Resenha: “Carpe Diem” – Saxon (2022)
February 23, 2022 0 By Geraldo AndradeO novo e 23º álbum da carreira do Saxon, “Carpe Diem”, é sem dúvida um dos melhores trabalhos da banda em toda a sua história.
Saxon, uma das bandas de metal mais consistentes e confiáveis do mundo, um nome sinônimo da New Wave Of British Heavy Metal (NWoBHM). Sucessos como Wheels Of Steel e Princess Of The Night podem ter sido há 40 anos, mas o Saxon continuou a produzir uma longa série de álbuns de metal de alto nível, mais consistentemente do que qualquer um de seus contemporâneos.
O título do novo álbum é Carpe Diem, que se traduz literalmente como Seize The Day, que poderia ter sido o lema da banda desde o primeiro dia. E ao lado de Biff estão os guitarristas Paul Quinn e Doug Scarratt, o baixista Nibs Carter e o baterista Nigel Glockler.
Abrindo com a faixa-título, há uma introdução antes de Biff bater em você como uma marreta e a banda te destruir com riffs. Aqui começa o espetáculo, isso é Saxon, isso é heavy metal!
“Age Of Steam” segue e é adequadamente pesado. Alguns dos trabalhos de guitarra remetem ao rock clássico dos anos 80, há um forte tom de power metal e uma sensação tribal na bateria. Tão pesado quanto o tema lírico. Aqui o baterista Nigel Glockler, em minha opinião, é o destaque.
Depois, há o destaque de 6 minutos “The Pilgrimage”. É um pouco mais lenta, mas sólida, lembra um pouco Crusader, progressivo na sensação da guitarra. Algumas mudanças de sensação por toda parte, e o solo de guitarra é perfeito.
O ritmo é definitivamente tomado por várias marchas para “Dambusters”, e continua os temas líricos históricos. A essa altura já estamos com dor no pescoço, de tanto batermos a cabeça. Uma aula de heavy metal!
“Remember The Fallen”, outra faixa excelente. Há um aceno para o início dos anos 80 na guitarra, mas com um reforço sério de power metal.
Eu gosto da ideia por trás de “Super Nova”, um assunto sobre o qual poucos escrevem e isso poderia acompanhar uma palestra de Brian Cox, começa no modo power metal com uma pausa melódica no meio da música, um excelente trabalho de guitarra.
“Lady In Gray”, é mais calma, mas o peso continua, com destaque absoluto para as guitarras de Paul e Doug.
“All for One” é Saxon na sua melhor essência, nos remete ao inicio da banda, uma verdadeira aula de heavy metal, perfeição pura. Essa chegou para ficar e nunca mais sair do set da banda.
O encerramento do álbum é “Black Is The Night”, uma leve dica de hino, os ritmos e riffs memoráveis, e as mudanças de ritmo a mantêm cativante. Uma sensação viciante, essa é uma música que espero que eles toquem ao vivo.
A produção, de Andy Sneap (Judas Priest) reforça a intensidade do álbum, que foi parcialmente moldado por eventos mundiais recentes.
O Saxon nunca falha em entregar um novo trabalho, e eles fizeram isso de novo. Agora, esperamos que o Covid desapareça, pois são músicas que vamos querer ver ao vivo, com certeza!
Carpe Diem mantém a energia e o poder que a banda entregou no Thunderbolt . Está cheio de riffs para morrer, sustentado por aquela melodia clássica saxônica e o trabalho de guitarra dupla de Quinn e Scarratt, que é tão assustadoramente cruel como sempre foi. Há solos caindo como gotas de chuva, a trituração no máximo.
Sem dúvidas, um dos melhores trabalhos da banda, em toda a sua história. O Saxon é como vinho, quanto mais velho, melhor, pois uma das maiores e mais interessantes dicas de vinhos que você poderá receber na vida será a que revela se o segredo do sucesso de um vinho é o fator maturidade. A maturidade de um vinho é simplesmente o momento em que o vinho atinge seu auge, estando em seu melhor momento de consumo, já que é neste estágio que ele consegue entregar exatamente tudo o que dele se espera. E assim está o Saxon, entregando tudo o que se espera dele e com uma qualidade fora do comum.
Músicas
- Carpe Diem (Seize the Day)
- Age of Steam
- The Pilgrimage
- Dambusters
- Remember the Fallen
- Super Nova
- Lady In Gray
- All for One
- Black is the Night
- Living On the Limit
Geraldo “Gegê” Andrade blogueiro e vlogueiro a mais de 15 anos. Iniciou sua paixão pelo rock n roll, nos anos 80, quando pela primeira vez, ouviu um álbum da banda KISS. Tem um currículo com mais de 500 shows, de bandas nacionais e internacionais. Um especialista em entrevistas, já tendo entrevistado vários músicos nacionais e internacionais.
Matérias Relacionadas
About The Author
Geraldo "Gegê" Andrade blogueiro e vlogueiro a mais de 15 anos. Iniciou sua paixão pelo rock n roll, nos anos 80, quando pela primeira vez, ouviu um álbum da banda KISS. Tem um currículo com mais de 500 shows, de bandas nacionais e internacionais. Um especialista em entrevistas, já tendo entrevistado vários músicos nacionais e internacionais.