Resenha: “Me7amorphosis” – Hibria (2022)

Resenha: “Me7amorphosis” – Hibria (2022)

February 14, 2022 0 By Geraldo Andrade

O Hibria voltou e com tudo! O novo trabalho do grupo gaúcho, o sétimo álbum de estúdio, “Me7amorphosis”, chegou! A espera foi longa, mas valeu cada segundo!

Confesso que quando a banda teve aquele desmanche, alguns anos atrás, fiquei muito preocupado, ficando só o guitarrista Abel Camargo, e na minha cabeça vinha a pergunta: Será o fim do Hibria? Em minha opinião uma das maiores bandas da história do heavy metal brasileiro. O fim não poderia ser assim, os “Deuses do Rock”, não deixariam essa bonita história acabar assim.

Depois disso, veio a ótima notícia, a banda continuaria e com novos integrantes. Agora me vinha outra pergunta: Os novos integrantes conseguiriam manter o Hibria no nível em que estava?

Aí o guerreiro e incansável Abel Camargo, arremangou as mangas e foi a luta. Já era fã desse cara, mas de tudo o que ele passou, o trabalho que teve, para manter a banda, trabalho de escolher os novos membros, me fez ficar muito mais fã de Abel. Só posso dizer para ele: “Obrigado Abel!!”

Com os novos integrantes sendo anunciados, vi que Abel não estava de brincadeira, confesso que alguns escolhidos eram músicos desconhecidos para mim, mas após ouvir e ver as audições, ali me veio a certeza, de que o Hibria voltaria e com muita força, como dizem, com sangue nos olhos.

Veio o show de estreia da nova formação, em Porto Alegre/RS, no final de 2019. Ali tudo o que eu estava pensando se confirmou, o HIBRIA VOLTOU E MAIS FORTE DO QUE NUNCA!! Assisti ao vivo, o renascimento de uma das maiores bandas de metal do Brasil. Agora falta o novo álbum, para o Hibria mostrar toda a sua força e poder.

E para nossa alegria, a espera acabou, o novo trabalho da banda chegou, a espera foi longa, mas tenho certeza, de que valeu cada segundo dessa espera. Já peço para quem ler a resenha, que me desculpe, vou tentar separar o fã do crítico, confesso que não vai ser fácil, mas espero que todos me entendam.

O novo trabalho do Hibria chama-se Me7amorphosis, sétimo de estúdio, e será lançado dia 25 de fevereiro no Brasil e dia 23 de fevereiro no Japão.

O novo trabalho começa com “War Cry”, e de cara já vai emocionar os fãs da banda. Uma entrada triunfante e mostrando que o Hibria voltou, para o seu devido lugar, no patamar das maiores bandas de metal do Brasil. Um começo pesado, a  essência do grupo parece perpétua. E extremamente incrível a competência musical desta  nova formação.

“Shine” é veloz e pesada, com um trabalho incrível das guitarras de Abel e Bruno, mostrando um entrosamento perfeito e um peso fora do comum, da cozinha formada por Thiago Baumgarten (baixo) e “monstro” Otavio Quiroga (bateria).

“Meaning of Life” é calma e linda, aquela que arrepia, com uma letra que nos vai fazer pensar muito, antes de desistirmos de algo em nossa visa, devemos pensar que a vida não precisa ser perfeita, devemos viver como ela realmente é. Destaque absoluto para a interpretação e voz de Victor Emeka, que aqui mostra, que hoje é o melhor vocalista do Brasil, em minha opinião, disparado na frente de muito medalhão que temos por aí. É lindo ouvir Emeka cantar!

Na sequencia temos uma “velha” conhecida, “Fearless Will”, que já tinha sido apresentada em 2019, o que na época nos deixou com aquela “agua na boca”.

“I Am So Lonely”, querem peso? Aqui peso terão! A banda está perfeita demais nessa música. Guitarras poderosas, cozinha destruidora e os vocais de Emeka perfeitos como sempre. Quero muito ver essa música ao vivo.

“Raging Machine”, poderia muito ser chamado o atual momento da banda: “Máquina Furiosa”. Melhor definição impossível para o Hibria. Aqui, Quiroga simplesmente destrói sua bateria, impressionante o trabalho dele, nesse álbum da banda. E o guerreiro Abel? Não preciso dizer que simplesmente da aula nessa música. Um dos grandes guitarristas brasileiros e o maior “culpado” pelo atual momento que a banda vive, como já disse antes: Obrigado Abel!!

A próxima é mais uma conhecida nossa, pois a banda liberou recentemente, em suas redes sociais, estou falando de “Skyline of the Soul”, aqui temos o Hibria com a sua velha essência e poder. Incrível é a palavra para defini-lá.

“The Racer”, começa em alta velocidade e aqui a banda corre, corre, para seus sonhos mais profundos, como diz a letra. Letra esse que muita gente vai se ver, pois vivemos momentos assim em nossas vidas. Aqui as guitarras são mais uma vez destaque, a dupla Abel e Godinho, tem tudo para se tornarem uma das maiores duplas do Brasil.

Não poderia faltar os convidados especiais, podemos dizer muito especiais, e em “Tribal Mark”, temos “somente” Iuri Sanson, Diego Kasper e  Renato Osorio, nomes importantes na história da banda. É lindo ver a participação de cada um nessa música. Uma vez no Hibria, sempre no Hibria. Ficou fantástico!

Um trabalho desses tem que terminar? Infelizmente sim! E a melhor maneira de fechar o álbum e com chave de ouro, chama-se “A Storm to Heal”. Um final perfeito, com uma banda perfeita, finalizando um trabalho de altíssimo nível, com riffs poderosos, com músicas marcantes e claro, um trabalho PERFEITO!

Acabo essa resenha com um baita sorriso estampado em meu rosto e com a emoção a flor da pele, pois tive o privilégio de ver e ouvir o ressurgimento de uma das maiores bandas da história do metal brasileiro e hoje uma banda com sangue nós olhos, com tesão, com pegada, o velho estilo Hibria voltou, para nossa alegria. Agora é esperar para ver tudo isso ao vivo.

E a banda?
Victor Emeka encaixou perfeitamente na banda, não consigo imaginar a banda, hoje, com outro vocalista. O cara tem um talento fora do comum, carisma de sobra e além disso o cara  foi responsável pela produção do lyric video e da capa do primeiro single do Me7amorphosis, Skyline of the Soul, além de outras peças visuais do HIBRIA. Ele é também publicitário e no Me7a trabalhou na Direção de Criação e de Arte.

Abel Camargo, simplesmente o maior responsável por essa volta do Hibria. Guitarrista fenomenal, e cofundador do HIBRIA, é um dos compositores, letristas, e também produtor executivo de Me7a, ao lado do empresário da banda Ramsés Vidor, da Voiza Records.

Depois te alguns outros baixistas passarem por essa volta do Hibria, em minha opinião, a banda acertou em cheio na escolha de Thiago Baumgarten, escute o álbum e você saberá o que estou falando, é uma revelação no metal brasileiro. Também divide a composição da letra de Skyline of the Soul o vocalista Victor Emeka.

A outra guitarra da banda está nas mãos de Bruno Godinho. Ele faz a dupla de guitarras com o Abel Camargo e muitos já o conhecem por seu exímio trabalho como estudioso das seis cordas, como artista e professor. Neste álbum  Godinho, além de se fixar como guitarrista, incorporou as funções de compositor e produtor musical. Como disse a banda: “Godinho foi como o técnico do nosso time dentro do estúdio, organizando e guiando o trabalho com as músicas para que as coisas saíssem de forma perfeita.”

E o que falar do “Monstro” Otávio Quiroga? Além de assumir a bateria do HIBRIA em Me7amorphosis, foi o responsável pelas percussões e também contribuiu com backing vocals no novo álbum, trazendo um misto de influências. Em minha opinião, ele, hoje é um dos melhores bateristas da nova geração brasileira, pois fez um trabalho fantástico nesse novo álbum da banda. O guri tem muito chão pela frente, tenho certeza de que logo vai estar na lista dos melhores bateristas do Brasil, desbancando muita fera. Guardem esse nome.

Me7amorphosis é mais um fortíssimo candidato a melhor álbum de 2022, um álbum que mostrou a volta e renascimento do Hibria. Para quem é fã como eu, é motivo de alegria e emoção. VIDA ETERNA AO HIBRIA!!

hibria

Tracklist de Me7amorphosis

  1. War Cry
  2. Shine
  3. Meaning of Life
  4. Fearless Will
  5. I Am So Lonely
  6. Raging Machine
  7. Skyline of the Soul
  8. The Racer
  9. Tribal Mark (feat. Iuri Sanson, Diego Kasper and Renato Osorio)
  10. A Storm to Heal

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