DGM: “Endless”, novo álbum já disponível no Brasil pela parceria Shinigami Records/Frontiers Music

Segundo o guitarrista Simone Mularoni, “Endless” é “o primeiro álbum realmente conceitual da banda. E é o primeiro álbum do DGM que inclui muito mais momentos dinâmicos e acústicos do que os anteriores. Se até agora sempre pisamos no acelerador e aumentamos a potência, desta vez optamos por incluir muito mais momentos reflexivos, misturando o rock progressivo mais clássico com partes que são tipicamente do estilo DGM”

Com “Endless”, o DGM alcança o grande marco de lançar o seu décimo segundo álbum de estúdio e raramente uma banda consegue evoluir e apresentar dois álbuns impressionantes em um período de tempo relativamente curto, mas foi exatamente isso que o DGM fez, entregando um novo trabalho que mostra uma mudança substancial em comparação com o aclamado “Life”, lançado no final de 2023.

“Endless” narra a jornada imaginativa de um homem para entender as escolhas que moldaram sua vida. Por meio de uma narrativa vívida, o álbum explora a eterna questão: “Como a minha vida seria se eu tivesse seguido por outro caminho?”

A primeira parte do álbum representa a autorreflexão do protagonista sobre as suas circunstâncias atuais. Ele luta com a incerteza sobre as decisões que o levaram aonde está e se pergunta sobre as possíveis vidas que não viveu. A seção do meio relembra alguns momentos cruciais. Com a clareza da retrospectiva, o personagem imagina linhas do tempo alternativas surgindo de escolhas hipotéticas.

O ouvinte consegue sentir a angústia e o arrependimento pelas oportunidades perdidas. No ato final, o nosso herói chega ao fim de sua busca interior. Embora mais velho e sábio, ele continua sendo atormentado pelo inexplicável “porquê” por trás da estrada sinuosa da vida. Temas de destino e livre arbítrio colidem nas últimas notas persistentes do álbum.

Em síntese, “Endless” transcende a história de um homem por meio da universalidade de seu conceito. Todos nós temos momentos em que nos perguntamos sobre os caminhos não percorridos. Ao explorar a pluralidade de possibilidades, esse álbum incentiva o auto perdão e a vida plena na jornada que ainda temos pela frente.

Musicalmente, “Endless” apresenta um lado diferente da banda, expondo várias influências diferentes, como o Rock Progressivo dos anos 70 (do Kansas, Yes e Jethro Tull, entre outros) e uma pitada do Rock Progressivo italiano (como o praticado pelo Banco del Mutuo Soccorso ou o Premiata Forneria Marconi, também conhecida como PFM).

Diferentes instrumentos, como violinos, flautas e saxofone, aparecem nas músicas, mas ainda assim a banda não perde sua marca registrada de um Prog Metal contemporâneo e apresenta o seu álbum mais maduro, relevante e absolutamente deslumbrante de todos os tempos.