Resenha: “Bone Collector” – Grave Digger (2025)
January 30, 2025Para celebrar seu 45º aniversário como uma banda, Grave Digger, lança seu mais recente trabalho, intitulado “Bone Collector”, onde a banda volta ao básico e nos presenteia com álbum com uma pegada muito pesada.
“Bone Collector”, um álbum heavy metal fácil de ouvir, com porções extras de power metal. Nele temos um baixo pesado e poderosos riffs de guitarra. Eles são rápidos, lisos e limpos como um apito. A banda transborda felicidade e as músicas refletem nesse momento que a banda vive.
O álbum começa com a faixa-título, “Bone Collector”, que dá um soco imediato com sua bateria forte, baixo sólido e riffs agressivos. A voz de Chris Boltendahl, embora envelhecida, mantém um poder de comando que ainda se encaixa no som cru da banda.
Em seguida, “The Rich The Poor The Dying” acelera o ritmo, evoluindo para um hino de speed metal, simplesmente arrebatador. O refrão é cativante, mas a intensidade motriz da faixa a torna um destaque.
Enquanto isso, “Killing Is My Pleasure” continua o ritmo, oferecendo um refrão melódico e contagiante que fará os ouvintes cantarem junto. “The Devil’s Serenade” evoca uma vibração de heavy metal clássico dos anos 80, com ganchos memoráveis, riffs melódicos e um solo de guitarra que parece estar em casa naquela época. O riff aqui até lembra os primeiros trabalhos do Accept.
Na faixa “Forever Evil & Buried Alive”, o Grave Digger canaliza algumas influências do Motörhead, particularmente na entrega vocal de Chris, que lembra o estilo distinto de Lemmy, áspero nas bordas, mas eficaz. O ritmo da música, com sua energia crua, lembra o espírito corajoso do álbum “Inferno” do Motörhead.
“Mirror Of Hate” proporciona um breve alívio do peso implacável, oferecendo refrões mais melódicos equilibrados com riffs ameaçadores. Aqui, Chris opta por um vocal mais baixo, adequado ao tom sombrio da música, embora seja evidente que atingir essas notas baixas está se tornando mais desafiador para ele.
“Made Of Madness” começa enganosamente lento, com um riff acústico e uma linha de baixo melódica que gradualmente se transforma em um turbilhão de riffs de speed metal, bateria propulsiva e o trabalho de baixo sólido de Jens Becker que impulsiona a faixa.
“Bone Collector” é mais um álbum excelente, com um som mais cru e speed metal do que qualquer um dos seus últimos álbuns. Fãs de longa data devem ficar muito satisfeitos com o quão pesado e energético este álbum é, pois tem um som surpreendentemente cru e clássico para um álbum moderno, sem soar desatualizado nem um pouco. Os fãs de heavy/power metal que procuram algo um pouco mais cru, sombrio e intenso, vão gostar e muito.
Um trabalho brutal, honesto e ainda assim cativante, “Bone Collector” é um manifesto do Heavy Metal Alemão, old school no seu melhor, sem ferrugem, sem autocópia e sempre autêntico. É assim que o novo trabalho da banda pode ser descrito, voltando às suas raízes, mas ainda soando energético, fresco e multifacetado
O Grave Digger está de volta e está levando as coisas a um nível mais alto. Isso eleva o álbum a um alto nível de energia com um tom sombrio e maligno. “Bone Collector” é cem por cento um álbum original do Grave Digger.
Músicas
02- The Rich The Poor The Dying
03- Kingdom Of Skulls
04- The Devil’s Serenade
05- Killing Is My Pleasure
06- Mirror Of Hate
07- Riders Of Doom
08- Made Of Madness
09- Graveyard Kings
10- Forever Evil & Buried Alive
11- Whispers Of The Damned
Geraldo “Gegê” Andrade blogueiro e vlogueiro a mais de 15 anos. Iniciou sua paixão pelo rock n roll, nos anos 80, quando pela primeira vez, ouviu um álbum da banda KISS. Tem um currículo com mais de 500 shows, de bandas nacionais e internacionais. Um especialista em entrevistas, já tendo entrevistado vários músicos nacionais e internacionais.
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