Resenha: Republik Bierfest 2025 – Um furacão chamado BIG TWIN – Caxias do Sul/RS (08/03/25)
March 11, 2025E no dia 08 de março, Dia Internacional da Mulher, aconteceu em Caxias do Sul, na serra gaúcha, a decima edição do Republik Bierfest, tradicional evento que sempre traz grandes bandas de rock, dessa vez tínhamos como atrações as bandas Cabras da Peste, Landau, Malucos Mimordão, Big Twin, Parasite Kiss Cover, Jack Band, e um dos maiores nomes do hard rock brasileiro, a Rosa Tattooada.
Devido a compromissos particulares, não consegui assistir as 03 primeiras atrações do festival, chego perto das 19h30 e a próxima atração, era uma banda que queria muito assisti-los ao vivo, a Big Twin, o quarteto vem se destacando e chamando muito a atenção na cena rock do Rio Grande do Sul, devido aos seus últimos, ótimos, trabalhos, shows “destruidores” e a qualidade incrível de todos os componentes da banda, então seria uma grande oportunidade de presenciar esse tão aguardado show.
Chego ao Esporte Clube União Forquetense, local do festival, com uma temperatura muito elevada, o verão tem sido um vilão para o povo gaúcho, com temperaturas beirando os 40 graus. Já de cara vejo um grande público, pessoas de todas as idades e logo na entrada percebo que o evento estava muito bem organizado.
A atração tão esperada por mim é a Big Twin, a banda nasceu em 2016 e beberam na fonte de bandas tradicionais como ACDC, Motorhead, Led Zeppelin, Black Sabbath, Mettalica, Pantera, Blackberry Smoke e BlackStone Cherry. Com ótimas influências como essas, acrescentando ótimos músicos, o resultado não poderia ser outro, uma banda que se destaca pela qualidade dos músicos, letras que falam da vida real e de situações existenciais, como deve ser uma boa letra de rock e mais o que eu gosto, peso, muito peso.
Mas e o show? Foi simplesmente matador e pesado, um dos melhores shows que assisti ao vivo em Caxias do Sul nos últimos anos, simplesmente perfeito, tudo o que eu previa se realizou, uma banda com garra, sangue nos olhos e muita paixão pelo bom e velho rock and roll.
O set foi uma mistura de músicas autorais, que é a melhor parte do show e covers de bandas como Metallica e Pantera, não preciso dizer quando esses dois últimos foram tocados, o Republik quase veio abaixo, as paredes tremeram, o peso que vinha dos autofalantes era algo incrível.
Em minha opinião, as músicas autorais, “Quatro da Madrugada” e a minha já favorita, “Espelho Quebrado”, foi o ponto alto do show, com o público cantando junto com a banda, foi algo de arrepiar, mostrando porque a Big Twin vem se destacando tanto no cenário gaúcho. Depois do que vi, tenho a certeza de que logo, o Brasil vai conhecer esse “furacão” chamado Big Twin.
A cozinha formada pelo baixista Gildo Naibo e o baterista Mateus Kremer, simplesmente fizeram as paredes do Republik tremer, com muito peso e entrosamento.
O guitarrista Marcelo Nora, mesmo que com pouca movimentação no palco por sua parte, o músico compensa com habilidade, que verdadeiramente impressiona, nos presenteando com muita melodia, riffs e ótimos solos com sua poderosa guitarra.
O vocalista Paganella é um show à parte, em minha opinião, um dos melhores frotman do rock nacional, com uma performance de tirar o folego, ele simplesmente não para em cima do palco e sabe como ninguém ter o público em suas mãos. Conheço o trabalho do Paganella de outras bandas e posso dizer que ele cresceu muito como vocalista e provavelmente, na Big Twin, ele vive o seu melhor momento.
Única reclamação é que foi um show curto (risos), o restante só veio a confirmar tudo o que estão falando dessa banda. A Big Twin chegou no Republik Bierfest e simplesmente fez um dos melhores show da noite, com muita qualidade, profissionalismo e peso. O furacão Big Twin chegou destruindo tudo e nos deixou com aquele gosto de quero mais.
Só peço uma coisa, assistam o show dos caras, aí vocês vão sentir na pele, tudo o que senti no dia 08 de março.
Viva o rock gaúcho!
Geraldo “Gegê” Andrade blogueiro e vlogueiro a mais de 15 anos. Iniciou sua paixão pelo rock n roll, nos anos 80, quando pela primeira vez, ouviu um álbum da banda KISS. Tem um currículo com mais de 500 shows, de bandas nacionais e internacionais. Um especialista em entrevistas, já tendo entrevistado vários músicos nacionais e internacionais.
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