Resenha: “More Inspirations” – Saxon (2023)
April 2, 2023O álbum é uma ótima continuação de “Inspirations” . A musicalidade é incrível e a produção moderna dá ao trabalho um som novo no século XXI. O Saxon mais uma vez provou que não perdeu o ritmo e não mostra sinais de parar tão cedo.
Admito que não achei uma maravilha o lançamento do Saxon “Inspirations em 2021”, achei um trabalho interessante. Mas então, uma banda como o Saxon pode fazer o que diabos eles querem, não podem? E assim, agora temos “More Inspirations” , outra coleção de músicas que forneceu aos jovens Biff Byford, Paul Quinn e outros o fogo e a paixão para fazer o que eles vêm fazendo há 45 anos.
Com 23 álbuns próprios, e sua cortina final mais próxima do que nunca, talvez seja natural que a banda reflita os efeitos do Father Time; talvez um desejo de olhar para trás em vez de para a frente, pois o passado é mais reconfortante do que o que está por vir. Com Paul Quinn decidindo pendurar suas botas e chapéu, este lançamento se torna ainda mais comovente.
É uma coleção eclética que não oferece muitas surpresas na escolha. Abrindo com “We’ve Got To Get Out of This Place” do The Animals, a marca está definida. É sólido, fiel e agradável ao ouvido. Confesso que não gostei muito de “Faith Healer”. Não tenho estômago para The Sensational Alex Harvey Band (risos), então até mesmo os compassos de abertura de sua música mais popular são como pregos no quadro-negro. Muito melhor é o cover de alta energia de “From the Inside” de Alice Cooper. Um de seus melhores álbuns, a versão do Saxon sobe dois níveis e mostra Biff em boa forma, mesmo que sua voz agora esteja finalmente mostrando sinais de envelhecimento, afinal ele é um ser humano normal como todos nós.
Na sequência temos “Chevrolet”, a faixa ZZ Top de 1972 . É um cover decente, embora seja impossível recriar o estilo inimitável dos Srs. Gibbons, Hill e Beard. Ainda assim, ela ficou muito boa, com os vocais roucos de Biff e o trabalho de guitarra dupla a tornam ardente. “Substitute” do The Who não é nada de especial, mas o Saxon traz uma versão robusta de “Gypsy”, a clássica canção dos recentes companheiros de turnê Uriah Heep, ficou perfeita em minha opinião.
Enfrentar qualquer coisa com Ronnie James Dio cantando é uma jogada corajosa, mas o Saxon atingiu sua melhor forma com a música do Rainbow, “Man on the Silver Mountain”. Biff mantém seu próprio alcance em vez de tentar se aproximar do estilo majestoso de Dio, e funciona melhor do que o esperado. Muito parecido com a versão de “Speed King” em “Inspirations” , Biff sensatamente opta por evitar qualquer tentativa de imitar cantores que estavam no auge há mais de 40 anos.
A próxima eu aguardava com uma expectativa enorme, e o Saxon não decepcionou e nos deu uma versão vibrante de “Detroit Rock City” do KISS, nela a banda mostra a poderosa linha de baixo de Nibbs Carter e a bateria de Nigel Glockler fazendo um show à parte. Há pouco do brio que a guitarra de Ace Frehley trouxe ao original, mas valeu e muito esperar essa versão do Saxon, para um dos maiores clássicos do KISS.
Em minha opinião a melhor ficou por penúltimo, a esmagadora “Razamanaz”. O padrão Nazareth recebe uma revisão real, com a performance de Biff sendo a melhor do álbum para mim. Talvez sejam os tons mais roucos que ecoam o falecido Dan McCafferty que balança, mas seja o que for, toda a banda parece estar no ponto aqui e são três ótimos minutos. E isso deixa para o final, um cover de “Tales of Brave Ulysses” do Cream, que é enérgico e poderoso.
No geral, o álbum é uma ótima continuação de “Inspirations” . A musicalidade é incrível e a produção moderna dá ao trabalho um som novo no século XXI. O Saxon mais uma vez provou que não perdeu o ritmo e não mostra sinais de parar tão cedo.
Músicas
1- We’ve Gotta Get Out Of This Place (The Animals)
2- The Faith Healer (The Sensational Alex Harvey Band)
3- From The Inside (Alice Cooper)
4- Chevrolet (ZZ Top)
5- Substitute (The Who)
6- Gypsy (Uriah Heep)
7- Man On The Silver Mountain (Rainbow)
8- Detroit Rock City (Kiss)
9- Razamanaz (Nazareth)
10- Tales Of Brave Ulysses (Cream)
Geraldo “Gegê” Andrade blogueiro e vlogueiro a mais de 15 anos. Iniciou sua paixão pelo rock n roll, nos anos 80, quando pela primeira vez, ouviu um álbum da banda KISS. Tem um currículo com mais de 500 shows, de bandas nacionais e internacionais. Um especialista em entrevistas, já tendo entrevistado vários músicos nacionais e internacionais.
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