Resenha: “Shades of Sorrow” – Crypta (2023)
August 9, 2023A banda Crypta foi formada em 2019, de lá pra cá, vem conquistando a cena do death metal mundial. como uma verdadeira e imparável máquina.
O primeiro álbum “Echoes of The Soul”, foi lançado em 2021, e conseguiu agradar crítica e os fãs.
Agora com a formação que tem as guitarristas Tainá Bergamaschi e Jessica di Falchi, a banda lança novo material, o álbum “Shades of Sorrow”.
“The Aftermath” é uma introdução de piano lindamente trabalhada para o álbum, estabelecendo o som ligeiramente clássico e melodicamente inspirado do álbum. O piano começa a aumentar antes de soar e se misturar bem com a segunda faixa, “Dark Clouds”.
Nela o vocal de Fernanda Lira atinge você com, força enquanto a faixa explode em sua cabeça. Já por esta breve prévia, os vocais de Fernanda ganharam uma força de sobra desde o último álbum da banda. Como um todo, o som geral da banda está perfeito.
.Na sequência temos “Poisonous Apathy”, onde mostra perfeitamente a capacidade da banda de misturar gêneros. Uma mistura perfeita de death metal com death metal clássico dos anos 90. Cheio de melodia e trabalho de guitarra de cair o queixo de Tainá Bergamaschi e Jessica di Falchi. Um grande destaque é o baixo de Fernanda Lira, que aqui soa destruidor e pesado.
Um dos principais singles “The Other Side of Anger” é uma vitrine da progressão que a banda teve desde o último álbum. Esta faixa tem uma natureza épica. À medida que o refrão aumenta, o uso de riffs ecoantes eleva a faixa a uma grande escala. Esta faixa é uma verdadeira paulada.
Também o fato de que o poder vocal de Fernanda Lira ganhou uma força tremenda, seu vai e vem entre estilos parece perfeito e todos acertam nos mesmos níveis, onde nenhum parece sem brilho. Aqui ela está comandando você com sua presença forte e feroz.
Na segunda metade do álbum uma faixa como “Trial of Traitors”, em minha opinião, se destaca como uma das melhores músicas da Crypta lançadas até hoje. Uma execução de quase cinco minutos com um grande death metal, apresentando um dos melhores riffs da banda. Com destaque para Luana, essa faixa é uma vitrine para ela, dando a esta faixa a brutalidade que ela merece, simplesmente perfeita.
Digo que um dos elementos mais fortes para o grande som da Crypta neste álbum é o uso do trabalho principal de ambas as guitarristas Jéssica e Tainá, elas soam perfeitas, formando uma das melhores duplas do metal brasileiro.
À medida que chegamos aos últimos minutos do álbum, “Lord of Ruins” ajuda o álbum a fechar da maneira mais perfeita. De alguma forma, deixar a melhor e mais pesada faixa para o final é uma boa maneira de garantir que os ouvintes do álbum sejam recompensados. Já li em outras matérias, que essa música é uma mistura de Morbid Angel & Behemoth, e tenho que concordar com isso, pois esta faixa engloba toda a força que a Crypta reuniu nos últimos anos. Com ótimo refrão que praticamente de hipnotizam.
“Shades of Sorrow” é uma demonstração de que a banda pode criar um álbum bem escrito e produzido. Mesmo com um álbum de treze faixas flui perfeitamente e cada faixa merece seu lugar no álbum.
Este álbum é uma luz brilhante em uma cena cheia de cópias. A Crypta foi capaz de criar um trabalho fantástico, um verdadeiro marco do death metal, provando que a banda está em uma trajetória ascendente em direção à elite contemporânea do metal extremo.
Um lançamento da parceria Shinigami Records/Napalm Records.
Músicas
1- The Aftermath
2- Dark Clouds
3- Poisonous Apathy
4- The Outsider
5- Stronghold
6- The Other Side of Anger
7- The Limbo
8- Trial of Traitors
9- Lullaby for the Forsaken
10- Agents of Chaos
11- Lift the Blindfold
12- Lord of Ruins
13- The Closure
Geraldo “Gegê” Andrade blogueiro e vlogueiro a mais de 15 anos. Iniciou sua paixão pelo rock n roll, nos anos 80, quando pela primeira vez, ouviu um álbum da banda KISS. Tem um currículo com mais de 500 shows, de bandas nacionais e internacionais. Um especialista em entrevistas, já tendo entrevistado vários músicos nacionais e internacionais.
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