Resenha: “Holy Ground” (The Dead Daisies) – 2021

Resenha: “Holy Ground” (The Dead Daisies) – 2021

January 30, 2021 0 By Geraldo Andrade

Começar o ano com um novo trabalho do The Dead Daisies é sempre uma grande notícia e “Holy Ground”, o quinto desde 2013, foi o primeiro a contar com o grande baixista e vocalista, Glenn Hughes.

E já posso dizer que mesmo antes de escutar já parece ser muito bom, pois seria difícil de encontrar qualquer coisa que esses caras tenham lançado que não fosse bom! The Dead Daisies 2021, porém, é provavelmente mais pesado do que ouvimos anteriormente e tem alguns dos riffs esmagadores! Este é um álbum feito para ser ouvido no talo. É um álbum muito bem equilibrado com o peso e um pouco de funk e soul.

Todos nós, conhecemos a voz de Glenn, e assim, quando você ouve a abertura pela primeira vez, na faixa título “Holy Ground (Shake the Memory)” você não pode ficar indiferente, ali está uma das melhores vozes do rock and roll de todos os tempos. É uma bela introdução que nos sugere que este pode ser um dos melhores trabalhos da banda, até agora.

A próxima faixa “Like No Other (Bassline)” chega, ela vem como uma resposta imediata. É uma canção construída sobre um enorme groove que cai bem na parte de trás do baixo, em seguida, bateria. É também uma música que dá a Glenn muito espaço também, o que é um grande contraponto a maravilhosa contribuição que a guitarra de Doug dá à faixa.

“Come Alive’ está repleta de energia, pois é impulsionada por uma linha de baixo fantástica. Isso é seguido por ‘Bustle and Flow’, o segundo single e a faixa que já se tornou a minha preferida, lembra um pouco Aerosmith e Extreme.

E justo quando você está esperando um pouco de alívio, chega “My Fate” que tem o primeiro momento mais leve no disco. Essa calmaria, porém, é equilibrada perfeitamente por um riff esmagador. É uma música que ao vivo, vai se tornar um clássico da banda.

“Chosen and Justified” é um rocker mais “tradicional”, com destaque para a guitarra de Doug e um refrão fantástico.

“Saving Grace” novamente Hughes, com sua poderosa voz, te leva ao céu. É impossível não se emocionar. Logo vem “Unspoken”, o primeiro single lançado em 2020 e que a maioria das pessoas já estão familiarizados. É uma ótima faixa e como a maioria no álbum outro destaque para a guitarra.

Em seguida vem “30 Days in the Hole” a música cover do O Humble Pie de Steve Marriott.  É um ótimo cover, um pouco mais suave que o original, mas tem aqueles toques maravilhosos que o tornam muito mais do que apenas um exercício de transposição de uma música já clássica.

“Righteous Days”, que foi originalmente lançado em outubro de 2019. Como você já vai saber que é uma canção matadora, uma das muitas músicas, podemos dizer, “assassinas”, tocadas nesse álbum.

O final chega com “Far Away”,  uma balada suave, que se constrói em um lindo refrão. A guitarra, baixo e bateria, praticamente “chutam” as coisas e os violinos ficam mais frenéticos, antes dos solos maravilhosos de Doug, e também temos os refrões suaves de Glenn. Chego a uma conclusão bastante satisfatória para o que tem sido um grande álbum que, francamente, vai tirar o seu fôlego.

Acho que a pergunta que passa pela cabeça da maioria das pessoas quando ouvem sobre um novo álbum do The Dead Daisies ou uma mudança na formação é “é melhor do que a última?”.  Posso deixar aqui as palavras de Doug, em várias entrevistas que li desse grande guitarrista: “Cada vez que nos sentamos para escrever um novo álbum, nos esforçamos para fazer um disco melhor do que antes.”

O que é fantástico, é que  Glenn Hughes, um homem cuja voz inexplicavelmente parece ficar melhor com o passar das décadas, chegou com tudo, fazendo com que esse trabalho, se torne um dos melhores do ano de 2021, e o ano está só começando. Que maneira de começar o ano!

Tracklist:

1. Holy Ground (Shake The Memory)
2. Like No Other (Bassline)
3. Come Alive
4. Bustle And Flow
5. My Fate
6. Chosen And Justified
7. Saving Grace
8. Unspoken
9. 30 Days In The Hole
10. Righteous Days
11. Far Away

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