Entrevista: vocalista da banda americana Circus of Power, ALEX MITCHELL, fala diretamente ao público brasileiro
October 22, 2019 0 By Edu RodConversamos com Alex Mitchell, vocalista da lendária banda de Nova York “Circus of Power” que pela primeira vez fala diretamente ao público brasileiro.
Tivemos o prazer de conversar com Alex Mitchell, vocalista fundador do Circus of Power, banda que surgiu no final dos anos 80 entrando em cena com muita atitude, marcando uma nova fase do rock de Nova York e trazendo à tona novamente o mais puro rock n’ roll com direito a couro, motos e muitas tatuagens.
Após lançar dois discos que chamaram a atenção do público e da mídia, o Circus acabou sendo contratado por uma grande gravadora e se mudando para Los Angeles, onde gravaram seu terceiro álbum intitulado “Magic and Madness” que contou com grandes participações como Jerry Cantrell (Alice in Chains) e Ian Astbury (The Cult), mas se desfazendo pouco tempo depois de seu lançamento. Após algumas aparições esporádicas, a banda retornou com um novo álbum e uma diferente formação em 2017. Fomos perguntar diretamente à Alex Mitchell um pouco sobre o que aconteceu nesse período e a atual situação da banda. Check it out!
Photo: Divulgação Circus of Power
Primeiramente gostaria de agradecer em nome da Revista Freak e de todos os fãs brasileiros do Circus of Power por nos conceder essa entrevista. Para começar gostaria de dizer que o Circus sempre foi uma das minhas bandas prediletas e trilha sonora na minha adolescência. No final dos anos 80, vocês sabiam que a música de vocês chegava tão longe e tinham fãs no Brasil?
Não. Eu não sabia que tínhamos muitos fãs no Brasil, mas isso me deixa feliz! É um país que eu gostaria de ver.
Você poderia contar um pouco como surgiu o Circus of Power? Como você conheceu os integrantes da primeira formação e como conseguiram se destacar no cenário rock de Nova York nos anos 80?
Houve uma espécie de migração do sul da Flórida para Nova York por volta de 1980, em sua maioria amigos de punk rock / rock n’ roll que eram músicos ou apenas viviam a subcultura. Gary e Ricky e Joey Maya, nosso primeiro baterista, eu conheci de Miami e os outros caras entraram depois. Tempos mágicos.
Dos álbuns de estúdio do Circus, algum da sua preferência?
Meu álbum favorito do Circus é o primeiro. Eu gosto dos outros também, ‘Four’ tem algumas músicas que eu realmente amo também.
Quais suas influências e o que você gosta de escutar atualmente?
James Brown, Iggy Pop, The Doors, The Clash, Siouxie Sioux, Motorhead, Slayer, Joni Mitchell, a lista continua … novas bandas? Merda, eu não sei, eu praticamente não gosto de nenhum, mas meus ouvidos estão abertos.
Voce já trabalhou com nomes como Jerry Cantrell do Alice in Chains e Ian Astbury do The Cult, entre outros, mais alguém que você gostaria de fazer ou ter feito uma parceria?
Mike Ness, Tim Armstrong … Eu acho que ambos os caras são muito talentosos. Josh da Queens Of The Stone Age e o produtor Chris Goss (Kyuss / Queens of the Stone Age).
Após dois álbuns bem sucedidos e o lançamento de “Magic & Madness” por uma grande gravadora, o Circus acabou parando. Por que isso aconteceu em um momento que parecia ser ótimo para a banda?
Desligamos nossas guitarras porque isso não estava acontecendo mais para nós como uma banda … a química tinha fracassado.
Após o fim do Circus você esteve envolvido em outros projetos como o “Fat Nancy” e “Captain Zapped”, você pode contar um pouco sobre essas experiências?
Ambas as bandas estavam com Sharkey (baixo) que está agora no Circus Of Power e Billy (guitarra), que tem sido um colega de banda há muito tempo. Fizemos algumas malditas boas músicas juntos. ‘Hot Lottie’ (Fat Nancy) é uma delas.
Você também tem sua carreira de escritor, tendo lançado livros e escrito para Far West Almanac. Algum novo trabalho nesse segmento em vista?
Meu melhor livro é “The Strange Case Of The Flying Meatballs“, é sobre os últimos anos da vida de meu pai quando ele teve Alzheimer. Você pode obtê-lo no Lulu.com. Deveria ser um best seller, mas você sabe como as pessoas são, a maioria delas não entende muito. Um novo saindo no próximo mês.
Como você vê esse momento do rock com muitas grandes bandas acabando ou anunciando aposentadoria como Motorhead, Kiss, Black Sabbath, Slayer entre outras? Qual futuro você acredita para o rock n’ roll?
Eu realmente não me ligo muito em quem está parando, a música é para sempre, mesmo quando as pessoas morrem suas artes e espíritos continuam vivos … e no que diz respeito ao futuro do rock, quem diabos sabe. Uma questão maior é quanto tempo a raça humana ficará por aqui.
O Circus reapareceu em 2006 com a formação clássica, e depois vimos aparições esporádicas até a formação que gravou o álbum “Four” que traz ótimas músicas como “Hard Drivin’ Sister” e “Fast and Easy,” de 2017 . Como você vê o momento atual do Circus e quais são os planos futuros da banda?
Nós lançamos ‘Four’ no ano passado e estamos lançando um e.p. em alguns meses. Temos um novo vídeo chamado “Save The American Wolf” no YouTube e ‘Child Of Mother Earth’ é outra nova música que lançamos recentemente. Adoro gravar novas coisas.
Alguma chance do Circus of Power vir ao Brasil?
Acredite, se a oportunidade aparecer estaremos lá em um segundo. Dedos cruzados!
Para finalizarmos, algum recado para os fãs brasileiros?
Minha mensagem para o Brasil é amor. Paz tá foda!
DISCOGRAFIA CIRCUS OF POWER:
Circus of Power
Vices
Magic and Madness
Four
Mais informações: https://www.facebook.com/circusofpower/
Designer e músico apaixonado por arte e rock n’roll. Gaúcho de Porto Alegre, já morou em São Paulo, Nova York e atualmente reside em Madri, na Espanha. Em seu currículo como músico tem passagem como baixista das bandas Rosa Tattooada (Porto Alegre), Jungle Junkies (NY) e Monodrive (SP).
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