Resenha: “Arsonist of the Soul” – Burning Point (2021)
November 9, 2022 0 By Geraldo AndradeA banda mudou muito de formação ao longo de mais de 20 anos, mas o Burning Point ainda traz a mesma pegada que colocou a banda na vanguarda do power metal finlandês com o álbum “Arsonist of the Soul”.
O álbum “Arsonist of the Soul” apresenta um novo vocalista, Luca Sturniolo, que se encaixou perfeitamente na banda. A adição de outros três novos membros (Jarkko Poussu no baixo, Tuomas Jaatinen na bateria e Matti Halonen nos teclados) deu mais vida à banda.
Este é o tipo de álbum que todos amantes de power metal, vão gostar, especialmente quando é feito com tanto gosto, melodia e inteligência. Com uma dúzia de músicas de 50 minutos, a banda sabe o quanto é demais e não chega a ser um exagero.
O álbum abre com força em “Blast in The Past”, com muita força e poder, com riffs rápidos acompanhados por teclados, mais do que dando forma à música, seguidos pela grande voz de Luca Sturniolo, dando-nos uma carta de apresentação muito eficaz, algumas das músicas viciantes, algumas das quais vão diretamente para uma lista de reprodução. A banda acertou com as contribuições de novos membros Matti Halonen (teclados), Tuomas Jaatinen (bateria) e Jarkko Poussu (baixo).
O trabalho continua com força suficiente na música “Rules The Universe”, que segue o mesmo tema da anterior, coros viciantes e muita melodia. E ainda temos um solo de guitarra muito marcante.
Em “Out of Control (Savage Animals)”, temos heavy metal, que nos lembra um pouco o bom e velho Judas Priest. Simplesmente aqui temos peso.
“Persona non Grata” é onde a voz de Luca Sturniolo parece esplêndida, um show à parte, e com a guitarra beirando a perfeição.
“Arsonist of the Soul”, começa devagar, com um ritmo vago, intensificando-se, envolvendo-se totalmente com sua melodia, tanto o refrão e os solos de guitarra são inacreditavelmente bons, muito na escola de Sabaton ou HammerFall.
Na sequência temos outra grande música, “Hit The Night”, um power metal rápido e melódico, atendendo todos os requisitos que um álbum do gênero deve ter.
“Running in The Darkness”, consegue nos excitar de forma mais que contundente com aquele grande refrão e onde o baixo de Jarkko Poussu soa forte e direto, sentindo a unha vibrar em suas entranhas.
“Calling” é uma música um pouco diferente do que foi entregue até agora, ou que, sem ser ruim, nos dá um refrão interessante. É simples, mas não está desafinada com o estilo ou ritmo do álbum.
“Off The Radar”, tem muitos teclados como base principal e seu tremendo vocalista nos dá muitos agudos que são trabalhados em uma música que é “matadora”, uma mistura de heavy, muito Judas Priest, assim como o mais melódico do power metal, que indevidamente se torna um deleite auditivo, repleto de grandes solos, ótimos coros e um trabalho impecável, minha favorita.
“Fire With Fire”, a bateria aqui me impressiona tremendamente, uma música devastadora, cativante e muito pesada.
“Will I Rise with the Sun”, gostei muito do ritmo que essa música tem e a melodia prevalece em todos os momentos. Daquelas te estremecer as arenas pelo mundo à fora.
Fechando o trabalho temos “Eternal Life”, aliás, um ótimo encerramento, um tema épico com ótimos coros, ótimos momentos instrumentais e muita melodia, datando perfeitamente esse ótimo trabalho.
Gostei muito desse álbum, é claro para mim que eles não estão inventando nada de novo talvez, pois nos dão ótimos riffs, um grande vocalista que dá o seu melhor, onde a melodia é incorporada cada caso, onde as ideias fluem sem a necessidade de maiores complicações ou invenções. Um álbum para os amantes do bom power metal que, acreditem, vai fazer vocês passarem momentos muito agradáveis. Eu recomendo!
Músicas
1- Blast in the Past
2- Rules the Universe
3- Out of Control (Savage Animals)
4- Persona Non Grata
5- Arsonist of the Soul
6- Hit the Night
7- Running in the Darkness
8- Calling
9- Off the Radar
10- Fire with Fire
11- Will I Rise with the Sun
12- Eternal Life
Geraldo “Gegê” Andrade blogueiro e vlogueiro a mais de 15 anos. Iniciou sua paixão pelo rock n roll, nos anos 80, quando pela primeira vez, ouviu um álbum da banda KISS. Tem um currículo com mais de 500 shows, de bandas nacionais e internacionais. Um especialista em entrevistas, já tendo entrevistado vários músicos nacionais e internacionais.
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