Conheci a banda Draco, de Porto Alegre/RS, a memória anda curta, mas acredito que foi em 2009, e de cara fui apresentado ao primeiro e excelente trabalho da banda, chamado “Contramão”, quando a banda ainda era um quarteto, e confesso que fiquei “apavorado” com o que ouvi, um som pesado, riffs matadores, e o melhor, autoral e cantado em português.
De lá para cá, a banda lançou dois ótimos Eps, “Evolução” (2012) e “Visceral” (2015). Os trabalhos foram ótimos, mas acredito que as várias mudanças de bateristas, atrapalharam um pouco o andar das coisas, mas mesmo assim, a banda ainda continuava com aquele som, que na primeira ouvida você sabe que é a Draco.
O “monstro” Eduardo Polidori deixa a banda, e quem assume as baquetas, é o jovem Arthur Schavinski, em minha opinião, um dos melhores bateristas da nova geração do rock gaúcho, guardem esse nome!
Tive o privilégio de receber o álbum, antes do lançamento oficial, e confesso que a vontade era grande de fazer a resenha, para apresentar o novo trabalho da Draco.
E o “Desabafo” começa com “O Vento Me Leva”, e de cara já dá para dizer que a banda está entrosadíssima e a entrada de Arthur fez um bem enorme a banda. Uma música pesada e grudenta, daquelas que tem tudo para se tornar um clássico da Draco. A guitarra de Leo Jamess está incrível e matadora.
Na sequência vem mais peso, com “Vício”. O início é matador, Arthur simplesmente destrói tudo com suas baquetas, onde o destaque é a cozinha formada por ele e Beto Pompeo no baixo. E sinto uma tremenda evolução na guitarra de Leo Jamess.
Infelizmente Eps são curtos, ainda mais quando temos um ótimo trabalho como “Desabafo”, então a música que fecha o Ep é “Quando Se Espera o Pior”, e não podia fechar em melhor estilo. Ela é a “calma” do Ep, mas a banda aqui mostra que também sabe tirar o pé do acelerador e fazer ótimas baladas, uma letra linda, perfeita, que certamente serve como a trilha sonora da vida de muitas pessoas.