Entrevista: O baixista MARCO MENDOZA fala sobre seu novo disco solo “Viva La Rock” e muito mais em Entrevista Exclusiva!

Gema: Tem um documentário do The Dead Daisies em Cuba! Como foi sua experiência em um país tão politicamente fechado?

Marco: A gente estava fazendo uma tour pelo EUA e a conversa apareceu com o Darryl Jones o baixista do Rolling Stones, grande pessoa! Ele estava fazendo uma tour com o Dead Daisies, me substituindo, porque eu tinha que cumprir uns shows no Reino Unido, e acabamos amigos. Um dia na tour quando estávamos todos reunidos, os agentes quiseram saber qual lugar no mundo que queríamos tocar, e eu disse que adoraria ir a Cuba, e todos concordaram, por ser quase impossível ir lá como americanos.  Eu já toquei com muitos cubanos, latinos e eu amo o som. Já toquei com os melhores artistas cubanos que residem nos EUA.

Nos responderam que tinha uma oportunidade de ir. Mas o vocalista Joe Stevens tinha um problema na Austrália e não poderia ir, e ele já estava considerando deixar o The Dead Daisies pela sua carreira solo. Era um ótimo cantor! E agora o que fazemos? Lembrei do John Corabi!!!

Eduardo: Que boa escolha!!

Gema: Sim, a melhor escolha!

Marco: John Corabi é aquele tipo de cara que não atende o telefone, mas mandei um e mail explicando que iríamos fazer uma audição com ele porque tínhamos uma tour com o Kiss, discos para gravar e muita coisa à fazer. Corabi me respondeu em duas horas e eu expliquei para ele que tínhamos essa banda, os músicos eram excelentes, as músicas também e nós estávamos indo para Cuba e que ele considerasse ir também. Ele disse que iria pensar. No dia seguinte me ligou e disse que aceitava sem compromissos e que iria à Cuba, e fomos documentamos tudo e para mim foi uma experiência incrível! Eu cresci no México e vocês no Brasil, o ritmo está na gente! Em Cuba, a música está nas ruas como no Brasil, e eu estava no paraíso com os charutos, a música e o clima! 

Fizemos de tudo, revezamos o baixo, cantei! É um país com necessidades de se reconectar ao mundo e te digo que quando voltei, voltei um ser humano melhor, um músico melhor e você se da conta que é uma benção poder ser músico e pagar suas contas com isso. Somos muito sortudos!

Eu saí de lá espiritualmente melhor!! Saí muito bem de lá!! E quando chegamos nos EUA, todos nós estávamos impressionados com John Corabi! Pela sua história, seu estilo de front man e pela sua grande voz! É um cara muito engraçado! E depois de toda nossa história em Cuba, intitulamos nosso álbum de “Revolución”.

Anos depois os Rolling Stones também foram para lá!!