O Slipknot fechou a segunda noite do Download Festival Madrid 2019 trazendo a turnê do seu novo disco “We Are Not Your Kind” que conta com novo palco, novas máscaras, novo integrante e mais pesados do que nunca.
Já assisti o Slipknot algumas vezes, mas estar diante do palco desses malucos mascarados de Iowa gera sempre uma grande expectativa. A banda está começando a turnê do novo e ainda não lançado álbum “We Are Not Your Kind”, e traz um show cheio de novidades, além de um novo integrante que ocupou o lugar deixado pelo percussionista Chris Fehn, que saiu recentemente após um desentendimento por motivos financeiros com seus ex-colegas de banda.
Ao cair o pano que cobre o palco, o show começa com a pesada “People = Shit” do álbum “Iowa” de 2001, e coloca toda a galera para pular já nos primeiros segundos do espetáculo, enquanto aparece todo o visual da nova turnê com muitas luzes, vídeos e fogos, além de uma esteira onde o DJ Sid Wilson, utilizando uma nova máscara completamente diferente das anteriores, faz a festa deslizando e dançando no seu já conhecido estilo pouco convencional.
O show segue com músicas do primeiro disco ‘Slipknot’, lançado em 1999, como “(sic)” e “Get This”, que encontra-se somente na versão Digipak do mesmo álbum. A nova música “Unsainted”, que deu sequência ao show, se encaixa perfeitamente ao setlist do show e é recebida pelo público como se fosse tocada há anos.
Votando aos primórdios da banda com músicas como “Disasterpiece”, do disco ‘Iowa’ de 2001, e botando todo mundo para pular ao iniciar o riff da ótima e conhecida “Before I Forget”, Corey Taylor esbanja simpatia chamando todos de “friends” e “family” e convidando a galera à completar a frase“If you’re 555, then I’m 666” da próxima música “The Heretic Anthem”.
O show começa a esquentar ainda mais com “Psychosocial”, que dispensa apresentações e “The Devil In I” , grande música do álbum ‘.5: The Gray Chapter’, de 2014.
Apesar da noite quente do verão madrilenho e a banda estar usando roupas aparentemente não muito apropriadas para o clima, eles tocaram com muita energia e uma pegada pesada e agressiva continuando o show com “Prosthetics” do álbum ‘Slipknot’.
As primeiras notas de “Vermilion” enlouquecem a galera, fazendo esse ser um dos pontos mais altos do show e a pauleira continua com “Custer”, “Sulfur”, e o single “All Out Life”, encerrando em grande estilo com a ótima “Duality”.
Após uma breve parada a banda retorna com duas do primeiro disco, “Spit It Out”, onde Corey Taylor demonstra o total controle do show pedindo para todos se abaixarem e fazendo os milhares de fãs pularem feito loucos ao seu sinal, não deixando ninguém parado, e encerrando o show com “Surfacing”, confirmando que a banda está mais pesada que nunca nessa turnê.
Confesso que ainda guardo a primeira vez que vi um show do Slipknot em 2005 em São Paulo, como a que mais me impressionou, mesmo com poucos recursos visuais e menos músicas conhecidas que atualmente, mas aqueles nove mascarados enlouquecendo no palco eram uma grande novidade para os olhos e ouvidos na época e foi muito marcante. Fato é que a banda está cada vez maior, mais forte e com um show recheado de hits, independente da formação, tornando um espetáculo único e digno de ser uma das maiores bandas de heavy metal do mundo e headliner de qualquer grande festival.
SETLIST
1. People = Shit
2.(sic)
3. Get This
4. Unsainted
5. Disasterpiece
6. Before I Forget
7. The Heretic Anthem
8. Psychosocial
9. The Devil in I
10. Prosthetics
11. Vermilion
12. Custer
13. Sulfur
14. All Out Life
15. Duality
Encore:
16. Spit It Out
17. Surfacing
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