Resenha: “Rock Believer” – Scorpions (2022)
March 12, 2022 0 By Geraldo AndradeFormado em 1965, a banda de rock mais bem sucedida da Alemanha de todos os tempos, Scorpions, está de volta com o seu 21º álbum de estúdio, “Rock Believer”, mantendo a força e o poder do metal dos anos 80.
O atual ano de 2022 marca o 50º aniversário do lançamento de estreia da banda “Lonesome Crow”, que é o início da discografia da banda . A banda só conseguiu alcançar um sucesso, com o lançamento de “Fly To The Rainbow”, mas assim que o álbum entrou em cena em 1974, a banda partiu para conquistar o mundo e até hoje vendeu mais de 100 milhões de álbuns.
Os anos clássicos da banda foram aproximadamente a partir de 1978, quando Mathias Jabs substituiu Uli Roth na guitarra e, em seguida, os sucessos começaram a rolar com um álbum clássico após o outro, subindo nas paradas.
Apesar de tudo, a banda ama o que faz e, continua lançando novo material. A melhor prova disso é “Rock Believer”, o 21º álbum de estúdio e segue os passos de outras bandas lendárias dos anos 80 como Judas Priest no sentido de voltar ao básico e parar de tentar lidar com estilos musicais experimentais que eles não são capazes de criar. Em minha opinião, “Rock Believer”, como “Firepower” do Priest, soa como se pudesse ter sido lançado nos anos 80, neste caso em algum lugar entre “Blackout” e “Crazy World”.
O álbum começa com “Gas In The Tank”, e de cara já me leva aos anos 80, aqui o Scorpions mostra que realmente voltou as raizes, recheada de riffs.
“Roots In My Boots” vem na sequência e tenho a certeza de que ela será emocionante em um ambiente ao vivo com suas letras e batidas cativantes.
“Knock em Dead”, tem um refrão grudento, com as guitarras dando um show à parte. Aqui já posso dizer, como é bom ouvir o velho Scorpions de volta.
A faixa-título acima “Rock Believer” é um grande hino, bem harmonizada e muito emocionante. Juntando tudo isso, Klaus Meine cantando “No one can take our dreams away” implica que é bobagem desistir de quem você é como músico, ou pessoa, só porque os tempos estão mudando. Essa não sairá mais do set da banda. Chegou para ficar!
Seguindo em frente, “Shining of Your Soul” cheira a uma mensagem positiva e uma vibe classic rock que deve ser relacionável às massas. Que coisa linda, é de arrepiar.
“Seventh Sun” é pesada, com a cozinha em destaque. Mais uma com um refrão que gruda e mais uma que já imagino as mãos do público para cima, batendo palmas ao comando de Klaus.
Um começo estrondoso traz “Hot And Cold”, um som sujo e desprezível, com o vocal de Meine mais profundo.
Riffs rápidos e vocais disparam “When I Lay My Bones To Rest” para frente, ritmo alto, quase Rock ‘n’ Roll, tudo é curto e forte, um solo de guitarra estridente não lhe dá chance de relaxar.
Em seguida, é “Peacemaker”, o primeiro single lançado do álbum. Um hino ao estilo dos anos 80. Novamente, uma batida e riff em ritmo acelerado, Schenker destroi tudo, Dee está arrasando na bateria, uma reminiscência de seus dias no Motorhead, o solo de Jab é arrepiante. Trilha épica.
A penúltima faixa é “Call Of The Wild”, uma sensação mais suave, mais calma, com a guitarra solo nos deixando arrepiados.
Chegamos à faixa final muito rapidamente, “When You Know (Where You Come From)”, seu single mais recente. Tem um toque de “Wind of Change”, uma balada de poder emocional com a elegância tradicional do Scorpions. Uma maneira apropriada de fechar o álbum.
A formação que gravou este trabalho, tem um Klaus Meine mantendo seu lugar nos vocais (ele está em todos os álbuns desde 1972), Rudolf Schenker e Matthias Jabs nas guitarras. Os membros mais novos, o baixista Paweł Mąciwoda, que está na banda desde 2004, e o mais novo membro da bateria, Mikkey Dee. Apesar dos caras “mais velhos” da banda, estarem na casa dos 60 anos, “Rock Believer” mantém a força e o poder do metal dos anos 80.
Para quem gosta, como eu, dos clássicos anos 80 da banda, este álbum soa como algo maravilhoso. Tudo realmente soa como se você tivesse levado uma máquina do tempo de volta aos anos 80, onde este álbum surgiu em algum universo paralelo. Quando escutei esse álbum, logo fiquei com um baita sorriso estampado no rosto, o “velho” Scorpions está de volta.
Eu tenho que admitir que o álbum é muito melhor do que eu esperava, portanto, posso recomendar este álbum para aqueles que sempre quiseram mais álbuns do Scorpions dos anos 80, mas ficaram desapontados com as tentativas fracas que agraciaram os anos 90 e além.
Lembrando que edição deluxe traz outras 4 músicas inéditas, além de uma versão acústica para a balada “When You Know (Where You Come From)”.
O velho Scorpions está de volta, agora é só esperar os shows!!
Músicas
- Gas In The Tank
- Roots In My Boots
- Knock ‘Em Dead
- Rock Believer
- Shining Of Your Soul
- Seventh Sun
- Hot And Cold
- When I Lay My Bones To Rest
- Peacemaker
- Call Of The Wild
- When You Know (Where You Come From)
Exclusivas da edição deluxe - Shoot For Your Heart
- When Tomorrow Comes
- Unleash The Beast
- Crossing Borders
Geraldo “Gegê” Andrade blogueiro e vlogueiro a mais de 15 anos. Iniciou sua paixão pelo rock n roll, nos anos 80, quando pela primeira vez, ouviu um álbum da banda KISS. Tem um currículo com mais de 500 shows, de bandas nacionais e internacionais. Um especialista em entrevistas, já tendo entrevistado vários músicos nacionais e internacionais.
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Geraldo "Gegê" Andrade blogueiro e vlogueiro a mais de 15 anos. Iniciou sua paixão pelo rock n roll, nos anos 80, quando pela primeira vez, ouviu um álbum da banda KISS. Tem um currículo com mais de 500 shows, de bandas nacionais e internacionais. Um especialista em entrevistas, já tendo entrevistado vários músicos nacionais e internacionais.