Entrevista: PRIKA AMARAL, guitarrista do power trio feminino de maior sucesso do mundo, NERVOSA!
November 2, 2019A Nervosa se tornou um dos maiores nomes do heavy metal brasileiro, em 2018 lançaram, aquele que e considerado o melhor trabalho da carreira, o álbum ‘Downfall Of Mankind’ e as turnês que passam todo o planeta, não param. Conversamos com a guitarrista Prika Amaral, que nos falou disso tudo, da expectativa de tocar no Rock In Rio, em outubro e muito mais!
Foto: Divulgação Nervosa
Em primeiro lugar muito obrigado por ter aceito o convite para entrevista:
Obrigada você pelo espaço e oportunidade.
Vamos começar falando do álbum ‘Downfall Of Mankind’, podemos dizer que esse é o melhor trabalho da banda? Aquele que colocou a Nervosa como uma das melhores bandas de metal do Brasil?
Em questão de amadurecimento e evolução sim, tivemos mais tempo para compor que os outros discos, não tanto quanto deveria, mas para mim tivemos um resultado muito bom. Gosto muito desse disco, consegui o som de guitarra que eu tanto busquei durante anos e me superei em algumas limitações que tinha. Tenho um carinho especial por ele.
Esse foi o primeiro álbum com a baterista Luana Dametto. Depois de várias trocas de bateristas, podemos dizer que agora encontraram a pessoa certa?
Sim, a Luana gosta de estar na estrada, gosta do que faz e está disposta a se dedicar em tudo o que a banda precisa, e isso para mim é essencial. E além disso toca muito bem. Mas o que torna uma pessoa não certa para uma banda é quando isso muda.
Como vocês chegaram ao nome da Luana Dametto?
Quando a Pitchu saiu da banda perguntamos para muitos amigos se eles conheciam alguma baterista brasileira e mulher obviamente, e o Edu do Nervochaos me indicou a Luana e depois de ver alguns vídeos dela tocando já entrei em contato imediatamente.
Foto: Renan Facciolo
Nesse álbum tivemos as participações João Gordo (Ratos de Porão), Rodrigo Oliveira (Korzus e Armored Dawn) e Michael Gilbert (Flotsam and Jetsam). Fale um pouco sobre essas participações?
O João Gordo já estava em nossa mente para fazer uma participação, e segundo a Fernanda ela encontrou com ele num show e ele se ofereceu para fazer uma letra e cantar numa música contra os machistas, o que foi perfeito! A participação do Rodrigo ocorreu quando estávamos compondo a bônus track “Selfish Battle” que é uma música Heavy Metal, e a Luana não se sentia muito confortável em compor um estilo musical do qual ela não é muito fã, e então buscamos o Rodrigo que é um amigo e apoiador da banda desde o começo. O Michael Gilbert é um guitarrista genial e muito amigo nosso, como era uma música heavy metal, achei legal ter dois solos, um dele e um meu, e ele fez isso maravilhosamente bem.
Em 2017 vocês tocaram com Destruction, Venom Inc. e Suffocation, na Europa, como foram esses shows?
Tocar ao lado de bandas grandes e com muita experiência é sempre muito gratificante. É uma experiência incrível e sempre aprendo muitas coisas. Mas o mais importante de tudo são as amizades que ficam.
Foto: Divulgação Nervosa
Tem alguma banda que você ainda sonha em dividir o palco? E porquê?
São muitas na verdade, Slayer, Black Sabbath, Judas Priest, Iron Maiden, etc…
Nesses shows fora do Brasil, vejo muitos fãs que acompanham a banda, possuem tatuagens da banda. O que você pode falar sobre esse reconhecimento mundial?
É muito louco, é um reconhecimento muito grande e só espero ser boa suficiente para que eles nunca se arrependam.
E a polemica com o Venom, em 2017 no Chile, onde o show de vocês, foi abreviado em apenas três músicas. O que você pode nos falar sobre isso?
É uma coisa normal que acontece infelizmente. Mas eu não sei bem o porquê aconteceu de cortarem o nosso show pois nada estava atrasado.
Foto: Thiago Santos
Ídolos de vocês, como Mille Petrozza (Kreator), Schmier (Destruction) e Tom Warrior (Celtic Frost), hoje em dia se tornaram amigos e fãs da Nervosa. Já caiu a ficha sobre isso?
Sim já caiu a ficha porque já faz um bom tempo, mas eu me sinto muito grata pela oportunidade, são pessoas que são exemplo para mim não só como músicos, mas como pessoas também.
Qual a expectativa de tocar no maior festival de música do mundo, o Rock In Rio?
Já estou com insônia desde já (risos), é muita ansiedade e cobrança de mim mesmo para fazer o melhor. E isso vai ser uma realização de vários sonhos, tocar num dos maiores festivais do mundo, tocar no maior festival no Brasil, tocar no mesmo palco que Slayer e Anthrax, e além disso dividir todo esse sonho com as bandas dos nossos grandes amigos Claustrofobia e Torture Squad. Melhor que isso impossível. Vai ser inesquecível sem dúvidas.
Foto: Divulgação Prika Amaral
Recentemente perdemos um dos melhores vocalistas do mundo Andre Matos. O que você poderia falar de Andre e a importância dele para o metal brasileiro e mundial?
Não tive a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente, mas tudo o que sempre ouvi sobre ele era sempre coisas muito boas, era uma pessoa muito querida por todos. O estilo dele de cantar não é muito a minha praia, mas é inegável o talento dele, e a importância para o metal mundial, sem dúvidas foi uma perda muito grande.
Você é endorse de quais marcas?
Kramer guitars, Pedrone Amplificadores, Tiaflex cabos, Ed’s Mod Shop pedais, Aline Knox Tatuagem e Espaço Som Estúdio.
Foto: Divulgação Prika Amaral
Planos para o restante de 2019?
Continuar a turnê de divulgação do Downfall Of Mankind, mas dessa vez no Brasil e América do Sul.
Um recado final para os fãs e leitores do site:
Obrigada a todos por apoiar as bandas, a cena e os meios de comunicação, isso é muito importante para sobrevivermos unidos pelo amor a música, ao rock, e ao metal.
Discografia
Victim of Yourself
2014
Agony
2016
Downfall of Mankind
2018
Visite o site www.nervosaofficial.com
Geraldo “Gegê” Andrade blogueiro e vlogueiro a mais de 15 anos. Iniciou sua paixão pelo rock n roll, nos anos 80, quando pela primeira vez, ouviu um álbum da banda KISS. Tem um currículo com mais de 500 shows, de bandas nacionais e internacionais. Um especialista em entrevistas, já tendo entrevistado vários músicos nacionais e internacionais.
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