Birmingham, via skype, e contou, além de sua paixão pelo público brasileiro, muito sobre seu novo álbum “War Within Me”, lançado no início desse mês. Confira!
Ao longo dos seus 35 anos de carreira, o vocalista BLAZE BAYLEY já marcou seu nome na história do rock! Com mais de 20 álbuns gravados e tendo sido escolhido para ser a voz de uma das maiores bandas da história do heavy metal, o IRON MAIDEN, que o elevou a uma das maiores personalidades do rock mundial, Blaze acaba de lançar seu décimo primeiro álbum de estúdio ‘War Within Me’, e nos atendeu diretamente da sua casa em Birmingham, com seu típico sotaque inglês, se mostrando extremamente animado, orgulhoso e confiante com seu trabalho atual e sua parceria com o guitarrista Chris Appleton. Sempre demonstrando um grande respeito por seus fãs e falando muito bem do Brasil, Blaze nos contou além do seu novo trabalho, sobre suas várias passagens pelo Brasil, incluindo com o Iron Maiden em 1996. Check it out!
Foto Divulgação Oficial Blaze Bayley
Eduardo: Muito obrigado Blaze por nos atender, para nós é uma grande honra!
Blaze Bayley: Obrigado por me receber!
Eduardo: E como estão as coisas nessa época de pandemia?
Blaze: Estou bem aliviado de ter concluído o álbum e espero que os faz gostem! Terminamos em 2020, o mais adiantado que pudemos para ter bastante tempo para a fabricação, impressão e tivemos alguns problemas, e me preocupa se meus fãs vão curtir o álbum, mas até agora alguns jornalistas que já ouviram elogiaram bastante. Então é um grande alivio e estou bem ansioso pelo dia 9 de abril quando lançaremos o álbum.
Gema: O álbum estará no Spotify?
Blaze: Sim estará no spotify, Itunes… o single dia oito e o álbum todo no dia 9 de abril, estou bem ansioso por isso e espero pelo melhor!
Eduardo: Com certeza será bom!
Foto Blaze Bayley / Fonte Facebook oficial Blaze Bayley
Blaze: Eu voltei da América do Sul e do Brasil em fevereiro e estava tão bom curtir meus fãs e amigos do Brasil e no vôo de volta, fizemos uma conexão em Paris e havia pôsteres por toda a parte sobre o Covid, pessoas usando máscaras, e não havia nada disso no Brasil. E depois isso tudo, foi pra cima de vocês aí no Brasil! Foi horrível! Acontece que eu tenho sempre um ‘meet and greet’ com meus fãs em cada show que faço e pessoas me contam suas histórias, o quanto as músicas ou álbuns significam para eles e os fãs estão esperando dois anos por esse novo álbum e eu me senti em um momento tão horrível da humanidade que tive que fazer algo positivo para os meus fãs que sempre me apoiam nos bons e maus momentos por tantos anos que quando ele pegarem esse meu novo álbum, eles vão colocar os fones de ouvido e eu estarei dentro de suas cabeças, o que mais posso dizer?
Quando eles tocarem nos seus carros, Blaze Bailey estará lá com eles! Quando eles me escutarem na hora de dormir e desligarem a luz, o que eu vou dizer? Eu quero que seja uma experiência incrível para eles! Algo positivo e também muito especial e pessoal e que perceberão que nós trabalhamos muito duro em cada detalhe da música e das canções para atingir o melhor. Quando algum de nós dizia “que maravilha, isso está realmente pronto”, e aí o Chris Appleton se virava e dizia: “acho que talvez precise de um refrão”. Mas nós já temos um ótimo refrão! E ele dizia: “Eu não acho que esse é o refrão correto” ahhhhhhhh! e aí percorríamos todo o caminho de novo!
Cara… foram horas e mais horas de trabalho e constantemente sempre esteve na minha cabeça os meus maravilhosos fãs que me apoiam e dizia, “eu preciso me conectar com o coração dos meus fãs” e isso foi o que tentamos fazer e eu espero que quando meus fãs escutarem o álbum inteiro que seja algo que eles realmente curtam!
Foto Blaze Bayley / Fonte Facebook oficial Blaze Bayley
Gema: E nós gostaríamos de escutar ao vivo porque está muito difícil nesses tempos de pandemia!
Blaze Bayley: Eu acho que são tempos muito difíceis na historia da humanidade, você vai ver que nos próximos anos pessoas farão filmes e documentários sobre esses anos e o sobre o que aconteceu, mas uma coisa boa disso tudo é que teremos um álbum ótimo do Blaze Bayley! Eu sou um doutor do Heavy Metal e eu acredito que mais Heavy Metal na cabeça das pessoas e principalmente minhas músicas vão fazer as pessoas se sentirem melhor!
Eduardo: É isso aí, faz sentido! Até a capa está muito boa, meus parabéns!
Blaze Bayley: Sim, o artista é da Espanha, Akurant Artwork, e eu disse, olha só… isso aqui é minha saúde mental é um lado dizendo “Não!”, que é aquele lado mais negativo, mais auto-destrutivo, mais preguiçoso e no outro lado é aquilo, “levante, lute, se responsabilize por você mesmo… vá em frente” e essas duas coisas às vezes geram uma grande luta, uma batalha e às vezes é uma guerra, e isso tudo dentro da minha cabeça! E eu acho que acontece o mesmo com muitos dos meus fãs… eles tem essa guerra dentro deles!
Tipo assim: “ok, eu sei o que eu devo fazer, o que será bom e eu sei que não devo fazer isso”, e essa energia que gera dentro, essa é a batalha! E há tantas batalhas que as pessoas atravessam, e então ele conseguiu encontrar na arte da capa, cada personagem, cada pedaço de cada música está lá! Tem uma canção que se chama “The Unstoppable Stephen Hawking” então no topo da capa tem um buraco negro e uma cadeira indo em direção o buraco negro e na parte de baixo, bem, tem uma canção que se chama “The Dream of Alan Turing” e tem um código enigmático lá, e a canção “The Power of Nikola Tesla” tem também um pequenino Nikola Tesla com uns raios… muito legal cara o jeito que ele fez essa arte, absolutamente incrível!
Gema: Espero que venha para o Brasil tocar para a gente!
Blaze Bayley: Eu espero também! Bem, qualquer que seja o jeito que o mundo estará daqui alguns anos… claro, vocês sabem que eu amo o Brasil e que eu já toquei em mais cidades no Brasil do que em qualquer outro lugar. Claro, gostaria muito de ir cara…. eu amo ir ao Brasil, passar um tempo lá… vamos tentar deixar o mundo seguro e eu acho que se conseguirmos fazer com que as pessoas escutem mais álbuns do Blaze Bayley, acho que isso pode ajudar!
Eduardo: O seu show deve ter sido o último grande show antes da pandemia no Brasil!
Blaze: Sim, foi um dos últimos, foi uma tour fantástica! No Brasil eu toco para 500, 600 pessoas todas as noites e depois eram muitas pessoas para autografar. O encontro com os fãs depois dos shows eram mais longos do que os próprios shows, porque todos queriam tirar fotos e isso era absolutamente fantástico, foi maravilhoso, uma maravilhosa viagem essa última para o Brasil, absolutamente fantástica, eu adorei!
Foto Blaze Bayley / Fonte Facebook oficial Blaze Bayley
Gema: Sim, o Brasil te ama porque você foi um dos vocalistas de uma banda muito importante para nós brasileiros que é o Iron Maiden e eu queria dizer que vi você cantando com eles em 1996 no Monster Of Rock.
Blaze Bayley: Sim, essa foi uma grande turnê, fizemos duas apresentações em Curitiba e uma grande apresentação em Brasília também, foi absolutamente incrível! Já fazem 25 anos… bem daquela época eu fiz 2 álbuns com o Iron Maiden e fiz duas grandes turnês e desde então eu já fiz 11 álbuns por conta própria e agora parece que desde o re-lançamento do “X Factor” e do “Virtual XI” muito mais pessoas parecem estar querendo saber quem é Blaze Bayley e é uma situação inusitada, eu acho, porque há muitas pessoas que se tornaram fãs dizendo “A última vez que te vi foi em 1996!” O quê? Eu fiz 11 álbuns desde então! INACREDITÁVEL! Esses são os fãs mais antigos… e agora temos novos fãs que escutam o “X Factor” e o “Virtual XI” e que dizem “Bruce Dickinson está cantando bem diferente nesses álbuns!” (risos) e aí eventualmente eles pensam e chegam a conclusão que não é Bruce, sou eu! É muito louco cara… e o legal é eu aprendi muito naqueles anos… bem, quando você escutar o novo álbum, eu acho que você vai escutar a influência da minha passagem pelo Iron Maiden, muitas harmonias de guitarra que eu adoro. Eu amo grandes melodias de guitarra com muitas histórias nas letras, todos esses elementos estão junto comigo na minha carreira solo e eu acho que vocês vão realmente conseguir escutar tudo isso em “War Within Me”. Claro, no Iron Maiden… sabe, eu podia cantar, quando eu me juntei a eles mas no estúdio com o time certo na gravação e tal, eu achei uma outra parte da minha voz, uma parte mais profunda, mais expressiva, nunca soube disso, quero dizer, durante todos esse 20 anos depois do Iron Maiden, fui achando minha voz, minha técnica que agora no “War Within Me”, eu tenho a experiência como artista para fazer mais certo. Eu quero colocar esse som e essa emoção nesta palavra, e agora eu consigo fazer, já antes, bem… era meio… um pouco travado algumas vezes, mas agora é tipo “é isso que eu quero, quero chegar ali, tenho que cantar desse jeito”, essa parte é mais agressiva na voz, certo, então sei como chegar lá, isso é raiva, isso é decepção, isso é amor, isso é coragem, todas essas emoções, agora, eu sou capaz de encontrar então o “War Within Me” está cheio dessas emoções e isso tudo teve início lá na época do álbum “X Factor”.
Foto Iron Maiden com Blaze Bayley
Gema: Eu estava ouvindo ‘X Factor’ hoje pela manhã e acho um grande álbum, com grandes canções.
Blaze Bayley: Sim e foi um início de uma era mais progressiva do Iron Maiden, e eu acho que para muitos fãs mais fanáticos, há 25 anos atrás, foi muito difícil para muitas pessoas aceitar aquilo… que o cantor predileto deles, deixava a banda predileta deles. Sabe, nós amamos o Heavy Metal, adoramos essa música, nós levamos as bandas que amamos para dentro de nossos corações e não nos sentimos bem quando uma banda que amamos não está mais junta. Como fãs do Metal é isso que queremos. Mas isso não é realista. E então eu estou lá com uma voz diferente, em uma situação diferente, tendo um diferente estilo de composição nas letras e também trabalhando com Steve Harris, Janick Gers, Dave Murray e trabalhando em diferentes canções, mas eu acho que agora quando você vê os álbuns depois do “X Factor” e do “Virtual XI”, e que você coloca tudo isso em perspectiva, são álbuns muito interessantes.
Se você comparar o “X Factor” com o “No Prayer For The Dying”, é radicalmente diferente, radicalmente! É muito diferente do “Fear Of The Dark” também, então eu acho que, sabe, quando olho para atrás, estando aqui, com meu álbum, eu sinto como se tivesse lutado junto com meus fãs para me manter são e esses tempos horríveis na história da humanidade e esperançosamente, que eu possa fazer algo pequeno para meus fãs, que eles possam pegar esse “War Within Me” e dizer “certo, maravilha, tenho meu álbum do Blaze Bayley e quando eu tiver que encarar os desafios, e meu dia for uma bosta, e tudo der errado, e me sentir uma porra, qual é o álbum que preciso? É o do Blaze Bayley!
Foto Divulgação Iron Maiden 1995
Eduardo : Com o disco saindo nesse período, sem poder viajar e tocar por aí, você por acaso planeja algo como uma live ou alguma coisa do tipo para o lançamento do álbum?
Blaze Bayley: O problema é que não vivemos junto e agora temos um monte de restrições por aqui
Gema: Mas, todos os músicos são da Inglaterra, verdade?
Blaze Bayley: Da Inglaterra sim, mas eu sou de Birmingham, que fica no meio do país, dois são de Manchester e o outro do norte, é que para vocês no Brasil tudo é perto porque tudo aí é muito grande, aqui ninguém quer dirigir uma hora, já acha tudo muito longe, a Europa toda cabe no Brasil!
Eduardo: Então o que você está planejando?
Blaze Bayley: Eu não tenho muito o que fazer com os Bookings, deixo isso com meu manager e ele me deixa focado no meu trabalho como artista. Estamos conversando sobre algumas coisas e iremos tentar fazer alguns shows na Inglaterra em Setembro, aqui no Reino Unido. Nós falamos com os promotores e todo mundo está querendo que isso aconteça, mas todos nós entendemos que as coisas podem mudar muito rápido, porque já mudou, eles nos disseram aqui que nós poderíamos ter 5 dias para ver nossos parentes no Natal e então, uma semana antes disso eles disseram “Não, agora será um dia!” Terrível cara, de quebrar o coração! Então, estamos prontos para isso, vamos tentar em setembro, esperamos que dê tudo certo e estamos fazendo nosso melhor, quero muito ver meus fãs, eu quero cantar minhas novas canções do “War Within Me” para todos meus fãs, estou muito animado com tudo isso, mas eu quero que meus fãs estejam seguros, isso é a coisa mais importante!
Foto Blaze Bayley / Fonte Facebook oficial Blaze Bayley
Edu: Eu vi entrevistas sobre seus últimos shows no Brasil e sobre seus encontros com fãs porque você é conhecido por conversar com todo mundo e atender as pessoas, seu amor por sua audiência e eu acho que isso é maravilhoso!
Blaze Bayley: Muito obrigado! O problema que eu tenho é que há alguns promotores e donos de locais de show que não acreditam que eu tenho que começar meu show mais cedo porque eu tenho que fazer meu encontro com fãs e eu geralmente tento fazer antes do show, se eu estiver me sentindo bem com minha voz, e um pouco depois do show e eu falo pra todo promotor que o local deve ainda ficar aberto por uma hora no mínimo e muitas vezes eles mentem para mim e quando saio, os seguranças estão empurrando meus fãs pra fora, então o que eu faço agora se isso acontece, eu nunca mais volto a tocar nesse local! Se eles desrespeitarem meus fãs eu não volto nunca mais no lugar!
Gema: Você tocou no Manifesto Bar em São Paulo, o que achou da qualidade do som, porque a gente toca lá e gosta muito!
Blaze Bayley: Sim, uma coisa que aprendi é que quando os palcos são posicionados nos cantos acho que instantaneamente você terá uma chance. Eu ando pelos casas de show e quando a bateria está no canto… o som sairá e refletirá então ele virá desse jeito. E lá eles são tão profissionais! Esses caras do Manifesto Bar sabem sobre equipamento, eles sabem do som, tipo, conectam tudo e pronto, e as pessoas sempre dizem que o som estava demais! E não é tão grande! Eu não estou tentando ser grande, não estou tentando tocar em arenas, em estádios, ou em grandes teatros, eu realmente gosto dessas casas de show e continuo tocando em grandes festivais com milhares de pessoas mas, bem isso é legal, mas eu também toco em muitos locais com 200, 500 pessoas mas isso de modo geral faz com que eu não queira ser grande. Sou grande o suficiente! Eu não quero tantos fãs assim. Eu quero alguns realmente bons fãs! Meus fãs me seguem por causa da música, das letras e do show que fazemos sabe, e a razão pela qual isso durou tanto é porque eu nunca fui da moda. A moda vem e vai e eu continuo no mesmo lugar e continuo na estrada. Não tô interessado em tocar em grandes locais. Como artista tudo que quero é sentir meus fãs e quero preencher o espaço e quando você está nesse tipo de lugar… é uma sensação incrível, e realmente é uma sensação de unidade e isso é muito mais difícil de conseguir em locais com 1500, 3000 pessoas.
Eduardo: Blaze, gostaríamos de te agradecer muito mesmo! Para nós é uma honra e um prazer falar com você, agradeço mais uma vez e você pode deixar uma mensagem para os faz brasileiros?
Blaze Bayley: Olá, eu sou Blaze Bayley e você está vendo e curtindo a Revista Freak, provavelmente a melhor revista do Mundo!!! Obrigado!
Assista a entrevista na íntegra abaixo:
Confira alguns Vídeos de Blaze Bayley:
Discografia
“War With Me”
Blaze Bayley
2021
“December Wind”
Blaze Bayley
2018
“The Redemption Of William Black “
Blaze Bayley
2018
“Endure And Survive”
Blaze Bayley
2017
“Infinite Entanglement”
Blaze Bayley
2016
“The King of Metal “
Blaze Bayley
2012
“Promise And Terror”
Blaze Bayley
2010
“The Night That Will Not Die“
Blaze Bayley
2009
“The Man Who Would Not Die “
Blaze Bayley
2008
“Blood & Belief”
Blaze Bayley
2004
“As Live As It Gets “
Blaze Bayley
2003
“Tenth Dimension”
Blaze Bayley
2002
“Silicon Messiah“
Blaze Bayley
2000
“Virtual XI“
Iron Maiden
1998
“Best of the Beast” (coletânea)
Iron Maiden
1996
“The X Factor“
Iron Maiden
1995
“Wolfsbane Save the World“
Wolfsbane
2012
“Wolfsbane “
Wolfsbane
1994
“Massive Noise Injection”
Wolfsbane
1993
“Down Fall The Good Guys”
Wolfsbane
1991
“All Hell’s Breaking Loose Down at Little Kathy Wilson’s Place “
Wolfsbane
1990
“Live Fast, Die Fast”
Wolfsbane
1989
Geraldo “Gegê” Andrade blogueiro e vlogueiro a mais de 15 anos. Iniciou sua paixão pelo rock n roll, nos anos 80, quando pela primeira vez, ouviu um álbum da banda KISS. Tem um currículo com mais de 500 shows, de bandas nacionais e internacionais. Um especialista em entrevistas, já tendo entrevistado vários músicos nacionais e internacionais.
Gema
Gema. 46 anos dos quais 32 foram consumindo e tocando Rock n Roll.
Baterista, de bandas da cena de são Paulo e agora fazendo rock n roll na Espanha com a banda THE ROCK MEMORY.
Edu Rod
Designer e músico apaixonado por arte e rock n’roll. Gaúcho de Porto Alegre, já morou em São Paulo, Nova York e atualmente reside em Madri, na Espanha. Em seu currículo como músico tem passagem como baixista das bandas Rosa Tattooada (Porto Alegre), Jungle Junkies (NY) e Monodrive (SP).
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