Devildriver: entrevista exclusiva com o guitarrista Mike Spreitzer
June 6, 2023A banda californiana de metalcore DevilDriver lançou recentemente seu novo álbum de estúdio, intitulado “Dealing With Demons Vol. II”. O álbum é o décimo registro de estúdio do grupo e indiscutivelmente mais pesado que seu antecessor. A Revista Freak conversou com o guitarrista Mike Spreitzer, que nos falou do novo trabalho, das mudanças na banda e muito mais.
A mídia mundial está dizendo que esse novo álbum será algo crucial na carreira da banda. podemos dizer que com esse lançamento a banda atingiu seu melhor momento nesses mais de 20 anos?
Mike – É difícil dizer, o pior momento da minha carreira foram as trocas de membros da banda, é uma situação muito estranha sempre ter um novo integrante trabalhando com a banda, não sei o que esperar desses novos membros, músicos que começam a fazer parte da banda. O melhor momento foi nossos 02 últimos álbuns, que foram muito bem recebidos, pois conseguimos manter a alta qualidade, o que é muito importante para nós.
Na realidade “Dealing With Demons” é um álbum duplo, parte 1 e 2. porque foi lançado separadamente?
Mike – Lançar um álbum duplo, o ouvinte não dá tanta atenção para ouvir tanta música num álbum só. Na realidade não deveria ter demorado tanto tempo para lançar a segunda parte. Mas a pandemia parou tudo, tínhamos planejado lançar no mesmo dia. A pandemia atrapalhou tudo.
Falando em pandemia, como ela atingiu você e a banda?
Mike – Consegui viver muito bem na pandemia, moro em Los Angeles, na Califórnia. O negócio dos meus pais foi considerado essencial e ficou aberto. Na realidade sou uma pessoa que gosta de ficar em casa e surfar. Minha vida não foi muito afetada, era surf e casa, onde trabalhava com música.
Nesse novo trabalho temos a volta de John Miller no baixo. como foi esse retorno?
Mike – Estou muito feliz com a volta de John. Começamos a banda com ele. John tem uma grande presença de palco, talvez a melhor do que qualquer outro membro da banda. E já estamos trabalhando em música nova, estamos muito empolgados, ele é uma pessoa que gosto demais.
Qual é a sua música favorita do álbum para tocar ao vivo?
Mike – Na realidade não tocamos nada ao vivo do novo álbum. Vamos fazer uma tour com o Cradle of Filth, estou muito empolgado para ver a resposta do público.
Gostei muito da capa da parte 2, os demônios aumentaram (risos). quem fez a capa do álbum?
Mike – Funciona assim as capas, recebo uma ligação do Dez, que pede para eu dar uma olhada. Eu falo que ficou super bacana. É muito simples, é assim que funciona (risos). Um manager e o Dez decidem e, eu digo que está tudo bem (risos).
Existe alguma chance de o brasil estar incluído nessa nova tour? se eu não me engano, da última e primeira vez da banda no brasil em 2011 ele não veio por motivo de saúde. qual a opinião dele sobre o público brasileiro?
Mike – Sim, na época fui parar no hospital, foi tipo um ataque epilético. Queria muito ter ido ao Brasil, mas o manager na época achou melhor eu ficar em casa, talvez tenha sido a decisão mais sábia. E no momento não há planos para irmos ao Brasil. Quero muito ir ao Brasil, sinto que perdi algo, devo um show para os brasileiros.
As suas influências?
Mike – Comecei ouvindo Oingo Boingo e Def Leppard. Depois mudei para Metallica, Pantera e Megadeth, que foram as referências da minha adolescência. Quando conheci Marilyn Manson as coisas mudaram de uma forma super radical. Também comecei a ouvir Nine Inch Nails e Ministry, fui muito influenciado pela parte industrial. As coisas foram mudando, comecei a ouvir Rammstein e outras coisas do mundo industrial. Virei fã do Jerry Cantrell e hoje em dia mudou novamente, escuto uma música típica americana, chamada Bluegrass.
Geraldo “Gegê” Andrade blogueiro e vlogueiro a mais de 15 anos. Iniciou sua paixão pelo rock n roll, nos anos 80, quando pela primeira vez, ouviu um álbum da banda KISS. Tem um currículo com mais de 500 shows, de bandas nacionais e internacionais. Um especialista em entrevistas, já tendo entrevistado vários músicos nacionais e internacionais.
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