Resenha: Angra – Porto Alegre/RS (25/06/2022)
July 2, 2022 0 By Geraldo AndradeO Angra voltou a Porto Alegre, no Bar Opinião, com show da turnê de comemoração de 20 anos de um dos álbuns mais aclamados pela mídia e fãs, o Rebirth, e botou fogo em uma apresentação brilhante.
Lançado em 13 de novembro de 2001, “Rebirth” marcou a estreia de uma nova formação. Que tinha Rafael Bittencourt e o também guitarrista Kiko Loureiro, únicos remanescentes do line-up anterior, o álbum traz os estreantes Edu Falaschi (voz), Felipe Andreoli (baixo) e Aquiles Priester (bateria). É um dos álbuns mais aclamados pela mídia e fãs.
Saindo de Caxias do Sul, que fica à 120 Km de Porto Alegre, num sábado chuvoso e frio. Mas para nossa alegria, depois de uma viagem muito tranquila, com a nossa tradicional, Rupestre Turismo, chegamos à capital gaúcha, perto das 18h, numa noite muito perfeita para um show de rock. Sem chuva e com o característico frio gaúcho.
Na chegada já dava para ver que teríamos mais um grande show no Bar Opinião, filas enormes, esperando abrirem as portas, programado para acontecer às 18h. Alguns dias antes do show, os ingressos esgotaram e isso mostrava que teríamos um Opinião, abarrotado de fãs do Angra, que por sinal, tem uma legião enorme, aqui no Rio Grande do Sul.
Com a casa já com um bom público, pontualmente às 18h30, sobe ao palco a primeira banda de abertura, os gaúchos da Mortticia, o show serviu de divulgação do EP “A Light in the Black”. Lucas Fialho Zawacki (vocal), Lúcio Brenner e Vicente Telles (guitarras), Guilherme Wiersbicki (baixo) e Anderson Dias (bateria), fizeram um bom show, apesar de estarem espremidos num palco, para eles minúsculo, devido ter nada mais, nada menos, que três baterias montadas e toda parafernália de 03 bandas. Além de um som que prejudicou muita a banda, infelizmente é o que acontece na maioria dos shows de abertura. Mas tudo isso, não tirou o brilho da apresentação dos guris, que provaram que possuem muita raça e amor ao que fazem. Guardem esse nome: Mortticia, ainda vamos ouvir falar muito deles.
Já sem uma bateria no palco, agora 02 (risos), também pontualmente às 19h30, entra no palco uma das bandas mais tradicionais do Rio Grande do Sul, a Rage Im My Eyes. Que também divulgou seu mais novo e ótimo trabalho, o EP “Spiral”. A banda dispensa apresentações, fizeram um set poderoso e pesado. Com destaque para o baterista Tiago Caurio, que substituiu o baterista Francis Cassol, que foi impedido de vir ao Brasil, conforme ele em postagem no seu facebook, disse que foi em função de burocracias idiotas e desnecessárias, não conseguiu acompanhar a Rage In My Eyes, nessa tour conjunta com o Angra pelo Sul do Brasil.
Misturando Heavy Metal com elementos da milonga, gênero musical típico do Sul do Brasil, Uruguai e Argentina, a banda mostrou toda qualidade e peso, fazendo um som que presta tributo à história dos pampas. Definitivamente umas das melhores bandas do Sul do Brasil.
Fica aqui meu registro, primeiro show que assisto nesses vários anos de shows, que as apresentações começaram pontualmente como estava no cronograma, fica aqui meus parabéns as equipes envolvidas.
Sendo assim, com um Opinião completamente lotado, às 20h40 sobe ao palco, um dos maiores nomes do metal mundial, o Angra!
Não preciso dizer que com os primeiros acordes de “Nothing to Say”, o Opinião quase vem abaixo, um barulho ensurdecedor dos fãs e uma banda com uma entrada grandiosa, ali começa o tão esperado show do Angra.Na sequência vem a “nova” “Black Widow’s Web”, do álbum Ømni, uma verdadeira paulada e deixando o público cada vez mais “louco”.
É “Rebirth” que vocês queriam? Então agora começa o momento mais esperado da noite, a banda toca na íntegra o tão aclamado álbum, para delírio de todos ali presentes. Foi um momento único e histórico, clássicos como “Nova Era”,
“Millennium Sun”, “Acid Rain” e “Heroes of Sand”, essa última foi emocionante, onde Fabio Lione, comenta que teve o privilégio de gravar com a cantora Sandi, no Dvd Ømni Live, mas agora queria ajuda do público gaúcho, que deu um show à parte, cantando toda música junto com Lione.
E continua o desfile do álbum “Rebirth”, na sequência a banda nos presenteia com “Unholy Wars” e “Rebirth”, essa era um dos momentos mais esperado do set list, outra que emocionou e fez todos cantarem juntos, momento de arrepiar.
A trinca seguinte é matadora, temos “Judgement Day”, “Running Alone” e “Visions Prelude”. À essa altura o Angra já tinha o público em suas mãos, até agora, a palavra que definia o show, era perfeição!
Com o show se aproximando do final, era hora de algumas surpresas, como disse Fabio Lione, deixando um pouco “Rebirth” de lado, a banda toca na sequencia “The Course of Nature”, pesadíssima demais, “Metal Icarus”, “The Shadow Hunter”, “The Rage of the Waters”, a emocionante “Bleeding Heart”, que nessa hora se acendem as luzes dos celulares, dando um toque especial na performance e para finalizar antes do bis, “Upper Levels”.
A banda deixa o palco aos gritos de “Angra, Angra, Angra, Angra”, pois faltava algo, faltava o clássico dos clássicos, chamado “Carry On”!
Para delírio de todos a banda volta aos palcos e já no início de “Carry On”, o Opinião treme, loucura total, impressionante o poder dessa música, não preciso dizer que todos ali presentes, cantaram mais alto que Fabio Lione, uma aula do público gaúcho. Um detalhe muito legal nesse momento, foi que Lione, literalmente “foi pra galera” (risos), o vocalista desceu do palco e cantou no “gargarejo”, junto com o público, que mais uma vez foi a loucura.
Depois de mais de 02 horas de show, uma das bandas mais importantes do metal brasileiro e mundial, o Angra, encerra mais um show emocionante e histórico, na capital dos gaúchos.
Um lance legal nessa tour, é que abanda adicionou um percursionista e um tecladista, ficou perfeito, dando um brilho à mais na apresentação.
A banda esteve numa noite fantástica, as guitarras de Rafael e Marcelo, mostraram que formam uma das melhores duplas do metal brasileiro; Felipe Andreoli é um “monstro”, o que toca esse cara, é impressionante. E Bruno mostrou porque atualmente é um dos bateristas mais requisitados de metal mundial, é só ver as tours mundiais que ele faz, simplesmente destruiu tudo no show. E Fabio Lione? Ouvi muitas críticas de fãs, que se transformam em críticos musicais, dizendo: “O Fabio falhou aqui, falhou lá, o Fábio errou a letra”. Mas se contar num todo, a apresentação de Fábio foi fantástica, tremendo carisma, tem o público em suas mãos. Mas infelizmente, não podemos agradar à todos.
Foi um show fantástico, com uma casa lotada e fãs enlouquecidos, tudo isso transformou perfeita a noite de um sábado gelado na capital gaúcha. Nem tão gelado, porque o Angra esquentou e botou fogo numa apresentação brilhante.
Geraldo “Gegê” Andrade blogueiro e vlogueiro a mais de 15 anos. Iniciou sua paixão pelo rock n roll, nos anos 80, quando pela primeira vez, ouviu um álbum da banda KISS. Tem um currículo com mais de 500 shows, de bandas nacionais e internacionais. Um especialista em entrevistas, já tendo entrevistado vários músicos nacionais e internacionais.
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Geraldo "Gegê" Andrade blogueiro e vlogueiro a mais de 15 anos. Iniciou sua paixão pelo rock n roll, nos anos 80, quando pela primeira vez, ouviu um álbum da banda KISS. Tem um currículo com mais de 500 shows, de bandas nacionais e internacionais. Um especialista em entrevistas, já tendo entrevistado vários músicos nacionais e internacionais.