CRYPTA: Entrevista exclusiva com a guitarrista holandesa SONIA ANUBIS
May 28, 2020Conversamos com a guitarrista SONIA ANUBIS, que nos atendeu diretamente da Holanda e contou um pouco sobre sua trajetória, sua saída da Burning Witches e a expectativa de começar o trabalho ao lado das brasileiras Fernanda Lira e Luana Dametto na nova banda de Death Metal, CRYPTA.
Ela ficou conhecida como a guitarrista da Burning Witches e recentemente deixou a banda. Agora faz parte da banda Crypta, juntamente com as ex-Nervosa Fernanda Lira e Luana Dametto, mais Tainá Bergamaschi, ex-Hagbard, o quarteto que atualmente trabalha em finalizar as músicas de seu primeiro trabalho, ainda a ser gravado.
Conversamos com Sonia Anubis, que nos contou um pouco da sua história, das suas experiências, da sua expectativa de começar o trabalho como guitarrista da Crypta e muito mais.
Foto: Divulgação Sonia Anubis
Muito obrigado por aceitar o convite para esta entrevista?
Muito obrigado a você por me receber nesta entrevista!
Quem é Sonia Nusselder? Conte-nos um pouco da sua história, como começou sua paixão pela guitarra?
Sou uma guitarrista e baixista de 21 anos que vive na Holanda. Minha paixão pela música começou quando eu tinha 14 anos, eu tinha uma grande obsessão pela banda KISS e foi isso que me fez começar a tocar baixo. Mais tarde comecei a tocar guitarra também. Quanto mais eu gostava de música, maior minha paixão pelo gênero extremo.
Foto: Divulgação Sonia Anubis
Quais são as suas maiores influências?
Meus músicos / artistas favoritos continuam mudando de tempos em tempos, haha. Mas agora minhas influências atuais são YNGWIE MALMSTEEN, DOKKEN e W.A.S.P.
Você nasceu e vive na Holanda, como é a cena do rock no seu país?
Nasci na Holanda, mas morei em 11 anos em Barcelona, Espanha. Mais tarde me mudei para a Holanda novamente. Temos uma cena de metal pequena mas forte aqui na Holanda. Temos alguns locais legais de metal aqui, como Baroeg Rotterdam e Little Devil em Tilburg! Eles sempre trazem shows de bandas legais de metal. Os holandeses adoram o metal extremo!
Foto: Divulgação Sonia Anubis
Você acabou de sair da banda BURNING WITCHES. Por que você deixou a banda?
Saí da BURNING WITCHES por motivos pessoais, indiferenças e opiniões diferentes sobre certas coisas da banda. Isso já era um problema antes do anúncio da CRYPTA. E eu tive que pensar muito bem, já que levei meu papel na banda muito a sério e vi que essa era uma chance muito grande na minha vida musical. De alguma forma, realmente não funcionou dentro da banda para mim, então tive que tomar essa decisão.
E agora você faz parte da nova banda CRYPTA? Como aconteceu o convite para se juntar à banda?
Nossa primeira interação juntas foi há mais de um ano. NERVOSA e BURNING WITCHES fizeram um show juntos em Luzern, na Suíça. Tivemos uma conversa muito curta, mas a partir daí mantivemos contato através das redes sociais. Tivemos algumas conversas, mas nada de especial, mesmo que eu as ache muito legais, e elas aparentemente me achem legal também, haha. Depois de um tempo, Luana e Fernanda entraram em contato comigo para iniciar um novo projeto (junho de 2019), com o qual concordei na hora. E esse foi o começo do CRYPTA.
Fernanda Lira e Luana Dametto, tornaram-se conhecidas mundialmente por fazer parte da NERVOSA. Qual é a expectativa de tocar ao lado dessas brasileiras?
Eu tenho observado elas há muito tempo, principalmente por causa da vibração e presença no palco. Pude ver no olhar delas quando estavam no palco que tinham um verdadeiro fogo de paixão selvagem pelo que estavam fazendo. E me surpreendeu o quão brutais elas são, poucos músicos são tão expressivos no palco. Desde o momento em que conheci a existência delas, sempre pensei: como seria tocar com elas no palco. Mal posso esperar para subir ao palco pela primeira vez com essas garotas, porque elas são legais como o diabo.
Quando tudo voltar ao normal, você certamente virá ao Brasil várias vezes, certo? Quais são as suas expectativas sobre isso?
Eu espero que isso aconteça, e eu adoraria!!!!
Foto: Divulgação Sonia Anubis
Como foi participar do Wacken Open Air da Alemanha e do Sweden Rock?
Foi uma experiência incrível e inesquecível. Um sonho que se tornou realidade! Ambos os festivais foram os destaques da minha carreira musical. Espero tocar nesses festivais novamente com a CRYPTA e COBRA SPELL.
Você tem outras bandas ou projetos?
No momento, minhas duas bandas principais são CRYPTA e COBRA SPELL.
O que você sabe sobre o rock feito no Brasil?
Honestamente, eu não conheço nenhum rock brasileiro … que pena, certo? Vou pedir aos meus amigos brasileiros algumas recomendações!
E o que você sabe sobre o público brasileiro?
Eu tenho visto em vídeos, eles parecem um público extremamente apaixonado e dedicado! Mal posso esperar para tocar aí!
Vamos falar sobre uma questão global? Como está a situação na Holanda com o COVID-19?
Está lentamente melhorando aqui. Temos permissão para sair, mas ainda temos que manter a distância de 1,5 metros. Aqui, espera-se que os eventos comecem novamente em setembro. Eu realmente mal posso esperar para acabar, já faz muito tempo que eu não vejo meu namorado (ele mora nos EUA e não podemos ainda viajar de avião) e estou morrendo de vontade de vê-lo novamente…
Com tantas bandas cancelando shows, você acredita que os shows acontecerão novamente em 2020?
Eu realmente espero que sim, eu estou super ansiosa para subir no palco e fazer uma turnê!
Desejamos a você todo sucesso e poderia deixar uma mensagem para os seus fãs e leitores da Revista Freak?
Da CRYPTA, você pode esperar muita brutalidade e death. Os riffs serão esmagadores, a bateria será implacável e os vocais serão brutais. Todas nós vamos dar 100% de paixão e amor pelo death metal. E esperamos que as pessoas sintam isso também quando lançarmos nossa música no futuro. Além disso, continue apoiando sua cena local e iniciando bandas, para manter viva a cena underground do metal!
Obrigado por me receber nesta entrevista e se mantenha brutal!
Geraldo “Gegê” Andrade blogueiro e vlogueiro a mais de 15 anos. Iniciou sua paixão pelo rock n roll, nos anos 80, quando pela primeira vez, ouviu um álbum da banda KISS. Tem um currículo com mais de 500 shows, de bandas nacionais e internacionais. Um especialista em entrevistas, já tendo entrevistado vários músicos nacionais e internacionais.
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