Resenha: Nightwish – HUMAN. :|: NATURE (2020)
April 15, 2020 0 By Geraldo Andrade2020 está sendo um ano com ótimos lançamentos, e esse novo álbum do NIGHTWISH, HUMAN. :|: NATURE, vai dar muito o que falar, pois em minha opinião é um dos melhores lançamentos da banda, em toda sua história.
Finalmente foi lançado o tão esperado HUMAN. :|: NATURE do Nightwish, um álbum duplo com 17 faixas. 2020 está sendo um ano com ótimos lançamentos, e ainda nem chegamos na metade do ano e esse trabalho do Nightwish vai dar muito o que falar, pois em minha opinião é um dos melhores lançamentos da banda, em toda sua história.
Na formação atual da banda, temos Floor Jansen (vocais), Tuomas Holopainen (teclados), Emppu Vuorinen (guitarra), Marco Hietala (baixo e vocal), Troy Donockley (multi instrumentista e vocal) e Kai Hahto (bateria).
A faixa de abertura “Music” começa com uma longa introdução que define imediatamente o que vai ser o álbum. No início, a introdução parece que alguém está forjando algo, mas logo é combinada com todos os tipos de sons da natureza. O começo incorpora um tipo de som folclórico antigo, com uma sensação muito primitiva. Depois de mais ou menos um minuto, a música finalmente decola, incluindo as melodias de Troy Donockley. Depois que esta introdução é concluída, começamos a ouvir os primeiros vocais. Em minha opinião, os vocais mais complexos que Floor Jansen já teve que cantar. Destacando também um ótimo solo da guitarra.
“Noise” é talvez uma das melhores músicas do álbum, talvez porque tenha sido a primeira música que foi escrita depois de “Endless Forms Most Beautiful”. Tem um ótimo riff e ainda tem uma identidade típica do Nightwish, um riff enigmático define a música. Mostra uma banda muito entrosada e que vive um grande momento na sua história.
“Shoemaker” é talvez uma das músicas mais dificeis do álbum, pois está longe de ser aquela que todos vão gostar e parece mais uma obra de arte, com ótimas harmonias. Quando você acha que a música estava finalmente terminando, é pego de surpresa com os vocais operísticos, com o registro vocal de Jansen atingindo alturas fora do comum, que grande vocalista, seu potencial aumenta, e muito, o nível desse trabalho.
“Harvest” é aquela música que emociona, cantada por Troy Donockley, acompanhada por uma bateria tribal. Esta é uma das faixas mais cativantes do álbum, então não é nenhuma surpresa que ela tenha sido escolhida para ser seu segundo single.
“Pan” é talvez uma das músicas mais pesadas do álbum. Tem batidas poderosas, mas começa com uma bela melodia de piano e inclui vocais suaves de Floor Jansen.
“How’s The Heart” é aquelas que todos vão gostar, pois é, digamos, alegre no começo e com um refrão que cativa. Ela é simples e toca o ouvinte, pois você pode prestar mais atenção nas letras. Aqui temos o “velho” Nightwish!
“Procession” é talvez a música mais emocionante do álbum.
“Tribal”, a minha favorita do álbum, mostra um lado mais estrondoso da banda. A bateria é talvez a melhor coisa da música, pois é sombria e pesada. Ao mesmo tempo, a música tem uma sensação quase de outro mundo e incorpora elementos folclóricos. Tudo isso é combinado com vocais impressionantes e agressivos de Floor Jansen, o final da música tem elementos tribais de bateria, que são perfeitos.
A última música da primeira parte, “Endlessness”, apresenta Marko Hietala nos vocais. A banda ainda consegue surpreender o ouvinte com esta última música, quase um doom metal. Sem dúvidas nenhuma foi a melhor opção para terminar a primeira parte.
A segunda parte nos traz a faixa “All The Works Of Nature Which Adorn The World”, que está dividida em oito partes e tem 30 minutos, com instrumentais, uma longa faixa onde de vez em quando aparece uma voz que recita algumas palavras sobre a natureza, sendo esta a parte dedicada a tratar esse tema durante os oito capítulos. Tuomas descreve essa parte do disco como uma carta de amor ao planeta Terra.
“Humano. : II: Natureza. ”, achei diferente de tudo que o NIGHTWISH já fez antes. Embora tenha ingredientes sempre usados pela banda presentes nessa, digamos, receita, como as melodias, com alguns pedaços folclóricos e os riffs de guitarra agressivos, e há uma atmosfera geral diferente. Músicas estruturadas um pouco mais como as músicas clássicas são estruturadas e focadas nos vocais. O álbum é uma ótima adição à discografia da banda, valeu e muito a espera por esse trabalho.
Disco I
- Music
- Noise
- Shoemaker
- Harvest
- Pan
- How’s the Heart?
- Procession
- Tribal
- Endlessness
Disco II
- All The Works Of Nature Which Adorn The World – Vista
- All The Works Of Nature Which Adorn The World – The Blue
- All The Works Of Nature Which Adorn The World – The Green
- All The Works Of Nature Which Adorn The World – Moors
- All The Works Of Nature Which Adorn The World – Aurorae
- All The Works Of Nature Which Adorn The World – Quiet As The Snow
- All The Works Of Nature Which Adorn The World – Anthropocene (incl. “Hurrian Hymn To Nikkal”)
- All The Works Of Nature Which Adorn The World – Ad Astra
Geraldo “Gegê” Andrade blogueiro e vlogueiro a mais de 15 anos. Iniciou sua paixão pelo rock n roll, nos anos 80, quando pela primeira vez, ouviu um álbum da banda KISS. Tem um currículo com mais de 500 shows, de bandas nacionais e internacionais. Um especialista em entrevistas, já tendo entrevistado vários músicos nacionais e internacionais.
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Geraldo "Gegê" Andrade blogueiro e vlogueiro a mais de 15 anos. Iniciou sua paixão pelo rock n roll, nos anos 80, quando pela primeira vez, ouviu um álbum da banda KISS. Tem um currículo com mais de 500 shows, de bandas nacionais e internacionais. Um especialista em entrevistas, já tendo entrevistado vários músicos nacionais e internacionais.