Resenha: “Drama” – Marty Friedman (2024)
June 20, 2024Marty Friedman está de volta e melhor do que nunca com seu novo álbum “Drama”, lançado em 17 de maio de 2024!
Desde seu início humilde com Jason Becker no Cacophony, até subir ao palco com seu papel no Megadeth e seu trabalho solo, Marty tem sido um nome líder no mundo da guitarra por quase quarenta anos! Gravado na Itália, o último lançamento solo de Marty, “Drama” nesse trabalho encontramos uma pequena orquestra de cordas e solos de guitarra melódicos e exóticos. O acesso a guitarras vintage, bem como aos modelos exclusivos de Marty durante o processo de gravação, permitiu-lhe gravar uma obra-prima maravilhosa com riffs fortes e pesados, bem como motivos melódicos que qualquer fã de música irá apreciar!
Marty Friedman conseguiu finalmente deixar de lado a referência constante à sua antiga associação ao Megadeth nos últimos anos. O guitarrista é uma figura estabelecida e valorizada, especialmente no Japão, e não é mais confrontado com o seu passado na terra do sol nascente. Mas justamente no momento em que parece ter conseguido fazer isso em outro lugar, recentemente Friedman volta ao palco com seu antigo parceiro Dave Mustaine e é chamado de volta ao antigo time para alguns shows selecionados, que se tornaram inesquecíveis e emocionantes.
No entanto, seria completamente inapropriado continuar usando o selo Megadeth desta vez, porque o artista solo Friedman não tem mais nada a ver com o metal rápido de seus antigos companheiros e agora mudou inteiramente para o violão clássico. A melhor prova disso é o seu novo álbum, no qual Friedman ainda se apresenta como um virtuoso extremo, mas também coloca muito sentimento no seu trabalho e assim amplia o espectro das novas músicas. Entre sons de blues em “Icicles”, a emoção em “Thrill City” e melodias maravilhosas na abertura com “Illumination”, há também alguns números que são definitivamente adequados para o mainstream. A tranquila “Song For An Eternal Child”, por exemplo, assim como “Triumph”, teria se encaixado maravilhosamente no legado do catálogo de baladas do Queen, a sonhadora “Mirage” teria se adequado a uma longa lista de rock AOR tradicional, e isso com vocais.
“Dead Of Winter” acaba sendo uma música cativante que você não está acostumado a ouvir de Friedman nesta forma. No entanto, o guitarrista dá o maior salto no arranjo um pouco mais rico em “Deep End”, que traz lembranças agradáveis da época em que Paul O’Neill deu seus primeiros passos ao lado do Savatage e é a cereja do bolo de um disco realmente excelente.
A orientação mainstream pode facilmente ser tirada do homem de cabelos cacheados, porque as composições ainda são bastante variadas e a sensação ao tocar violão é simplesmente ótima. Resta-nos esperar que em algum momento Marty Friedman deixe de ser visto nestas regiões apenas como o artista que criou alguns clássicos juntamente com o Megadeth. Ele agora também consegue fazer isso como artista solo!
“Drama” é obrigatório para os amantes da guitarra, pois Friedman oferece uma experiência de guitarra inesquecível. Se você gostou dos álbuns “Scenes” e “Introduction”, com certeza irá adorar este. “Drama” apresenta emoções complexas, reviravoltas melódicas interessantes e, acima de tudo, melodias de guitarra impressionantes e arrepiantes. Este já se tornou o meu álbum preferido, sem sombra de dúvida. Friedman é mais do que um excelente guitarrista e “Drama” fará com que eu toque muitas vezes no meu CD-player, este ano, pois já é um dos destaques de 2024! Então, toque alto, pegue sua air guitar e divirta-se!!!
Músicas
1- Illumination
2- Song for an Eternal Child
3- Triumph (Official Version)
4- Thrill City
5- Deep End
6- Dead of Winter
7- Mirage
8- A Prayer
9- Acapella
10- Tearful Confession
11- Icicles
12- 2 Rebeldes (Spanish Vocal)
Geraldo “Gegê” Andrade blogueiro e vlogueiro a mais de 15 anos. Iniciou sua paixão pelo rock n roll, nos anos 80, quando pela primeira vez, ouviu um álbum da banda KISS. Tem um currículo com mais de 500 shows, de bandas nacionais e internacionais. Um especialista em entrevistas, já tendo entrevistado vários músicos nacionais e internacionais.
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